quarta-feira, 30 de maio de 2012

Em Portugal: sistema de legendagem automática

http://www.rtp.pt/wportal/grupo/newsletter/newsletter10/legendagem.html





Este inovador serviço, há muito desejado pela comunidade surda, vem
 reforçar a estratégia de exibição e Adaptação de Conteúdos dirigidos
a Públicos com Necessidades Especiais que a RTP, líder nos serviços
prestados nesta área, tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos
anos.

O Sistema de Legendagem Automática foi desenvolvido pelo Laboratório
de Sistemas de Língua Falada do INESC-ID Lisboa em colaboração com a
 RTP, no âmbito do Projecto Tecnovoz.

Esta nova funcionalidade, baseada num Sistema de Reconhecimento
Automático de Fala, realiza a transcrição para texto do áudio produzido nos
Telejornais a partir de um vocabulário de 100.000 palavras, actualizado
diariamente.

Trata-se de um sistema totalmente automático pelo que a probabilidade
de produção de erros e incorrecções derivadas das características imprevisíveis
 de um programa de informação foram uma das maiores dificuldades encontradas.

A necessidade de reconhecimento da fala a partir de diferentes vozes,
a especificidade dos ambientes sonoros das peças de reportagem, por
natureza com elevado nível de ruído (trânsito, música, guerra, manifestações, etc.),
a captação de som em condições não ideais (como num estúdio, por exemplo),
ou a existência de vários intervenientes a falar ao mesmo tempo (debates,
entrevistas, etc.) são exemplos das dificuldades que podem criar maiores problemas
no sistema.

Todavia, a entrada em funcionamento diário vai possibilitar uma
melhoria sucessiva das características do sistema permitindo aumentar
a sua eficiência.

A operação do sistema é realizada em sequência de blocos o que cria um
pequeno tempo de latência na geração da legenda. Esta versão do sistema
apresenta as legendas em duas linhas de tamanho duplo, fundo preto e
colocadas no topo da página do Teletexto. A transcrição da fala é mostrada
em cores diferentes para os oradores masculinos (branco) e para os
oradores femininos (amarelo). Como o sistema produz erros de transcrição
apenas são visualizadas legendas cujo grau de confiança do sistema
de reconhecimento seja superior a 85%. As legendas ficam activas durante
um intervalo de tempo correspondente à duração respectiva do áudio produzido.

A legenda apresenta uma tentativa de pontuação, tarefa difícil para fala
espontânea.

Todos estes conceitos, que levaram à configuração actual do modelo,
foram desenvolvidos com a colaboração da Federação Portuguesa de
Associações de Surdos no decorrer de diversas acções de focus group.

Com o projecto Tecnovoz, onde se insere este novo serviço de
Legendagem Automática, Portugal tem a oportunidade de
contribuir activamente para o desenvolvimento das tecnologias da “fala” a
nível Mundial, afirmando-se como actor pró-activo e defensor da sua
aplicação na Língua Portuguesa.

A área de Acessibilidades do Operador de Serviço Público de Rádio e de
Televisão visa promover a integração Social das Pessoas com Deficiência
assente em três princípios: Acesso Universal, sem necessidade de
recorrer a equipamento específico; sem quaisquer custos adicionais para o
utilizador; sistemas não impositivos, permitindo o acessos às funcionalidades
disponíveis em função das respectivas necessidades.

Com o início das emissões experimentais de Legendagem Automática, a RTP
reforça a posição de liderança da oferta de serviços na área das acessibilidades,
aumenta a oferta de conteúdos adaptados para Pessoas com Necessidades
Especiais e introduz um novo serviço, de carácter inovador contribuindo
para uma verdadeira Integração Social permitindo que, no seio da família e no
que respeita à oferta de conteúdos televisivos relevantes, todos
partilhem das mesmas experiências, em simultâneo e no mesmo espaço físico.

Mais informações a respeito de legendagem automática:

https://tecnovoz.l2f.inesc-id.pt/oquefazemos/


terça-feira, 29 de maio de 2012

FILMES Brasileiros LEGENDADOS mais um avanço!


