OS TEXTOS NÃO SÃO FECHADOS:SE HOUVER ATUALIZAÇÃO COLOCAREMOS JUNTO À POSTAGEM ORIGINAL. PROCURAMOS PESQUISAR E DIVULGAR RECURSOS QUE POSSAM MELHORAR A ACESSIBILIDADE DOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL. ESTÃO À DISPOSIÇÃO LINKS DE TEXTOS E ASSOCIAÇÕES DE OUTROS PAÍSES REFERENTES AO NOSSO FOCO PRINCIPAL: SOMOS SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS ORALISTAS E ORALIZADOS, PÓS LINGUAIS, QUE USAM PRÓTESES, IMPLANTES E OUTRAS AJUDAS TÉCNICAS. Logotipo:jvicttor E-MAIL soramires@gmail.com
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Carteira de habilitação especial
CRISTINA FERBER
http://agenda.saci.org.br/index2.php?=modulo=akemi¶metro=1737#Carteira%20de%20habilita%E7%E3o%20especial
Carteira de habilitação especial
Como tornar minha carteira de habilitação especial?
No caso do deficiente auditivo, é necessário, antes dos exames comuns do Detran, fazer um exame que chama-se "Otoneurológico". É só depois deste exame que você deve procurar o Detran.
No Detran, é obrigatório a apresentação do CPF (Cadastro de Pessoa Física), do condutor interessado, não será aceito CPF de terceiros, como por exemplo do pai, esposo (a) e outros.
Procedimento:
Original da C.N.H., devidamente registrada.
Original e cópia do RG.
Original e cópia do CPF.
Uma foto 3X4 colorida e recente com fundo branco.
Cópia e original (para simples conferência) do comprovante de residência, que poderá ser: extrato bancário, conta de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU, contrato de locação, ou declaração de próprio punho do proprietário, com firma reconhecida, e anexar um comprovante de endereço. Será aceito em nome de terceiros, somente se for: cônjuge, pais ou filhos do interessado, o que será comprovado através da cópia do RG.
Dirigir-se ao Serviço Médico no (3º andar do prédio principal), para marcar o exame.
Dirigir-se ao Setor de Renovação da C.N.H. para preencher a planilha médica.
Dirigir-se ao Banco Banespa ou Nossa Caixa com o CPF do interessado, para efetuar o pagamentos das taxas referentes ao exame médico e à expedição da C.N.H.
O banco emitirá um comprovante de pagamento com a devida autenticação digital. O interessado poderá tirar cópia deste documento se julgar necessário, pois o original deverá ser entregue junto com os outros documentos. Realizado o exame médico, retornar ao Setor de Renovação da C.N.H., para apresentar a planilha com laudo do médico e os documentos acima citados. Prazo de entrega: 1 dia útil.
O condutor poderá realizar seu exame médico em qualquer clínica. Não é necessário nenhum tipo de encaminhamento, a escolha da clínica é livre.
O DETRAN-SP divulga aos interessados os endereços das clínicas credenciadas, agrupadas por região na capital.
Em São Paulo, o setor de renovação e 2ª Via da C.N.H. funciona das 8:00 às 17:00. O telefone para informações dos endereços das clínicas: (11) 3889- 3140 / 3141/3237 ou direto no Balcão de Informação do DETRAN ou consulte o site http://www.detran.sp.gov.br/
No Rio de Janeiro, o procedimento inicia-se pela marcação de uma perícia médica no Detran, através dos telefones (0xx21) 2399-7241 e 2399-7243. Após conseguir o laudo médico emitido por essa perícia, o candidato a motorista deverá procurar uma auto-escola apropriada. No Rio não são muitas as auto-escolas com veículos adaptados. Uma delas é a Auto Escola Floresta, cujo telefone é (0xx21) 567.6070. Outras dicas poderão ser obtidas no CVI-Rio pelo telefone (0xx21) 512 10 88, fax (0xx21) 239 65 47 ou pelo e-mail cvirj@cvi.puc-rio.com.br.
PARA INFORMAÇÃO ATUALIZADA PROCURE O DETRAN DE SUA LOCALIDADE.
MAINS INFORMAÇÃO:
http://ouvidobionico.wordpress.com/2011/04/11/a-permissao-para-conduzir-seu-automovel-a-carteira-nacional-de-habilitacao-cnh-especial/
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
CAMPANHA NACIONAL DE SAÚDE AUDITIVA
A questão de aparelhos auditivos é uma das mais requisitadas por deficientes no Brasil, devido ao grande número de pessoas que possuem perda total ou parcial da audição – são 5 735 099 de pessoas com deficiência auditiva no Brasil, sendo as maiores na faixa etária de 70 a 74 anos e 80 anos ou mais. Mas, quem pensa que o problema é a “fila” para se conseguir um aparelho gratuito está enganado. Mara Rocha Gândara, otorrinolaringologista, e que atua na área da saúde pública - no Hospital das Clínicas da USP - revela que não existe fila de espera para se conseguir aparelhos auditivos gratuitos, diferente do que muitos pensam. “Não há fila de espera, o que nos parece ocorrer é que grande parte da população continua desinformada a respeito do Programa de Saúde Auditiva do Governo”, diz Mara.
O “programa” a qual a médica se refere é a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, que desde 2004 visa organizar o atendimento aos deficientes auditivos como triagem e monitoramento da audição de neonatos, pré-escolares e escolares, diagnóstico de perda auditiva de crianças, jovens, adultos, trabalhadores expostos a ruídos e idosos, tratamento clínico em otorrinolaringologia, concessão de prótese (AASI – Aparelho de Amplificação Sonora Individual) e acompanhamentos, respeitando as especificidades na avaliação exigidas para cada um desses segmentos. Neste programa se inclui, também, a disponibilização gratuita de aparelhos auditivos às pessoas de baixa renda. Por outro lado, muitas pessoas não usam o aparelho por vaidade. “No mundo atual, onde padrões estéticos determinam o grau de sucesso ou fracasso, a utilização do "velho" aparelho de surdez ainda remete à imagem de incapacidade a que está associada incorretamente.
Texto reproduzido da:
CAMPANHA NACIONAL DE SAÚDE AUDITIVA
SAIBA MAIS:
http://www.saudeauditiva.org.br/novo_site/?s=release.php&pag=19
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Audiologistas que usam próteses auditivas
Veja uma reportagem muito interessante sobre profissionais que trabalham adaptando próteses auditivas e que também usam esse tipo de próteses.
