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Em hospitais, consultórios, restaurantes, bares e outros estabelecimentos é cada vez mais comum haver televisores com a tecla closed caption (legenda oculta de programas de TV) acionada, o que permite aos frequentadores desses locais acompanhar os telejornais, mesmo que não consigam ouvir a notícia, por exemplo.
O segmento de closed caption é um filão que tem colaborado para impulsionar os resultados da empresa de Santo André STNCaption. A companhia, que existe há 12 anos, e é uma das líderes desse mercado, ampliou em 30% seu faturamento nos últimos dois anos e a perspectiva é crescer 60% neste ano.
Com faturamento anual em torno de R$ 2,5 milhões e carteira de clientes em que constam TV Bandeirantes, Rede Vida, TV Tribuna de Santos, além de câmaras de arbitragens de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, a empresa projeta atingir os R$ 4 milhões e ampliar o número de funcionários, dos atuais 18 para 25 neste ano.
A empresária Maria Teresa Bucci, que está à frente da STNCaption, explica que desde 2006, quando o Ministério das Comunicações lançou portaria que exigia que as emissoras disponibilizassem a legenda, os negócios vêm em ritmo crescente. A legislação estabeleceu implantação gradativa, para garantir acessibilidade aos deficientes auditivos. Em 2011, a exigência era de oito horas diárias e, em junho deste ano, as redes terão de oferecer o serviço em 12 horas da grade da programação.
ESTENOTIPIA
O setor, no entanto, não é a única fonte de receita da empresa. Com mais de 20 anos de experiência em estenotipia - Maria Teresa começou a atuar no ramo aos 20 anos no Fórum de Santo André -, a empresária fundou a companhia para atender o mercado de transcrição, em tempo real, de audiências públicas e privadas e de congressos dos mais diversos segmentos profissionais. Essa área, em que é necessária a presença do profissional no local, continua representando 50% do faturamento da STNCaption.
O trabalho do estenotipista compreende a digitação em um teclado especial, de 24 teclas que podem ser batidas ao mesmo tempo. Isso permite infinidade de combinações. Conectado a um computador e a um software, o equipamento permite fazer, após treinamento, mais de 180 palavras por minuto.
PROFISSIONAIS
Maria Teresa relata que faltam profissionais especializados no segmento e, para suprir essa carência, a empresa oferece cursos anualmente. "Demora um ano para formar um estenotipista, e mais um ano e meio para ele adquirir velocidade, para fazer o trabalho com programas de televisão. É preciso também ser bom em português", cita.
Além da dificuldade de encontrar pessoal capacitado, outro problema é o fato de os equipamentos e softwares utilizados serem importados. Anualmente, a companhia investe de R$ 50 mil a R$ 70 mil nesses itens, sem incluir gastos com a aquisição de computadores.
EMPREENDEDORAS
O empreendedorismo entre as mulheres, como a empresária Maria Teresa Bucci, de Santo André, é uma realidade que veio para ficar no Brasil, apontam as pesquisas.
Levantamento feito pela analista do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) no Grande ABC Zenaide Mota mostra que o interesse do público feminino em se informar sobre a abertura de negócios é crescente: de janeiro a maio de 2011, as mulheres representavam 40% do atendimento da regional, enquanto no mesmo período de 2010, eram 32%.
Outro estudo, o GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2009 (o mais recente), mostra que as mulheres brasileiras já eram maioria no empreendedorismo, totalizando 53% contra 47% de homens. Apenas dois países tinham taxas de empreendedoras maior: Guatemala e Tonga. Zenaide considera que o público feminino procura se planejar mais para iniciar empresas. Ela acrescenta que a legislação do microempreendedor individual, que reduziu custos e a burocracia, favorece a formalização dos negócios
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