Justiça determina filmes com legenda para deficientes auditivos

28 de maio de 2012 


A Justiça Federal em São Paulo determinou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) exija, nos filmes que financiar, a inclusão de legendas ocultas (closed captions). A decisão da juíza substituta da 23ª Vara Cível, Fernanda Soraia Pacheco Costa, diz que em 60 dias os editais do banco deverão passar a exigir as legendas de apoio para deficientes auditivos.
A decisão atende a um pedido de tutela antecipada do Ministério Público Federal para garantia do cumprimento do dever constitucional de inclusão das pessoas com deficiência auditiva, oferecendo acesso à cultura.
A juíza entendeu, no entanto, que a inclusão de legendas abertas seria prejudicial às produções cinematográficas brasileiras, porque impossibilitaria que os filmes fossem assistidos sem legendas. Por isso, a magistrada preferiu seguir a sugestão da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), que apontou as closed captions como uma medida eficaz.
A magistrada Fernanda Costa destacou ainda que já existe uma lei que determina que as salas de cinema possuam meios eletrônicos para permitir o acesso às pessoas com esse tipo de deficiência. A juíza pondera, entretanto, que não há produção de filmes legendados para atender à legislação.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Comissão aprova exigência de legenda em programa com verba pública - ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Por favor entrem no link acima e no final da matéria há espaço pra deixarem opinião aos deputados envolvidos na discussão. Eles precisam saber que a legenda é necessária. Não deixem de participar.

Comissão aprova exigência de legenda em programa com verba pública

Arquivo/ Alexandra Martins
Eduardo Azeredo
Azeredo apresentou substitutivo para fazer adequação técnica.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou hoje o Projeto de Lei 2115/11, do deputado licenciado André Dias (PSDB-PA), que obriga produtores culturais a adotar legenda em todos os filmes, programas de televisão, séries e peças teatrais financiados ou patrocinados com recurso público.
No teatro, poderão ser adotadas outras formas de linguagem compreensíveis pelas pessoas com deficiência auditiva.
De acordo com André Dias, o censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que existiam cinco milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva no País naquele período. “Essa realidade demanda do Poder Público a adoção de medidas com o objetivo de promover a inclusão social dessa parcela da população”, argumenta.
O relator da matéria, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), apresentou substitutivoapenas para fazer adequação técnica. “A proposição que aqui apreciamos é dotada de grande conveniência e oportunidade e trará ganhos inestimáveis a grande parte da população brasileira. Entretanto, entendemos ser necessária a adequação dos termos técnicos utilizados – especialmente aqueles usados na radiodifusão”, defendeu.
O relator explica ainda que a legislação atual já garante que, até 2017, todas as pessoas jurídicas que detenham concessão ou permissão para explorar o serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão) deverão veicular 100% de sua programação contendo legendas ocultas em língua portuguesa.
Pelo substitutivo apresentado, o descumprimento das normas ensejará o pagamento de multa no valor de R$ 50 mil, cobrada em dobro no caso de reincidência.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Da Redação/MW

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'


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    IMPLANTE AUDITIVO DE TRONCO CEREBRAL - IMPLANTE AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO

    Existe uma grande diversidade na surdez, em suas causas e também nas soluções encontradas.
    Neste caso temos matérias que falam de implantes de tronco cerebral ou tronco encefálico.
    A reportagem da Folha cujo link colocamos a seguir  trata de uma menina que nasceu sem os nervos auditivos, caso em que aparelhos auditvos ou implante coclear não teriam nenhum efeito...
    http://f5.folha.uol.com.br/humanos/1148176-menina-que-tem-ouvido-bionico-fala-primeira-palavra-mamae.shtml

    No Brasil:

    http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/05/menino-de-joinville-que-nasceu-surdo-passa-por-cirurgia-inedita-no-brasil-e-comeca-a-ouvir-3766829.html
    KARINA SCHOVEPPER

    Foto: Leo Munhoz / Agencia RBSKarina Schovepperkarina.schovepper@an.com.br
    Basta um barulho diferente para que o pequeno Bruno dos Anjos, três anos,
    percorra os olhos por toda a sala em busca da origem do som. E sempre que
    encontra, um largo sorriso se forma no rosto do garoto serelepe.