Como no mundo da Net muita coisa interessante desaparece copiei a matéria e deixo o link acima com os créditos do autor do blog.
QUANDO A EXPERIÊNCIA FAZ A DIFERENÇA
“Ser usuária de AASI”, diz a fonoaudióloga Polliana Capellini Saccon, “tem enorme influência na terapia e no entendimento com o paciente. Ele vê que eu estou bem, falo normalmente, sou ‘bem resolvida’, é possível acertar na adaptação, é possível o uso ser ‘confortável’...”. Pós-graduanda em audiologia clínica pelo Hospital AC Camargo e atualmente atendendo em clínicas de Laranjal e Tietê, no interior paulista, Polliana faz parte de um raro grupo de profissionais da área da reabilitação e mesmo da audiologia. Por ser uma das poucas fonoaudiólogas do país com perda auditiva bilateral e usuária da própria prótese que recomenda na prática clínica, ela tem mais facilidade para se pôr no lugar – e assim compreender melhor – os seus pacientes.
“Influência positiva”
Samira Camargo Baus, do Hermany Audiologic Instruments, de Florianópolis, também faz parte deste grupo. Usuária de aparelhos auditivos desde 2002, ela tem plena consciência de como o fato de ser adaptada otimizou sua prática terapêutica. “Isto influencia de maneira positiva no processo de adaptação com meus pacientes. O fato de eu ser uma jovem-adulta, usar aparelhos há anos e ter uma excelente adaptação e aceitação dos mesmos contribui para quebrar o estigma e preconceito de que próteses são para pessoas idosas e que é muito difícil de se adaptar aos aparelhos auditivos...” Ela dá um exemplo: “Um jovem tinha dificuldades em aceitar a perda auditiva e o uso dos aparelhos. Quando ele me conheceu, e soube que eu usava aparelhos auditivos, sentiu-se seguro para fazer perguntas (...). Hoje, além de ter tido sucesso na adaptação bilateral, este rapaz se apresenta como uma pessoa mais segura e confiante.” Ela garante que a sua experiência foi bastante válida não só para sua formação, como a de suas próprias colegas de classe. “ No período acadêmico, fui convidada a dar depoimentos para colegas de graduação. A relação da teoria com a prática foi muito proveitosa”. Apesar de ter consciência do seu diferencial, ela está sempre se aprimorando. E dá um recado a outros profissionais: “No caso do fonoaudiólogo atuar com aparelhos auditivos, minha recomendação é atualizar-se técnico-cientificamente. Isto é o que tenho procurado fazer, pois as mudanças tecnológicas nessa área são muito rápidas.”
De fato, um universo em constante mutação – e não só da tecnologia. Seja pelo imperativo de conhecer melhor o produto, seja pela necessidade prática de vivenciar a experiência de seus pacientes, alguns audiologistas, não satisfeitos em apenas ´escutar´ o acessório, estão tentando novas abordagens com o aparelho auditivo, a fim de ter uma experiência mais real e próxima da de uma pessoa adaptada.
Testar o acessório em si mesma
Larissa Coutinho Fonseca, da clínica Limiar, de Porto Velho, é um deles. Por ter um irmão mais novo usuário de aparelho auditivo, ela acabou se habituando desde cedo com o universo da fonoaudiologia, e foi assim que se apaixonou pela área e decidiu seguir a profissão. Apesar de toda sua prática – tanto pessoal como profissional – e mesmo não tendo perda auditiva, ela resolveu dar um passo além: testar o acessório em si mesma. “Não gosto de usar o termo ‘deficiência auditiva’ e também não concordo quando a Fonoaudiologia tenta “clinicalizar” a surdez, como algo ruim que precisa ser curado. Conheço pessoas que usam aparelho auditivo que são tão ou mais brilhantes que muitas pessoas aparentemente sem nenhum problema. Foi por isso que me interessei imediatamente pelo livro Manual Bem-Humorado dos Privilegiados Auditivos. Ouvir a história do ponto de vista de alguém que sente na pele diariamente o que nós podemos apenas imaginar ou estudar em livros... Foi por causa dessa obra que um dia resolvi usar o aparelho um dia inteiro, desligado, para ver como era”. A experiência a marcou para sempre: “Ao usá-lo em mim mesma, percebi que pode ser uma experiência bastante incômoda! As pessoas ficam olhando, temerosas em dirigir a palavra a alguém que usa aparelho (...). Foi uma experiência única, porque cheguei ao fim do dia louca pra tirar ‘aquilo’ da orelha!” Ela aprendeu a ser mais flexível com seus pequenos pacientes: “Antes eu sempre obrigava minhas crianças a usarem o aparelho o tempo todo e não tirá-los de jeito nenhum... Resultado: elas arrancavam os aparelhos no primeiro deslize da mãe! Hoje, já não exijo que elas o usem o dia todo”.
Compreender melhor seus pacientes
Se as pessoas atendidas por este seleto grupo de fonoaudiólogas acabam tendo uma percepção mais realista do aparelho auditivo e encarando, dessa forma, de maneira mais positiva o processo de adaptação, talvez se possa tirar algumas lições desta experiência. Os profissionais que a conhecem, com efeito, acabaram compreendendo melhor seus pacientes, não só por experimentarem a amplificação sonora, mas também o desconforto associado à prótese e – igualmente importante – a inevitável sensação de estranheza causada pelo preconceito. Em outras palavras, adentraram de fato no muitas vezes intangível universo da pessoa com déficit auditivo.
Para a fonoaudióloga Sandra Braga, da Audibel, isso está se tornando uma tendência entre os profissionais, até porque “algumas queixas dos pacientes são relativas à qualidade do som e para tanto temos que avaliar o som escutando o aparelho”. Camila Quintino, da Starkey, concorda: “Eu trabalho muito com treinamento (...) e sempre recomendo escutar os aparelhos. Enfatizo sempre que, somente quando escutamos os aparelhos, entendemos realmente o que está acontecendo ou mudando, conforme alteramos os controles. Acredito que essa é a melhor forma de relacionar a teoria com a prática, ou seja, entender realmente as mudanças e funcionamento do circuito do aparelho auditivo. Na minha opinião isso se tornou mais claro desde que comecei a atuar com aparelhos auditivos, eu aprendi e aprendo melhor desta forma. Muitas ‘fonos’ do meu convívio fazem isso também.”
