A SECRETARIA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROMOVEU UMA SÉRIE DE EVENTOS PARA DISCUTIR DEFICIÊNCIA.
EU AQUI VOU FOCAR APENAS NAS PALESTRAS QUE ASSISTI SOBRE ACESSIBILIDADE NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E ACESSIBILIDADE EM ESPAÇOS CULTURAIS, E CLARO DANDO ATENÇÃO AOS ASPECTOS QUE DIZEM RESPEITO AOS SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS, USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA, QUE USAM APARELHOS AUDITIVOS E IMPLANTES COCLEARES.
No mesmo espaço houve a mostra de soluções tecnológicas
EXIBIÇÃO E DEMONSTRAÇÃO DO ARO MAGNÉTICO EM SÃO PAULO
Como nos anos anteriores, o TOM SP 2016 reunirá estudantes, professores e pesquisadores de colégios, escolas técnicas, faculdades, universidades e centros de pesquisa em um espaço onde poderão demonstrar suas ideias e projetos de tecnologia assistiva, voltados a todos os tipos de deficiência (física, visual, auditiva, intelectual ou múltipla).
Este ano, além dos protótipos e equipamentos, abriremos espaço, também, para a apresentação de soluções digitais acessíveis, buscando demonstrar a importância da inovação nesse setor para aprimorar a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, bem como seu acesso a todos os seus serviços e produtos existentes.
INATEL MG ARO MAGNÉTICO PARA ser instalado em auditórios, salas de aula, teatros, cinemas, aeroportos, hospitais e demais locais de atendimento ao público. que permite aos deficientes auditivos receber o som de qualidade em seus aparelhos auditivos.
http://www.inatel.br/home/
As equipes do TOM São Paulo demonstrarão suas invenções/soluções no
Centro de Convenções Rebouças – Av. Rebouças, nº 600, Bairro Pinheiros, São Paulo-SP.
Horários do TOM São Paulo 2016
11/novembro (sexta-feira): 14h às 18h
12/novembro (sábado): 09h às 17h
13/novembro (domingo): 09h às 13h
EVENTO SOBRE ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA...HOJE 11/11/2016 Já tive uma manhã cheia e amanhã mais uma rodada...no fundo são assuntos que já conheço, mas faço questão de aparecer para mostrar que existem surdos que ouvem com próteses, falam e não usam língua de sinais...é pra marcar presença e ter credibilidade na hora de falar da necessidade de legendas e aro magnético. Hoje o sistema de legendas feitas à distância falhou em vários momentos...um argumento a favor da estenotipia presencial e da concomitância de vários recursos como aro magnético, legendas e língua de sinais.
HOJE 12/11/2016, SEGUNDO DIA DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO PROMOVIDO PELA Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Governo do ESTADO DE SÃO PAULO
PALESTRA DE Viviane Panelli Sarraf USP) sobre acessibilidade em museus. Autora do livro Acessibilidade em Espaços Culturais.
Muito interessante, um novo enfoque na acessibilidade cultural.
E o palestrante Gregório Sanches MAM SP).
Um assunto que precisa ser debatido com gestores culturais, principalmente no aspecto das necessidades dos diferentes grupos de pessoas com deficiências, seja deficiência sensorial, como surdos e cegos, deficiência física ou deficiência intelectual, além das deficiências múltiplas.
UM SÉRIO PROBLEMA ocorreu ontem e hoje com o serviço de estenotipia, gerador de legendas no telão, muitas falhas, palavras trocadas, e períodos sem nenhuma legenda. O serviço esteve a cargo da empresa Steno, e foi relatado aos funcionários o problema causado por essas falhas. Outro problema na sala foi a falta de nitidez das imagens projetadas pelos palestrantes. Ainda devo lembrar que a colocação dos telões para imagens e para legendagem, separados, nos extremos da sala, impedindo a visão simultânea das informações faladas pelos palestrantes e as imagens sendo mostradas.
Fiz uma interferência MUITO VEEMENTE, QUANDO O PALESTRANTE GREGÓRIO SE REFERIA os programas do MAM feitos em libras como acessibilidade para surdos. Eu disse que me incomodava muito quando se referiam a libras como acessibilidade para surdos em geral, deixando de marcar que era acessibilidade para o grupo de surdos sinalizados, e que não abrangia acessibilidade para surdos oralizados e usuários da língua portuguesa e de próteses. Citei que precisamos de legendas e aro magnético entre os elementos para nossa acessibilidade, além da leitura labial.
Acho que foi importante essa minha interferência, ao lado do depoimento da amiga Janete Palma, usuária de aparelho auditivo e que nasceu com deficiência auditiva. PELO MENOS EU JÁ NÃO ME SENTI SOZINHA falando dos surdos com próteses. .
Conversando depois com outros participantes não surdos, ouvi de alguns que nunca tinham pensado no assunto, e que não conheciam bem esse aspecto dos surdos que não usam libras...
CONCLUSÃO: ESTOU MUITO FELIZ POR TER IDO, POR TER PROTESTADO E POR TER MOSTRADO QUE NEM TODO SURDO USA LIBRAS, QUE PRECISAMOS DE LEGENDAS, ARO MAGNÉTICO, LEITURA LABIAL, ETC...
É UM TRABALHO VOLUNTÁRIO QUE FAÇO COM A MAIOR SATISFAÇÃO E QUE AOS POUCOS OFERECE SEUS RESULDADOS.
Eu estava na dúvida, se tinha agido corretamente ao interpelar o palestrante que falava em língua de sinais como acessibilidade para surdos, não especificando de que surdos falava. Falei bruscamente sim, mas movida pela incompreensão sentida todos esses anos, por parte de gestores culturais, falei com a paixão de quem acompanha a batalha desses amigos surdos, desses pais e mães de crianças surdas...Falei com a emoção de quem vê um bebê implantado ouvindo a voz da mãe a primeira vez...Falei com a emoção de quem deixou de ir ao teatro, de quem não pode seguir o cinema brasileiro por falta de legendas. FALEI COM A PAIXÃO DE QUEM conheceu recursos de acessibilidade na ARGENTINA, aqui do lado, recursos deliberadamente ignorados no Brasil.
E PERCEBI QUE NOSSA AUSÊNCIA DOS DEBATES, DOS EVENTOS só fez crescer a indiferença e o desconhecimento de nossas necessidades específicas. AO NÃO COMPARECER EM EVENTOS deixamos que a palavra SURDO passasse a ser propriedade de um grupo minoritário (importante sem dúvida) que num trabalho de divulgação da língua de sinais fez com que a sociedade em geral acreditasse que todo surdo não fala (absurdo) e usa língua de sinais. O MITO DO SURDO-MUDO.
Sei bem que muitos surdos que usam próteses estudam, trabalham, pais e mães de filhos surdos também têm suas tarefas, mas isso não justifica a ausência dos debates. Sempre insisto que reclamar entre amigos não leva a nada, que precisam escrever para políticos, para vereadores, deputados, secretarias que cuidam de assuntos de pessoas com deficiência, centros culturais, escolas, universidades...quem tem tempo de compartilhar uma piada nas redes deveria ter tempo de mandar um e-mail para emissoras de TV, para jornais, para órgãos públicos. Eu só faço isso, apenas isso...e vejo resultados positivos. SIM, estou criticando o comodismo e o coitadismo. Temos que construir nosso caminho, não esperar a caridade alheia como no passado ocorria com a maioria das pessoas com deficiência...