    Se não fosse pelo aparelho colocado ao redor da orelha, camuflado pelos
    vastos cabelos pretos, ninguém notaria que o menino tem uma singularidade
     - ele nasceu surdo. Bruno é uma criança como todas as outras. Adora passar
     horas jogando no computador, vai à creche todos os dias e tem energia
    de sobra para correr e brincar. Mas ainda não fala. Por enquanto, pronuncia
     alguns sons.

    Foi somente há oito meses que conseguiu ouvir pela primeira vez e ficou
     encantado com a novidade. O procedimento que fez Bruno finalmente
     conhecer o som do mundo foi o implante auditivo de tronco encefálico.
    Trata-se de uma cirurgia feita para a colocação de eletrodos para
    estimulação elétrica do som, implantados no núcleo coclear, e um
    receptor por baixo da pele da cabeça.

    A prótese tem como objetivo restaurar a função auditiva de crianças
    como Bruno, que nasceram sem o nervo auditivo. A cirurgia foi
    realizada pelo neurocirurgião Andrei Koerbel, em junho do ano
    passado, no Hospital Dona Helena, em Joinville, e foi a primeira
    realizada em crianças no Brasil.

    Após o procedimento, que demorou cerca de 10 horas, o eletrodo
    permaneceu desligado por dois meses para se adaptar e fixar no local.
    Segundo o médico, esta prática é comum em países da Europa.

    — O implante era usado em pacientes adultos com tumores, mas
    profissionais italianos descobrirem que podia ser aplicado em
    crianças, com resultados muito superiores — conta.

    Koerbel explica que a cirurgia precisa ser feita antes dos quatro
    anos, período em que o núcleo auditivo do tronco cerebral ainda
    pode ser estimulado. O neurocirurgião relata que o percentual
    de audição de pacientes que receberam este tipo de implante
    varia de 40% até 100%.

    — Depende de cada paciente e é um resultado a longo prazo. Não
    temos como saber o resultado que ele terá — fala.

    A cada dois meses, um especialista vem de São Paulo mudar a
    programação do aparelho e tentar estimular ainda mais a audição
    de Bruno. Cabe aos pais fazer essa avaliação.

    — Como estimula não apenas a audição, com uma das mudanças, ele
    começou a piscar muito e ter coceira nos olhos — lembra a mãe,
    Franciele de Farias, 29 anos.

    Depois de identificar a programação ideal para o menino, o acompanhamento
    deverá ser menor - uma vez por ano.

    — A recuperação está nos surpreendendo. Por isso, é importante divulgar,
    para que pais na mesma situação tenham acesso a essa possibilidade —
    afirma Koerbel.

    Batalha antes de cirurgia durou dois anos

    Mas até a cirugia finalmente acontecer, os pais, Giovane dos Anjos e
    Franciele de Farias, enfrentaram uma longa batalha que durou dois anos.
    A descoberta de que Bruno não reconhecia os sons aconteceu quando ele
    tinha seis meses. Foi a avó, mãe de Giovane, que alertou os pais. Mas eles
    não quiseram acreditar.

    — É difícil aceitar que o nosso filho tem algum problema. Eu ficava até braba
    quando alguém dizia que ele era surdo — conta Franciele.

    Foi por meio do BERA (exame que avalia a audição), encaminhado 
    por um otorrinolaringologista, que os pais souberam que ele não ouvia. Com o
    resultado em mãos, a família foi a São Paulo, onde, após uma ressonância,
    descobriu que o menino havia nascido sem os nervos auditivos. A avaliação
    dos médicos era que nada podia ser feito.

    — Voltamos sem esperanças, mas mesmo assim não desisti e resolvi pesquisar
    melhor — lembra a mãe.

