Um grupo de alunos de jornalismo fez estudo de como a informação via telejornais pode chegar aos diferentes grupos de pessoas com deficiência auditiva: usuários de língua de sinais(janela de libras) e usuários da língua portuguesa (legendas em português, closed caption).
Veja o vídeo, muito interessante, bem feito e que aborda os diferentes pontos de vista e as diferentes necessidades.
Parabéns à equipe
Danielle Florêncio Pereira
Maria Alice Ruzisca Vaz
Thiago Ferrari Magri
TCC de Jornalismo 2012.
http://www.youtube.com/watch?v=IsSiJ7DY9Oo
OS TEXTOS NÃO SÃO FECHADOS:SE HOUVER ATUALIZAÇÃO COLOCAREMOS JUNTO À POSTAGEM ORIGINAL. PROCURAMOS PESQUISAR E DIVULGAR RECURSOS QUE POSSAM MELHORAR A ACESSIBILIDADE DOS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL. ESTÃO À DISPOSIÇÃO LINKS DE TEXTOS E ASSOCIAÇÕES DE OUTROS PAÍSES REFERENTES AO NOSSO FOCO PRINCIPAL: SOMOS SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS ORALISTAS E ORALIZADOS, PÓS LINGUAIS, QUE USAM PRÓTESES, IMPLANTES E OUTRAS AJUDAS TÉCNICAS. Logotipo:jvicttor E-MAIL soramires@gmail.com
quarta-feira, 29 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Inimigos do IMPLANTE COCLEAR?...mas que preconceito, ignorância, intolerância!
Nós os surdos usuários de próteses auditivas de todo tipo, oralistas e oralizados, usuários da língua portuguesa, geralmente nos manifestamos a favor. Sim senhores, a favor de legendas no cinema, teatro, TV, divulgamos a estenotipia em conferências e salas de aulas, avisos luminosos e escritos que dupliquem as informações dos avisos sonoros, divulgamos a existência de despertadores e relógios vibratórios, de telefones amplificados, FM, aro magnético, aparelhos auditivos, implantes e tudo que nos ajude a ouvir e a participar da cultura, educação e trabalho.
Nunca nos manifestamos contra os que optam por se comunicar usando a língua de sinais porque acreditamos que cada um deve procurar o que mais se adapta a seus desejos.
Mas, infelizmente, grupos encastelados em universidades federais, saem elaborando teses e mais teses cujo único objetivo é atacar a oralização e cirurgias de implantes de todo tipo, cirurgias que nos permitam exercer um direito essencial: ouvir. Universidades federais são mantidas com nossos impostos e não devem ser um lugar que fomente o separatismo e ataques ao avanço técnico, médico, científico. Atacam cirurgias que são feitas pelo próprio SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Me parece incoerente uma vez que o SUS é um órgão oficial do país.
Eu não uso implante coclear, minha surdez é corrigida com aparelhos auditivos potentes e eu não me imagino vivendo sem esses equipamentos. Posso ouvir e falar, participar da sociedade mais ampla utilizando os instrumentos que permitem acessibilidade.
Vejam este vídeo onde a Lak Lobato conta sua experiência de surdez adquirida e a recuperação da audição com o implante coclear:
Vejam este vídeo onde a Lak Lobato conta sua experiência de surdez adquirida e a recuperação da audição com o implante coclear:
Passo a palavra a uma escritora e publicitária de muita sensibilidade, usuária de implantes cocleares para que relate com suas palavras a experiência de ser implantada:
Depois de 23 anos de silêncio, foi graças ao implante coclear que pude ouvir o som da chuva. O barulho do mar...
Porque eu amo o Implante Coclear
Escrito por laklobato em 26/05/2013
Lamento imensamente que haja pessoas capazes de falar mal do implante coclear…
Eu passei 23 anos de minha vida em silêncio. Silêncio este que não escolhi. Ele veio numa noite quando faltava poucas semanas para completar 10 anos e levou embora a capacidade sensorial que nos conecta com o mundo ao nosso redor.
Seria mentira se eu dissesse que fui infeliz nesses 23 anos. Quem me conheceu durante esse período sabe que sempre fui uma pessoa alegre, que tirava de letra todas as mazelas do dia a dia. Eu sempre estudei. Namorei muito. Fiz todos os cursos e viagens que o meu bolso (e da minha mãe) me permitiu. Minha vida nunca foi menor ou incompleta só porque eu tinha deficiência auditiva…
Mas, confesso que sempre senti falta de ouvir. Somos seres sensoriais. Gostamos do toque firme de um abraço. Do cheirinho de pão quente e café recém passado de manhã. Fazemos poesia para a beleza do pôr-do-sol. Adoramos o sabor das frutas frescas colhidas direto do pé. Por que ouvir seria diferente? Nosso entusiasmo depende muito do que sentimos, do estímulo desses sentidos que nos definem como seres humanos.
E, como meu sentido auditivo me foi negado pela biologia, coube buscar recursos tecnológicos para poder alcança-lo novamente.
O implante coclear não é barato, concordo. Há pessoas que ganham dinheiro com ele, também concordo. Mas são essas mesmas pessoas que tornam essa realidade possível.
