Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Lavoro Produções e PETROBRAS apresentam:
Peça “O Colecionador de Crepúsculos” estréia no teatro Carlos Gomes com recursos de acessibilidade.
Sessão de domingo, 6 de maio, custa R$1 e conta com Audiodescrição, Interpretação em LIBRAS e Legendagem.
Desde o início de março, todas as peças em cartaz no Teatro Municipal Carlos Gomes, na temporada de 2012, têm contado com recursos para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva. A cada primeiro e terceiro domingos do mês, o público tem acesso ao serviço, sem acréscimo ao valor do ingresso. A próxima peça em cartaz no espaço será “O Colecionador de Crepúsculos”, no dia 6 de maio, às 19h30, com ingressos custando apenas R$1.
O espetáculo tem direção e dramaturgia de Vladimir Capella – que já recebeu prêmios como Molière, APCA, Mambembe e SHARP – e reúne 24 atores no palco para contar histórias baseadas na obra de Luís da Câmara Cascudo, uma das personalidades mais importantes da cultura brasileira. O espetáculo entrará em cartaz em curtíssima temporada, de 3 a 6 de maio, com apresentações duplas às quintas e sextas, às 14h30 e 20h, no sábado às 20h e, no domingo, às 19h30.
O Teatro Municipal Carlos Gomes, que é um dos mais importantes do Rio de Janeiro, é o único do país a oferecer o serviço de acessibilidade total ao público de suas peças. O objetivo é incluir as pessoas com deficiência visual – cegos e pessoas com baixa visão – além de pessoas com deficiência intelectual, autistas, disléxicos e com síndrome de Down, por meio da audiodescrição; e de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio da Língua Brasileira de Sinais e do serviço de Legendagem, como as que são utilizadas pelos canais de televisão em Closed Caption.
O recurso da audiodescrição consiste na descrição objetiva de todas as informações visuais contidas nas cenas do espetáculo teatral, como expressões faciais e corporais, ações dos personagens, detalhes do ambiente, figurino, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de informações escritas em cenários ou adereços. Para completar a acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, o programa da peça tem versão em Braille. A interpretação em LIBRAS é a tradução para a Língua Brasileira de Sinais de todos os diálogos, músicas e informações sonoras importantes da peça teatral. A legendagem também contém todos os diálogos, músicas e informações sonoras do espetáculo, e é utilizada pelas pessoas com deficiência auditiva que não usam LIBRAS.
O projeto de acessibilidade é idealizado pela Lavoro Produções e patrocinado pela Petrobras, em parceria com a Prefeitura do Rio.
Sobre “O Colecionador de Crepúsculos”.
O espetáculo reproduz alguns contos de Luís da Câmara Cascudo: “O Compadre da Morte”, “A Velha Amorosa”, “O Marido da Mãe D’Água”, “A Menina Enterrada Viva” e “A Formiga e a Neve”. A história central da peça é inspirada no primeiro conto, que mostra como um caipira (interpretado por Marcos Oliveira) quer arrumar uma madrinha para seu filho. A morte (Selma Egrei), uma senhora rica e ilustrada se oferece para batizar o menino e, em troca, a comadre faz do caipira um médico muito famoso. Ele é capaz de prever o futuro de um doente, por meio de um truque simples: se ela estiver posicionada na cabeceira da cama o doente se salvará, mas se estiver aos pés da cama, ele morrerá.
Ao lado dessas histórias aparece a figura de Luís da Câmara Cascudo, ouvindo, registrando, fumando seu charuto e apreciando o crepúsculo. Até que um dia ele adoece. E a morte se posiciona aos pés da cama. Mas o caipira não quer que aquele homem sábio venha a morrer. E é assim que o esperto caipira vai procurar meios de enganar a morte para salvar a vida do folclorista. Diversas cenas são, ainda, enriquecidas com a presença de personagens-narradores: pescadores, lavadeiras, pessoas do povo.
A peça sagrou-se vencedora em quatro categorias do Prêmio Femsa de Teatro, incluindo Melhor Espetáculo 2009, Melhor Figurino (J. C. Serroni e Telumi Helen), Melhor Iluminação (Davi de Brito e Vânia Jacônis) e Melhor Ator Coadjuvante (Giovani Tozi).
Sobre a Lavoro Produções:
A Lavoro Produções é uma empresa pioneira na criação de projetos culturais com acessibilidade, que se tornou uma referência entre as instituições, grupos e pessoas com deficiência no Brasil e no mundo desde 2003, quando começou a realizar o Festival Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência. O projeto introduziu a acessibilidade em projetos culturais no Brasil.
Sobre o Teatro Municipal Carlos Gomes:
O Teatro Municipal Carlos Gomes tem uma trajetória que se confunde com a própria história do teatro brasileiro. Em 1904, o empresário do entretenimento Paschoal Segreto comprou o antigo Teatro Cassino Franco-Brésilien, fundado em 1872, e o renomeou Carlos Gomes. Em 1963, a classe teatral reagiu contra a tentativa de transformar o teatro em cinema, mas o espaço ficou abandonado. Em 1988, o teatro foi posto à venda. A Prefeitura do Rio comprou o teatro, realizou uma grande reforma e o transformou em um dos melhores teatros da cidade, em 1993. Hoje, além da sala principal, funciona no segundo andar o Salão Nobre Guarani, reservado para espetáculos musicais.
Acessibilidade no Teatro Carlos Gomes.
Peça: O Colecionador de Crepúsculos.
Dia 6 de maio, às 19h30
Local: Teatro Municipal Carlos Gomes.
Praça Tiradentes, 19, Centro. Telefone: 2224-3602 ou 2215-0556.
Capacidade: 685 lugares.
Ingresso: R$ 1
Classificação etária: 10 anos.
Duração: 90 minutos.
Bilheteria: a partir das 11h (qui. e sex.); a partir das 14h (sáb. e dom.).