    Foi quando Franciele descobriu o neurocirurgião Andrei Koerbel, que mudou o
    futuro de Bruno. A vitória do pequeno é exemplar. Ele não teria conseguido o
    implante se não fosse a obstinação dos pais. Foram dois anos de luta até o plano
    de saúde liberar a cirurgia, cujo custo aproximado é de R$ 150 mil.

    — Íamos entrar na Justiça para conseguir a cirurgia, mas daí o plano liberou —
    recorda Giovane. O período de recuperação foi difícil.

    — Ele ficou inchado e sentia muita dor. Doía vê-lo naquela situação —
    conta o pai.

    Dor que foi recompensada quando Bruno ouviu pela primeira vez. A vitória
    aconteceu quando uma equipe vinda de São Paulo realizou os primeiros testes
    com o menino. Ao ouvir o barulho, os olhos do menino arregalaram.

    — Foi um misto de susto e encanto. Ele ficava olhando pra ver de onde vinha —
    diz.

    Cena que levou os pais às lágrimas.

    — Ver o sorriso no rostinho dele e lembrar tudo que passamos. Foi uma
    sensação única.   

    "Felipe veio para ensinar o Bruno a falar"

    A rotina de incertezas ganhou um novo capítulo quando Franciele descobriu
    que estava grávida. O medo de ter outro filho com o mesmo problema abalou
    ainda mais a vida do casal. Mas eles decidiram que não iam se abater.
    Enfrentaram mais uma luta juntos e tiraram de letra. Felipe, hoje com seis
    meses, nasceu saudável. Por precaução, fez o exame BERA e não tem
    nenhum problema de audição.

    — A gente diz que o Felipe veio para ensinar o Bruno a falar. Eles já brincam
    juntos e nos enchem de alegria — relata Giovane.

    Desde então, o período difícil ficou para trás. Hoje, cada nova descoberta de
    Bruno é uma recompensa para os pais. Tudo com a ajuda da fonoaudióloga
    Mariana Fouad Guirguis, com quem Bruno faz acompanhamento por cerca
    de uma hora, duas vezes por semana. As consultas são particulares e custam
    R$ 75 cada sessão.

    — Eu digo que o Bruno é uma faculdade. Mas os gastos não são nada, o que
    importa é ver a evolução dele — garante Giovane.

    A consulta é sempre acompanhada pelo pai, que tem a missão de continuar
    as atividades em casa. A longo prazo, a terapia vai garantir que Bruno
    aprenda a articular palavras e comece a balbuciar as primeiras palavras.
    Resultado
    que já foi observado pelos pais.

    — No início notamos uma evolução maior, ele falava 'mama', 'papa'. Agora
    parece que está mais lento — diz o pai.

    Programas de computador vão ajudar Bruno a fazer a leitura labial e 
    identificar os sons das palavras. Por enquanto ele só ouve sons altos. As 
    brincadeiras também são diferentes e funcionam por meio de "recompensas". 
    O menino só pode começar a atividade quando ouvir o barulho do tambor feito 
    pela
    fonoaudióloga.

    — Às vezes tenho que ser dura com ele, se não vira festa. Mas o Bruno 
    é muito concentrado — conta Mariana.

    Segundo a fonoaudióloga, a terapia deve seguir, pelo menos, até os 12 anos. 
    E, por enquanto, nada de aprender libras.

    — Queremos estimular ele a ouvir. Aprender a linguagem de sinais vai 
    depender
    muito da evolução dele. Pode ser que ele nem precise — explica.
    http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:9piQGk9jAbsJ:scholar.google.com/+implante+auditivo+de+tronco+cerebral&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1

    http://www.implantecoclear.org.br/textos.asp?id=2

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992008000500002&script=sci_arttext



    Projeto de lei equivocado pretende obrigar todos os surdos a aprenderem língua de sinais na escola.





    O senador Cristóvam Buarque apresentou no senado um projeto de lei cuja parte equivocada publicamos abaixo.