“É fácil falar, difícil é agir !”
De fato, nada como a própria experiência. Mas, ao que tudo indica, levará algum tempo para que os profissionais não-adaptados a vejam com mais naturalidade. Embora alguns temam, não sem razão, o risco de trauma causado pela amplificação sonora numa audição normal, a experiência de usar o aparelho auditivo merece ser conhecida, e é possível que venha a surpreender muitos audiologistas, fazendo-os pensar duas vezes antes de mandar uma criança em processo de adaptação usar a prótese o dia inteiro... Afinal, a teoria é uma coisa e a prática, outra. Como disse Polliana: É fácil falar, difícil é agir !”
Realmente. Como qualquer nova abordagem, esta também tem encontrado certa resistência, e a experiência de usar a prótese auditiva permanece desconhecida para muitos fonoaudiólogos. Seja como for, não resta dúvida de que os poucos que tiveram um contato mais a fundo com o aparelhinho auditivo tiraram preciosas lições da experiência. Como lembra Polliana: “Certa vez, uma criança viu que eu estava com o AASI e, por ela estar com uma otite, perguntou o que era aquilo nos meus ouvidos. Ela parecia confusa, mas quando eu respondi que era para ouvir melhor, ela imediatamente abriu um sorriso e pediu um igual pro pai... aquele momento foi realmente gratificante – inesquecível”.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Beethoven e Goya - Como perderam a audição
Surdez em Viena
Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.
Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
— Ludwig van Beethoven, in Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802
Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam enrolados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.
Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!
— Ludwig van Beethoven, in Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802
Beethoven, por Joseph Mähler
Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_van_Beethoven
Livros8 de dezembro de 2004
Trecho do livro Beethoven, a Músicae a Vida, de Lewis Lockwood
O MUNDO INTERIOR E O MUNDO EXTERIOR DE BEETHOVEN
Isolamento e surdez
Dois elementos da vida doméstica de Beethoven preencheram os últimos dez anos como motivos persistentes de uma das suas obras mais importantes: o isolamento e a obsessão. À medida que seu ouvido se deteriorava, ele não podia mais compreender o que as pessoas diziam sem a ajuda de uma corneta acústica, e, mesmo assim, às vezes, de maneira precária. Acabou surgindo a necessidade de as pessoas escreverem o assunto e o propósito de suas conversas com ele. Então, a partir de 1818, Beethoven manteve blocos de papel e lápis prontos para os visitantes e os amigos registrarem suas declarações, mensagens e questões, em lugar de gritá-las. Beethoven lia o que eles escreviam e, em geral, respondia verbalmente, não escrevendo, a menos que eles quisessem que o comentário permanecesse confidencial, como ele mesmo queria de vez em quando. De uma maneira geral, os "Cadernos de Conversação", como foram chamados, consistiam em comunicações de mão única. Beethoven e aqueles que ficavam ao seu lado conseguiram juntar muitos desses cadernos ao longo dos anos, entre 1818 e 1827, e mesmo em sua forma unilateral eles fornecem uma reflexão sobre sua vida privada e os tópicos de interesse, dele e do seu círculo. Eles abordam com assuntos pessoais e gerais, desde música até política, de preços de vinhos a planos de publicação, de mexericos a opiniões sérias, emitidas pelo compositor e por aqueles que o cercavam. Como exemplo, em fevereiro de 1820, Carl Bernard, jornalista que freqüentava o círculo de Beethoven, escreveu que "a ópera de Meyerbeer (Emma von Leicester) fracassou feio - é pura imitação de Rossini". Uns meses depois, o mesmo Bernard deu a Beethoven sua opinião de que lorde Byron "certamente tem mais imaginação e sentimentos mais profundos do que qualquer outro poeta vivo. The Corsar (O corsário), sobretudo, daria uma boa ópera".
Goya e a surdez
A doença
Em 1792, numa viagem a Andaluzia, contraiu uma doença séria e desconhecida, transmitida por seu amigo Sebastián Martínez, ficando temporariamente paralítico, parcialmente cego e totalmente surdo. Com a doença, perdeu sua vivacidade, seu dinamismo, sua autoconfiança. A alegria desapareceu lentamente de suas pinturas, as cores se tornaram mais escuras e seu modo de pintar ficou mais livre e expressivo. Parcialmente recuperado, retornou a Madrid no verão de 1793 e continuou a trabalhar como artista da Corte, porém buscou outras inspirações para expressar sua fantasia e invenção sem limite, o que as obras sob encomenda não lhe permitiam.
Devido à doença, Goya passou a não ter mais muito respeito pela aristocracia, expondo nas suas pinturas as verdadeiras identidades e as fraquezas dos modelos. Um exemplo é o retrato do rei Fernando VII de Espanha. Seus retratos deste período mostram, todavia, a sua fascinação pelas mulheres e pelas crianças, não igualada por nenhum outro artista, com a possível exceção de Renoir. Dois retratos de mulheres, executados nessa época, mostram claramente essa qualidade: "Doña Antonia Zarate", orgulhosa, ereta, coquete e algo triste; e a "Condesa de Chinchón", o mais terno de seus retratos de mulheres, no qual o rosto infantil e a postura frágil dos ombros contrastam com o traje elegantemente pintado. Estes retratos foram como um último adeus às alegrias da vida, porque pouco depois Goya se exilou em sua Quinta Del Sordo, em Madrid. As guerras napoleônicas vieram e se foram, e os horrores sofridos pelos espanhóis deixaram um Goya amargo, transformando a sua arte em um ataque contra a conduta insana dos seres humanos, passando a retratar a falta de sentido do sofrimento humano, tanto injusto como não merecido.
Entre os anos de 1810 e 1814, produziu sua famosa série de pinturas "Los Desastres de la Guerra" e suas duas obras primas "El Segundo de Mayo 1808" e "El Tercero de Mayo 1808". Estas pinturas demonstram um uso de cores extremamente poderoso e expressivo. Pela primeira vez, a guerra foi descrita como fútil e sem glória, e pela primeira vez não havia heróis, somente assassinos e mortos.