E quem pode mensurar o valor monetário do pôr-do-sol ou o preço de um abraço apertado dado pelo ente amado num dia frio? Quanto você estaria disposto a pagar por aquilo que torna a vida melhor, mais intensa e verdadeira?...
Eu passei 23 anos de minha vida em silêncio. Silêncio este que não escolhi. Ele veio numa noite quando faltava poucas semanas para completar 10 anos e levou embora a capacidade sensorial que nos conecta com o mundo ao nosso redor.
Seria mentira se eu dissesse que fui infeliz nesses 23 anos. Quem me conheceu durante esse período sabe que sempre fui uma pessoa alegre, que tirava de letra todas as mazelas do dia a dia. Eu sempre estudei. Namorei muito. Fiz todos os cursos e viagens que o meu bolso (e da minha mãe) me permitiu. Minha vida nunca foi menor ou incompleta só porque eu tinha deficiência auditiva…
Mas, confesso que sempre senti falta de ouvir. Somos seres sensoriais. Gostamos do toque firme de um abraço. Do cheirinho de pão quente e café recém passado de manhã. Fazemos poesia para a beleza do pôr-do-sol. Adoramos o sabor das frutas frescas colhidas direto do pé. Por que ouvir seria diferente? Nosso entusiasmo depende muito do que sentimos, do estímulo desses sentidos que nos definem como seres humanos.
E, como meu sentido auditivo me foi negado pela biologia, coube buscar recursos tecnológicos para poder alcança-lo novamente.
O implante coclear não é barato, concordo. Há pessoas que ganham dinheiro com ele, também concordo. Mas são essas mesmas pessoas que tornam essa realidade possível.
E quem pode mensurar o valor monetário do pôr-do-sol ou o preço de um abraço apertado dado pelo ente amado num dia frio? Quanto você estaria disposto a pagar por aquilo que torna a vida melhor, mais intensa e verdadeira?...
Depois de 23 anos de silêncio, foi graças ao implante coclear que pude ouvir o som da chuva. O barulho do mar...
continue lendo e se emocionando:
Outra implantada que também declara amor ao IMPLANTE COCLEAR, DESTA VEZ LÁ DE PORTUGAL...
http://ouvido-bionico.blogspot.pt/2013/05/o-implante-coclear.html
Mais textos sobre o assunto, todos ótimos...
http://www.guiainclusivo.com.br/2013/05/por-negar-uma-crianca-surda-direito-de-ouvir/
http://cronicasdasurdez.com/implante-coclear-verdades-e-mentiras/
http://ouvido-bionico.blogspot.pt/2013/06/o-desencanto-da-surdez.html
http://ouvido-bionico.blogspot.pt/2013/05/o-implante-coclear.html
Mais textos sobre o assunto, todos ótimos...
http://www.guiainclusivo.com.br/2013/05/por-negar-uma-crianca-surda-direito-de-ouvir/
http://cronicasdasurdez.com/implante-coclear-verdades-e-mentiras/
http://ouvido-bionico.blogspot.pt/2013/06/o-desencanto-da-surdez.html
sábado, 25 de maio de 2013
SURDOS QUE SE COMUNICAM ORALMENTE PEDEM ACESSO À CULTURA: LEGENDAS E AROS MAGNÉTICOS - NA ESPANHA
La confederación española de familias de personas sordas pide medidas para facilitar el acceso a la cultura
MADRID, 24 May. (EUROPA PRESS) -
El presidente de la Confederación Española de Familias de personas sordas (Fiapas), José Luis Aedo, se ha reunido con el secretario de estado de Cultura, José María Lassalle, al que ha pedido medidas para facilitar el acceso de este colectivo a la cultura, según ha informado la confederación.
Durante la reunión, Aedo ha insistido en las dificultades a las que se enfrentan las personas sordas que comunican en lengua oral y que utilizan prótesis auditivas en el acceso a la cultura y a la vida cultural debido, fundamentalmente, a la falta de disposición de los medios de apoyo a la comunicación oral (subtitulado, bucles magnéticos*) que precisan para poder participar en igualdad de condiciones que el resto de los ciudadanos.
Asimismo, el presidente de Fiapas ha reconocido el valor de la iniciada implantación de medidas de accesibilidad a la información y a la comunicación en museos y teatros.
Los estudios científicos realizados dentro y fuera de España señalan que con la detección precoz de la sordera, la adaptación protésica temprana (audífonos y/o implantes auditivos), la intervención logopédica o el apoyo escolar los niños con sordera acceden al lenguaje oral de una manera precoz y natural, alcanzando niveles lectores similares a los de sus compañeros oyentes.
De esta forma, pueden disponer de la competencia lectora necesaria para ser aprendices autónomos y adquirir un hábito de lectura reflexiva, que propicia su acercamiento curioso y espontáneo a los libros.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Limite de volume para aparelhos de som e celulares na Comunidade Européia
Aparelho de som e celular —novo regulamento comunidade europeia
Todos os aparelhos de som e telefones celular vendidos na comunidade europeia a partir de 2013 são sugeridos a ter um som limite de 85 decibeis (dB)
O novo padrão estipula que todos os aparelhos de som vendidos na Comunidade Europeia após fevereiro de 2013 deve ter o nível de volume definido em 85 decibeis (dB). Os aparelhos de celular que podem tocar música através de headphone são afetados com essa recomendação de limite de som.