    Agora é a vez da Câmara dos Deputados analisar o PL.


    Se for aprovado como está redigido acarretará sério prejuízo educacional para os surdos que usam próteses e que podem ouvir através de recursos técnicos, da medicina e da fonoaudiologia. 
    Não somos contra a oferta de língua de sinais, somos contra a padronização dos surdos, imaginando que todos devem se comunicar usando a língua de sinais.
    Somos a prova concreta de que nem todo surdo usa língua de sinais. SOMOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA, FALADA, ESCRITA, POR LEITURA OROFACIAL. SOMOS SURDOS ORALIZADOS E NÃO ABRIMOS MÃO DE NOSSA CONDIÇÃO.


    "Acrescenta art. 26-B à Lei nº 9.394, de
    20 de dezembro de 1996 (Lei de
    Diretrizes e Bases da Educação
    Nacional), para estabelecer condições
    de oferta de ensino da Língua
    Brasileira de Sinais (Libras), em todas
    as etapas e modalidades da educação
    básica.
    O Congresso Nacional decreta:
    Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
    Educação Nacional), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B:
    Art. 26-B. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) será obrigatória
    para todos os estudantes surdos como língua de comunicação, em todos
    os níveis e modalidades da educação básica, nas instituições públicas e
    privadas de ensino."







    REPRODUZO AQUI A MENSAGEM QUE ACABO DE ENVIAR AO SENADOR


    cristovam@senador.gov.br




    também deixe mensagem no portal do senador clicando abaixo:


    http://cristovam.org.br/portal3/index.php?option=com_contact&view=contact&id=1%3Acristovam-buarque&catid=12%3Acontato&Itemid=100160


    e peço aos surdos oralizados, usuários da língua portuguesa, usuários de aparelhos auditivos e implantes, pais de crianças surdas, fonoaudiólogos, otorrinos e todos os que realmente entendem de surdez em suas várias manifestações que escrevam também.



    Prezado Senador
    esta mensagem se refere ao PL abaixo

    O Congresso Nacional decreta:
    Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
    Educação Nacional), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B:
    Art. 26-B. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) será obrigatória
    para todos os estudantes surdos como língua de comunicação, em todos
    os níveis e modalidades da educação básica, nas instituições públicas e
    privadas de ensino.

    Senador, como pessoa surda, que estuda as ajudas técnicas para superar a surdez e levar uma vida plena inserida na sociedade global exercendo todos os direitos de cidadania fico chocada e preocupada com a redação acima de sua autoria.
    Tal redação demonstra o total desconhecimento da DIVERSIDADE DENTRO DA SURDEZ, que com aparelhos auditivos, implantes coclearesBaha, cirurgia de substituição do estribo, implante ósseo e tantas outras pode devolver a audição ou uma parte  importante dela.
    Isso prova que o senhor não está bem assessorado no assunto e essa redação do PL  pode comprometer o futuro de milhares de crianças e adolescentes que seriam OBRIGADOS a abandonar todos os recursos técnicos, educativos efonoaudiológicos que permitem  a oralização e o aprendizado da língua portuguesa.
    Essa redação portanto pode prejudicar os surdos pós linguais, os surdos que usam próteses de qualquer tipo e que podem ser oralizados e não necessitam aprender língua de sinais.
    Senador apelo à sua consciência de cidadão lutador pelas causas da educação que não tolha a possibilidade de vários pequenos brasileiros usarem próteses auditivas e se oralizarem e aprenderem a língua portuguesa que será seu instrumento de independência e pleno exercício da cidadania.
    Não peço nada no meu interesse próprio uma vez que já  sou sexagenária, surda desde a adolescência e que tive a oportunidade de trabalhar e estudar usando minha língua pátria, sem necessitar intérpretes ou intermediários.
    Senador informe-se antes de cometer uma tremenda injustiça com crianças surdas e suas famílias.
    Aguardando ansiosamente suas providências.
    Sônia Maria Ramires de Almeida
    rg .....