Em 1821, a Inquisição abriu um processo contra Goya por considerar obscenas as suas "Majas", mas o pintor conseguiu livrar-se, sendo-lhe restituída a função de "Primeiro Pintor da Câmara".
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Goya
sábado, 20 de dezembro de 2008
Deficiente auditivo ou surdo?
Há alguma controvérsia no assunto, alguns consideram SURDO quem nasceu surdo e usa preferencialmente a língua de sinais, preferindo chamar os demais de DEFICIENTES AUDITIVOS.
Depois de algumas discussões em nossa equipe, lendo textos legais, científicos e também o uso comum das palavras surdo e surdez optamos por essa denominação para sermos mais abrangentes.
Como nosso interesse é centrado no uso da Língua Portuguesa para nossa integração social e cultural e queremos acolher todos os surdos ou deficientes auditivos que nela se expressam chegamos ao SULP - Surdos Usuários da Língua Portuguesa.
Não importa seu grau de perda auditiva, se usa aparelhos, implantes, se nasceu surdo ou perdeu a audição mais tarde. Se você se comunica usando a Língua Portuguesa você é do nosso time: Sulp!
Deficiência auditiva
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Deficiência auditiva ou surdez é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.
No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de desenvolvimento de sua inteligência.
Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Fato ressaltado na Declaração de Salamanca que culminou com uma nova tendência educacional e social.
Perda Auditiva e Hipoacúsia
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência auditiva.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses, predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficiente claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez.O grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente.
Para o caso do ouvido humano, a intensidade padrão ou de referência correspondem à mínima potência de som que pode ser distinguida do silêncio, sendo essa intensidade tomada como O dB. Uma pessoa com audição normal pode captar como limiar inferior, desde -10 dB até + 10 dB. Verifica-se essa progressão se dá de forma exponencial ou seja multiplicando-a por dez. Logo, pressupõem-se que 10 dB tenha uma intensidade dez vezes superior a 0 dB e 30 dB são de uma intensidade vinte vezes superior a 10 dB.
Dessa forma entende-se melhor a grande diferença entre uma pessoa com uma perda de 60 dB, que consideramos hipoacústico, e outro com 100 dB de perda. Tendo em vista que 60 dB é mais ou menos a intensidade de um grito a 1,5 m de distância. Portanto, compreendemos que a diferença entre uma perda de 60 dB e 100 dB.Á última sendo considerada bem mais difícil, para o prognóstico de reabilitação.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de freqüência que está afetado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas freqüências baixas são mais prejudiciais do que as perdas nas freqüências altas. "Para compreendermos a causa disto teremos de analisar a relação entre a freqüência de um som e o tom com que este som se percebe". (CRYSTAL, 1983).
A freqüência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano percebe sons nas freqüências entre 20Hz e 20.000Hz.
Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de freqüências. Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota “lá” que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota “lá”.
Essa variação denomina-se uma oitava. “Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a um tom dado, o som, em termos físicos, dobra a freqüência do primeiro. Desta forma, embora entre 2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância física de freqüência menos do que entre 100Hz e 2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior”. (FRY et. al., 1982).
Comparando esses valores percebemos que entre 2000Hz e 100 Hz há mais de quatro oitavas, porque de 2000Hz para 1000Hz há uma oitava, ou seja, a metade da sua freqüência. Por tanto de 2000Hz para 1000Hz há uma oitava, de 1000Hz para 500Hz também há uma oitava, de 500Hz a 250Hz há outra e de 250Hz a 125Hz há outra. Entendemos agora por que as perdas auditivas nas freqüências baixas são de muito pior prognóstico do que as perdas nas altas freqüências.
Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de freqüência que vá pelo menos de 125 Hz a 4000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana.(CASANOVA, 1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação entre o limiar auditivo e o limiar doloroso, de forma, a saber, qual o tipo de resíduo auditivo que poderá ser aproveitado para a reabilitação indivíduo surdo. O limiar auditivo corresponde ao nível de intensidade necessário para que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser diferente em cada freqüência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora produz dor à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se chama de resíduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: Excessiva distração; freqüentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta.
Legendas na TV e no cinema
para ver vídeo da campanha por legendas no cinema nacional clique acima:
Proposição: PL-3395/2008 -> Íntegra disponível em formato pdf
Autor:
Dr. Talmir - PV /SP Data de Apresentação: 13/05/2008 Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de tramitação: PrioridadeApensado(a) ao(a): PL-3979/2000 Situação: CCJC: Tramitando em Conjunto.
Ementa: Dispõe sobre a veiculação de legendas ocultas em telejornais.
Explicação da Ementa: Altera a Lei nº 10.098, de 2000.
Indexação: Alteração, Lei da Acessibilidade, obrigatoriedade, emissora, televisão, televisão aberta, televisão por assinatura, televisão via cabo, inclusão, dispositivo, opção, legenda, telejornal, acesso, pessoa portadora de deficiência, deficiente auditivo, surdo.
Despacho: 20/5/2008 - Apense-se à(ao) PL-3979/2000. Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário Regime de Tramitação: Prioridade Legislação Citada Obs.: o andamento da proposição fora desta Casa Legislativa não é tratado pelo sistema, devendo ser consultado nos órgãos respectivos.
ESTENOTIPIA, O QUE É?
O termo estenotipia advém do grego "stenos" - que significa curto, abreviado e "typos", impressão. É utilizado para designar a maneira pela qual se obtém o registro do que é falado, através de uma máquina, em tempo real, ou seja, na mesma velocidade com que as palavras são pronunciadas.O trabalho do estenotipista consiste em ouvir as palavras que estão sendo ditas, traduzí-las para os códigos que aprendeu durante o curso e estenotipá-las na máquina, chamada estenótipo. O estenótipo é ligado a um computador através de um cabo especial que transmite os códigos estenotipados (digitado no estenótipo) para um programa próprio no computador que, por sua vez, traduz os códigos de volta para o português. Assim, à medida que a pessoa vai falando e o estenotipista vai transcrevendo sua fala é gerado um arquivo de texto no computador, o que possibilita que, logo terminada a exposição do falante, seja impresso tudo o que foi dito.Praticamente o único recurso de informática que um estenotipista usa, além do programa que transforma os códigos em português, é o Microsoft Word, encontrado na maioria dos computadores. É nele que é feita a correção e finalização dos textos apanhados que não são para Closed Caption, pois os que são para Closed Caption vão diretamente para as televisões, sem passar por uma correção antes, por isso algumas vezes aparecem erros na legenda.Enfim, onde houver uma palavra falada e a necessidade de seu registro e transcrição, a estenotipia é o melhor e mais rápido sistema para isso.Áreas de atuaçãoA estenotipia tem utilidade em diversas áreas. Ela pode ser usada para transcrever em:tribunais;casas legislativas;palestras;pesquisas;seminários;reuniões;entrevistasdegravação de fitas k7, de vídeo e CD's; etodo evento em que se necessite do que foi falado na forma de texto.Como pode ser observado, a estenotipia tem uma diversidade de utilização muito extensa, podendo ser usada para uma simples digitação de trabalho de faculdade como também para o registro de sessões plenárias no Senado Federal ou Câmara dos Deputados.Modalidades de serviço:(Para todas as modalidades é necessária a gravação da reunião em fitas k7).1. Transcrição em tempo real - O apanhamento é realizado no mesmo local onde ocorre a reunião. Após a reunião, os estenotipistas corrigem o apanhamento utilizando as fitas k7 e fazem a revisão ortográfica. O trabalho final é entregue encadernado e em disquete no prazo acordado entre as partes. A estrutura necessária para esta modalidade é mínima: uma mesa, duas cadeiras e ponto de energia.2. Transcrição em tempo real com entrega imediata - O apanhamento é realizado no mesmo local onde ocorre a reunião, sendo que a revisão do trabalho é feita simultaneamente. O trabalho final é entregue em disquete até 2 (duas) horas após o término da reunião. Para esta modalidade é necessária uma estrutura mais elaborada, se possível com disponibilização de uma sala contígua para abrigar dois computadores e os profissionais revisores.
Mais informação:
http://www.feneis.com.br/page/noticias_detalhe.asp?cod=659
Postado por Cristina Ferber
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
CARTA PARA O TERCEIRO MILÊNIO
Esta Carta foi aprovada no dia 9 de setembro de 1999, em Londres, Grã-Bretanha, pela Assembléia Governativa da REHABILITATION INTERNATIONAL, estando Arthur O’Reilly na Presidência e David Henderson na Secretaria Geral.
A tradução foi feita do original em inglês pelo consultor de inclusão Romeu Kazumi Sassaki
Nós entramos no Terceiro Milênio determinados a que os direitos humanos de cada pessoa em qualquer sociedade devam ser reconhecidos e protegidos. Esta Carta é proclamada para transformar esta visão em realidade.
Os direitos humanos básicos são ainda rotineiramente negados a segmentos inteiros da população mundial, nos quais se encontram muitos dos 600 milhões de crianças, mulheres e homens que têm deficiência. Nós buscamos um mundo onde as oportunidades iguais para pessoas com deficiência se tornem uma conseqüência natural de políticas e leis sábias que apóiem o acesso a, e a plena inclusão, em todos os aspectos da sociedade.
O progresso científico e social no século 20 aumentou a compreensão sobre o valor único e inviolável de cada vida. Contudo, a ignorância, o preconceito, a superstição e o medo ainda dominam grande parte das respostas da sociedade à deficiência. No Terceiro Milênio, nós precisamos aceitar a deficiência como uma parte comum da variada condição humana. Estatisticamente, pelo menos 10% de qualquer sociedade nascem com ou adquirem uma deficiência; e aproximadamente uma em cada quatro famílias possui uma pessoa com deficiência.
Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, nos hemisférios norte e sul do planeta, a segregação e a marginalização têm colocado pessoas com deficiência no nível mais baixo da escala sócio-econômica. No século 21, nós precisamos insistir nos mesmos direitos humanos e civis tanto para pessoas com deficiência como para quaisquer outras pessoas.
O século 20 demonstrou que, com inventividade e engenhosidade, é possível estender o acesso a todos os recursos da comunidade ambientes físicos, sociais e culturais, transporte, informação, tecnologia, meios de comunicação, educação, justiça, serviço público, emprego, esporte e recreação, votação e oração. No século 21, nós precisamos estender este acesso que poucos têm para muitos, eliminando todas as barreiras ambientais, eletrônicas e atitudinais que se anteponham à plena inclusão deles na vida comunitária. Com este acesso poderão advir o estímulo à participação e à liderança, o calor da amizade, as glórias da afeição compartilhada e as belezas da Terra e do Universo.
A cada minuto, diariamente, mais e mais crianças e adultos estão sendo acrescentados ao número de pessoas cujas deficiências resultam do fracasso na prevenção das doenças evitáveis e do fracasso no tratamento das condições tratáveis. A imunização global e as outras estratégias de prevenção não mais são aspirações; elas são possibilidades práticas e economicamente viáveis. O que é necessário é a vontade política, principalmente de governos, para acabarmos com esta afronta à humanidade.
Os avanços tecnológicos estão teoricamente colocando, sob o controle humano, a manipulação dos componentes genéticos da vida. Isto apresenta novas dimensões éticas ao diálogo internacional sobre a prevenção de deficiências. No Terceiro Milênio, nós precisamos criar políticas sensíveis que respeitem tanto a dignidade de todas as pessoas como os inerentes benefícios e harmonia derivados da ampla diversidade existente entre elas.
Programas internacionais de assistência ao desenvolvimento econômico e social devem exigir padrões mínimos de acessibilidade em todos os projetos de infra-estrutura, inclusive de tecnologia e comunicações, a fim de assegurarem que as pessoas com deficiência sejam plenamente incluídas na vida de suas comunidades.
Todas as nações devem ter programas contínuos e de âmbito nacional para reduzir ou prevenir qualquer risco que possa causar impedimento, deficiência ou incapacidade, bem como programas de intervenção precoce para crianças e adultos que se tornarem deficientes.
Todas as pessoas com deficiência devem ter acesso ao tratamento, à informação sobre técnicas de auto-ajuda e, se necessário, à provisão de tecnologias assistivas e apropriadas.
Cada pessoa com deficiência e cada família que tenha uma pessoa deficiente devem receber os serviços de reabilitação necessários à otimização do seu bem-estar mental, físico e funcional, assim assegurando a capacidade dessas pessoas para administrarem sua vida com independência, como o fazem quaisquer outros cidadãos.
Pessoas com deficiência devem ter um papel central no planejamento de programas de apoio à sua reabilitação; e as organizações de pessoas com deficiência devem ser empoderadas com os recursos necessários para compartilhar a responsabilidade no planejamento nacional voltado à reabilitação e à vida independente.
A reabilitação baseada na comunidade deve ser amplamente promovida nos níveis nacional e internacional como uma forma viável e sustentável de prover serviços.
Cada nação precisa desenvolver, com a participação de organizações de e para pessoas com deficiência, um plano abrangente que tenha metas e cronogramas claramente definidos para fins de implementação dos objetivos expressos nesta Carta.
Esta Carta apela aos Países-Membros para que apóiem a promulgação de uma Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência como uma estratégia-chave para o atingimento destes objetivos.
No Terceiro Milênio, a meta de todas as nações precisa ser a de evoluírem para sociedades que protejam os direitos das pessoas com deficiência mediante o apoio ao pleno empoderamento e inclusão delas em todos os aspectos da vida. Por estas razões, a CARTA PARA O TERCEIRO MILÊNIO é proclamada para que toda a humanidade entre em ação, na convicção de que a implementação destes objetivos constitui uma responsabilidade primordial de cada governo e de todas as organizações não-governamentais e internacionais relevantes.
DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DE MONTREAL SOBRE INCLUSÃO
Tradução do inglês: Romeu Kazumi Sassaki
digitado por Maria Amelia Vampré Xavier
Diretora para Assuntos Internacionais da Federação Nacional das APAEs
APAE SP Relações Internacionais / Instituto APAE
Assessora Especial de Comunicação de Inclusion InterAmericana
Assessora da Vice Presidência de Inclusion InterAmericana/Brasil
em 24 de setembro, 2001
Todos os seres humanos nascem livres e são iguais em dignidade e direitos
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 1).
O acesso igualitário a todos os espaços da vida é um pré-requisito para os direitos humanos universais e liberdades fundamentais das pessoas.
O esforço rumo a uma sociedade inclusiva para todos é a essência do desenvolvimento social sustentável.
A comunidade internacional, sob a liderança das Nações Unidas, reconheceu a necessidade de garantias adicionais de acesso para certos grupos.
As declarações intergovernamentais levantaram a voz internacional para juntar, em parceria, governos, trabalhadores e sociedade civil a fim de desenvolverem políticas e práticas inclusivas.
O Congresso Internacional "Sociedade Inclusiva" convocado pelo Conselho Canadense de Reabilitação e Trabalho apela aos governos, empregadores e trabalhadores bem como à sociedade civil para que se comprometam com, e desenvolvam, o desenho inclusivo em todos os ambientes, produtos e serviços.
1. O objetivo maior desta parceria é o de, com a participação de todos, identificar e implementar soluções de estilo de vida que sejam sustentáveis, seguras, acessíveis, adquiríveis e úteis.
2. Isto requer planejamento e estratégias de desenho intersetoriais, interdisciplinares, interativos e que incluam todas as pessoas.
3. O desenho acessível e inclusivo de ambientes, produtos e serviços aumenta a eficiência, reduz a sobreposição, resulta em economia financeira e contribui para o desenvolvimento do capital cultural, econômico e social.
4. Todos os setores da sociedade recebem benefícios da inclusão e são responsáveis pela promoção e pelo progresso do planejamento e desenho inclusivos.
5. O Congresso enfatiza a importância do papel dos governos em assegurar, facilitar e monitorar a transparente implementação de políticas, programas e práticas.
6. O Congresso urge para que os princípios do desenho inclusivo sejam incorporados nos currículos de todos os programas de educação e treinamento.
7. As ações de seguimento deste Congresso deverão apoiar as parcerias contínuas e os compromissos orientados à solução, celebrados entre governos, empregadores, trabalhadores e comunidade em todos os níveis.
Digitado em São Paulo em 24 de setembro, 2001
http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/sicorde/declara_inter_montreal.asp
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
CONADE
Fone/Fax : : 0 xx 61 3428-9967
Fone: 0 xx 61 3429-3673 e 3429-9219 e 3429-9159
E-mail: conade@sedh.gov.br
CEP: 70064 900 – BRASILIA - DF
DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
A data escolhida coincide com o dia da adoção do Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência pela Assembléia Geral da ONU, em 1982. As entidades mundiais da área esperam que com a criação do Dia Internacional todos os países passem a comemorar a data, gerando conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos deficientes no mundo. O sucesso da iniciativa vai depender diretamente do envolvimento da comunidade de portadores de deficiência que devem estabelecer estratégias para manter o tema em evidência.
http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/sicorde/dia_inter_pessoa_def.asp
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
3ª Jornada da Inclusão da Pessoa com deficiência
veja o programa da 3ª Jornada de inclusão da pessoa com deficiência
dias 19,20 e 21 de dezembro no Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Projeto para deduzir do IR a compra de aparelho auditivo
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=88562
Consulta Tramitação das Proposições
Proposição: PL-3479/2008 -> Íntegra disponível em formato pdf
Autor:
Iran Barbosa - PT /SE Data de Apresentação: 28/05/2008 Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de tramitação: Ordinária Situação: CFT: Pronta para Pauta.
Ementa: Altera o art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para incluir as despesas com aparelhos de audição entre as deduções permitidas para efeito da apuração da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
Indexação: Alteração, legislação tributária federal, imposto de renda, pessoa física, autorização, dedução, desconto, despesa, contribuinte, aquisição, aparelho auditivo, audição.
Despacho: 11/6/2008 - Às Comissões de Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II Regime de Tramitação: Ordinária Legislação Citada
Pareceres, Votos e Redação Final
Clicando no título você poderá acompanhar como anda o projeto do deputado Iran Barbosa PT/SE
É só preencher a na página aberta o n° do PL - 3479 Ano: 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Perigo! Alguns remédios podem prejudicar a audição! Leia a bula, pergunte a seu médico e evite a automedicação.
Uso de remédios sem controle pode causar surdez
O uso prolongado, em altas doses, de quase 60 remédios, pode provocar tonteira, zumbido e até surdez. Entre as substâncias que mais podem causar problemas de audição estão, por exemplo, o salicilato de sódio - comum em remédios para inflamação e dor, diuréticos e anticoagulantes.
A fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, alerta para os riscos da automedicação. "Infelizmente, é comum as pessoas tomarem remédios por conta própria, influenciadas pela indicação de vizinhos e amigos, o que é perigoso. As substâncias conhecidas como ototóxicas causam lesões graves e, muitas vezes, irreversíveis à cóclea, a parte do ouvido humano responsável pela audição".
Embora nem sempre possam ser evitados, os remédios ototóxicos devem ser ingeridos com conhecimento médico para evitar problemas. O ideal é que, antes do tratamento, sejam feitos exames para verificar se já existe alguma lesão que possa se agravar com o uso do remédio.
Os quimioterápicos, usados no tratamento de câncer, e os antibióticos da família dos aminoglicosídeos, usados na prevenção e no tratamento de infecções pós-operatórias, são outros exemplos de remédios que podem acarretar danos irreversíveis à audição.
É um dilema enfrentado pelos médicos. Bebês prematuros também correm riscos, já que precisam tomar antibióticos para combater determinadas infecções respiratórias.
"Os recém-nascidos com baixo peso são muito expostos a infecções e precisam desses remédios, mas é preciso atenção. Hoje o teste da orelhinha é uma avaliação realizada em muitos hospitais, e em alguns estados, inclusive, é obrigatório que todos os bebês sejam examinados para saber se existe alguma perda auditiva", lembra a fonoaudióloga Isabela Gomes.
A situação é ainda pior para aqueles bebês que precisam passar um bom tempo na incubadora, porque, além dos remédios, eles são prejudicados pelo barulho nas incubadoras, que pode chegar a até 100 decibels.
Quando a perda auditiva causada por medicamentos ototóxicos ocorre ainda na infância, a lesão da cóclea - responsável por transmitir a vibração sonora do ouvido até o cérebro -, traz problemas para a fala e o aprendizado.
"Nesses casos, a perda auditiva é irreversível e o processamento do som sofre prejuízo. Perde-se a capacidade de perceber com clareza a voz humana, os sons do ambiente e até a própria voz", explica a fonoaudióloga.
Os efeitos da ototoxidade dos remédios são amplos e atingem indivíduos de todas as idades. Nos ouvidos, esses medicamentos causam uma perda neurossensorial, temporária ou definitiva, de grau variado (de leve à profunda), de acordo com o remédio, a dose ingerida e o tempo de tratamento.
"Aconselho a quem tem alguma dificuldade auditiva que procure um especialista o mais rápido possível. A perda auditiva pode ter muitas causas: trauma acústico, infecções, idade avançada, mas pode ser conseqüência também de um medicamento ototóxico", conclui a fonoaudióloga do Centro Auditivo Telex.
JB Online
Dr. Joseph Romeu é otorrinolaringologista do Centro de Otorrinolaringologia de Reus em Barcelona -
A perda gradativa de capacidade auditiva pode ser um dos sintomas da Otosclerose.A Otosclerose (ou Otospongiose) é uma doença do ouvido médio, porção interna do tímpano, que pode levar a surdez. Ela pode surgir em qualquer idade, embora seja mais frequente a sua aparição por volta dos 30 anos de idade. A perda da audição é lenta e gradual, geralmente em ambos os ouvidos, e o surgimento de zumbidos, algumas vezes acompanhado de vertigens, manifesta-se em conjunto com a surdez.Como o avanço da doença (de 10 a 15 anos) é relativamento lento, muitos pacientes se dão conta do problema apenas quando a Otosclerose já encontra-se em um estágio mais avançado, motivo pela qual, na maioria dos casos, ele só é percebida na fase adulta.Estudos indicam que aproximadamente 1 a cada 200 pessoas seja afetada por essa doença, que manifesta-se mais frequentemente em mulheres e agrava-se durante a gestação.A causa da otosclerose é hereditária, visto que ela é o resultado de uma formação óssea anormal, que impede as vibrações sonoras de passarem para o ouvido interno.DiagnósticoO diagnóstico é realizado através de exame clínico e testes auditivos, como Audiometria e imitanciometria. O estudo radiológico e Tomografia computadorizada podem contribuir para a localização do foco de otosclerose.TratamentoEmbora a utilização de um aparelho auditivo possa melhorar a audição, o tratamento permanente pode ser cirúrgico ou clínico.Cirúrgico: através da substituição de um pequeno osso do ouviso, chamado estribo, por uma prótese plástica ou metálica.Clínico: através de tratamento à base de fluoreto de sódio e outros componentes como vitaminas, carbonato de cálcio e outros. Segundo o Dr. Joseph Romeu, otorrinolaringologista do Centro de Otorrinolaringologia de Reus em Barcelona - Espanha, "o tratamento é cirúrgico, se for exclusivamente no ouvido médio e localizado na platina do estribo ou zonas adjacentes." Em relação ao tratamento clínico, o doutor destaca que "a prevenção mediante a ingestão de flúor pode ser correta mas nem sempre efetiva, já que o caráter genético desta doença é fundamental.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Começando e aprendendo
Cara(o) visitante:
Como você já deve ter percebido estamos nos iniciando nesta aventura de construir um blog e tentar que este seja uma via de duas mãos.
Como diz o nome somos surdos e deficientes auditivos que nos comunicamos em português falado, escrito (alguns falam outro idioma, outros são poliglotas).
Devido a nossa deficiência temos algumas necessidades específicas como por exemplo Cinema Nacional e programação de TV com legendas em português que não sejam apenas um resumo mal feito mas que nos proporcionem verdadeiramente acesso à informação.
Das outras necessidade vamos falando aos poucos. Os filmes nacionais e os estrangeiros dublados não são acessíveis para gente como a gente. E por isso nossa luta pela acessibilidade informativa e cultural tem nas legendas em português um ponto importantíssimo.
Gostaríamos que cada pessoa que nos visite deixe algum comentário, seja crítica, sugestão, apoio, etc para que possamos trabalhar juntos buscando melhorar a qualidade de vida de quem não ouve ou ouve pouco mas quer ser cidadão pleno deste país.
Video da campanha por legendas:
http://www.youtube.com/watch?v=6uxCLBaiUN4
Sobre "closed caption" legenda oculta
O closed caption - legenda oculta, é um tipo de legenda que foi concebida para permitir aos surdos e pessoas com dificuldades auditivas o acesso a programas, comerciais e filmes veiculados na televisão, em vídeo e DVD. A legenda oculta funciona como o áudio do programa e através dela são passadas as informações literais e não literais. Existem dois tipos de legenda oculta e tecnologias distintas para a sua produção: a on-line ou em tempo real, recomendada para programas ao vivo, jornalísticos, esportivos etc, pode ser produzida através da estenotipia ou softwares de reconhecimento de voz; a off-line ou pós-produzida, recomendada para programas gravados, filmes, novelas etc, que utiliza computadores com softwares específicos. A diferença entre o sistema on-line e o off-line está relacionada ao tempo para produção. A legenda produzida em tempo real (on-line) transcreve apenas as informações literais, enquanto na pós-produzida (off-line), a legenda pode ser trabalhada e diversos recursos podem ser utilizados: o aproveitamento do tempo, uso de legendas múltiplas, o posicionamento das legendas sobre os falantes, edição de texto e a transcrição de informações não literais (ruídos diversos, trilha sonora, indicação sobre a forma como está sendo dita determinada fala etc...). Estas diferenças são cruciais quando falamos de pessoas surdas ou ensurdecidas, pois elas necessitam destas informações "extras" para um perfeito entendimento. Para quem não pode ouvir bem, o closed caption funciona como o áudio do programa.Aproximadamente 6 milhões de brasileiros (Censo 2000) possuem algum tipo de problema auditivo, e, segundo estudos comparativos com países desenvolvidos, esse número tende a ser bem maior.
- Permite ao surdo o acesso à informação e o aprendizado efetivo da língua escrita.- Atende a outros segmentos da sociedade: idosos ensurdecidos, pessoas bilíngües, semi-analfabetos e crianças em fase de alfabetização.- Informa o que é falado em locais onde o som da TV é inaudível: aeroportos, academias de ginástica, bares e restaurantes, hospitais etc.- Abre um novo mercado de trabalho, tanto na área técnica quanto na produção de serviços.
O closed caption ou legenda oculta é um sistema de transmissão de legendas via sinal (linha 21) de televisão. Essas legendas são reproduzidas por um televisor que possua o decodificador de closed caption, e tem como objetivo permitir que os surdos e deficientes auditivos assistam aos programas transmitidos. As legendas são ocultas até o momento em que o usuário aciona a função de closed caption (geralmente como CC1) na televisão. Se o programa tiver o referido recurso, o usuário poderá assistir ao programa com legendas.Intervalo Vertical de Espaço em Branco (VBI – Vertical Blanking Interval)Se alguma vez você já viu um movimento brusco da imagem na tela, o que você viu na verdade foi uma banda preta horizontal entre as imagens. Uma parte desta banda, chamada Intervalo Vertical de Espaço em Branco (VBI), contém informações - que não a imagem - que são parte integral do sinal de vídeo e que não são normalmente visíveis para o telespectador. A Linha 21 do VBI é reservada para a legenda oculta. Se o aparelho de TV tiver um decodificador, a legenda aparecerá na tela sobre a imagem, caso contrário ela não será visível ao telespectador.
- França, Inglaterra, Espanha, Japão etc., são alguns dos países que utilizam a legenda oculta(CC).
- EUA e Canadá exibem quase 100% da programação com legenda oculta, inclusive comerciais.
- Nos EUA, desde 1993, todos os televisores vêm com decodificadores de legenda, possibilitando a integração e o acesso à informação a 22 milhões de surdos americanos.
- 1997: primeiro programa com legenda oculta on-line: Jornal Nacional ( Rede Globo de Televisão );
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
A luta dos surdos oralizados e usuários da língua portuguesa tem história
É importante que tanto os profissionais que atuam na área da surdez, assim como profissionais da área de educação e comunicação, e os próprios deficientes auditivos e surdos e seus familiares saibam o que existe em termos de legislação, equipamentos e todo tipo de ajudas técnicas para melhor atender às necessidades desse vasto segmento social.
Nosso interesse abrange não somente as pessoas nascidas surdas mas também os que perderam a audição depois de alfabetizados, os adultos e pessoas da terceira idade.
Um documento surgido em 2002 esclarece muitos desses pontos que continuam sem solução satisfatória. Trata-se do Manifesto dos Surdos Oralizados cuja leitura eu recomendo.
http://www.saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=1062
infelizmente o texto já não aparece no link acima.
Soramires
domingo, 23 de novembro de 2008
DEZ DICAS PARA CONVERSAR COM QUEM NÃO OUVE.
Antes de qualquer coisa, é importante saber que existe mais de um tipo de deficiente auditivo. Não somos todos iguais (in)felizmente.
adquiridos após a aquisição plena da fala (chamada surdez pós-lingual) ou surdos de nascimento que aprenderam a falar com fonoterapia. Quando esses também falam a língua de sinais, são chamados de surdos bilíngües.
Agora que já se sabe quais são as cores e sabores dos deficientes auditivos, voilà as dicas.
causar um grande mal entendido desnecessário.
está. Além do mais, se a pessoa tem surdez quase total, não adianta gritar. Se você gritar ou falar sem voz dá na mesma. Ela apenas lê seus lábios.
oralmente, por sinais ou até escrevendo). Ficar com medo de falar com ele, faz com que ele ache que você tem medo DELE. Surdos não mordem...
repetir, caso você não entenda alguma coisa...
chocolate pra ele. Dizem que produz endorfina, né? hehehehe
estando virado, existe alguma chance dela não ter boa audição. Na dúvida, pergunte.
te informar, mas nem sempre acontece. Portanto, boa vontade é capaz de milagres.
10. Uma das piores gafes que os ouvintes infelizmente cometem, é achar que a deficiência auditiva afeta o intelecto (alias, qualquer deficiência, convenhamos). A menos que o surdo não tenha recebido educação adequada - o que acontece sim, mas é uma infelicidade não tão comum - ele tem a inteligência de uma pessoa normal. Não se preocupe em achar que ele não é bem informado ou que não vai entender alguma coisa. Como qualquer pessoa, ele pode ou não estar informado sobre determinado assunto (como música, por exemplo), pode ou não entender determinada coisa, mas isso, ele te fala, não tente adivinhar.
* Imagens do arquivo pessoal de Lak Loba