Contudo, os consumidores podem também escolher em exceeder o limite e aumentar o nível volume para o máximo 100 decibeis(dB). Se eles fizerem isso, é advertido sobre o risco de ouvirem música acima do nível de segurança que pode ser repetido a cada 20 horas ao se escutar música alta.
Contudo, os consumidores podem também escolher em exceeder o limite e aumentar o nível volume para o máximo 100 decibeis(dB). Se eles fizerem isso, é advertido sobre o risco de ouvirem música acima do nível de segurança que pode ser repetido a cada 20 horas ao se escutar música alta.
Milhões de pessoas colocam suas audições em risco
Em outubro de 2008, um estudo feito dirigido pelo Scientific Committee on Emerging and Newly Identified Health Risks (SCENIHR) estimou que mais de 10 milhões de europeus têm colocado suas audições em risco quando escutam som alto em seus aparelhos de MP3.
Baseado nessa pesquisa e a pedido da Comissão Europeia essa novo padrão de segurança tecnológica, efetivado em 2013 foi elaborado pelo Organismo de normalização da Comunidade Europeia (European Committee for Electrotechnical Standardisation (CENELEC)).
Baseado nessa pesquisa e a pedido da Comissão Europeia essa novo padrão de segurança tecnológica, efetivado em 2013 foi elaborado pelo Organismo de normalização da Comunidade Europeia (European Committee for Electrotechnical Standardisation (CENELEC)).
Padrão europeu não obrigatório
O padrão europeu é voluntário e a Comissão tem expressado que esse padrão se tornou os novos meios de medida na indústria.
Fonte: http://europa.eu/
Fonte: http://europa.eu/
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Interferência no Blog - caros amigos nos últimos dias ao abrir o blog aparecia um aviso pedindo nome de usuário, era aviso indevido e já removemos a interferência
Interferência no Blog - caros amigos nos últimos dias ao abrir o blog aparecia um aviso pedindo nome de usuário e senha, era um aviso indevido e já removemos a interferência. Para eliminar essa intromissão tive que fazer uma faxina no blog eliminando várias listas e links. AS POSTAGENS CONTINUAM IGUAIS, SEM PROBLEMAS.
Aos poucos vamos colocar novamente os links e indicação de blogs.
Obrigada Sô.
Aos poucos vamos colocar novamente os links e indicação de blogs.
Obrigada Sô.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Manifesto dos Surdos Usuários da Língua Portuguesa continua sendo divulgado mostrando nossas necessidades específicas
Recebemos cópia da seguinte mensagem a respeito do Manifesto dos Surdos Usuários da Língua Portuguesa:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3657
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3657
Dirigida ao Professor Teófilo Galvão Filho e a vários destinatários:
Obrigada por compartilhar o manifesto. Vou assinar porque comungo com eles a necessidade de reconhecimento da diversidade com compõe o universo da pessoa surda/com deficiência auditiva.
Aproveito para compartilhar um texto que escrevi em 2009, para o capítulo "Acessibilidade na Comunicação" no livro: Atores da Inclusão na Universidade. Ele está focado na escola, porém, denota a forma como nos aprisionamos ou cristalizamos determinadas "identidades".
Comunicação com a pessoa surda: um universo diverso
“Não há uma única identidade na qual repercute a surdez. O respeito às diferentes maneiras de ser surdo que a escola deve potencializar baseia-se no conhecimento das características comuns e das específicas de cada uma delas.” (SILVESTRE, 2007, p.165).
Quando nos reportamos à acessibilidade na comunicação de pessoas surdas é necessário termos em mente que esse coletivo é extremamente diverso, e que, muitas vezes, na nossa formação ou nas informações que temos sobre esse universo, tentamos reduzi-lo.
Devemos levar em consideração que existem várias formas da pessoa surda interagir (há pessoas surdas que utilizam a Língua de Sinais como primeira língua; há os que têm a Língua Portuguesa como primeira língua –são denominados oralizados – e aprenderam a língua de Sinais enquanto adultos;os surdos bilíngües; os que não são oralizados e não conhecem a Língua de Sinais e ainda utilizam gestos criados no seu entorno familiar, etc.)
Portanto, para pensarmos em uma universidade ou qualquer ambiente escolar inclusivo, devemos partir dessa multiplicidade e entender quais são as características das pessoas com surdez às quais tentamos nos comunicar e/ou prover o acesso às informações. Ao enveredarmos por uma educação que contemple a diferença como ponto de partida, vamos imprimindo na escola inclusiva amplas possibilidades de comunicação, seja com surdos que se comunicam através da Língua de Sinais ou não. Pois em consonância com Silvestre (2007), entendemos que o posicionamento dessa vertente não consolida essa divisão entre surdos/ouvintes, pois entende que os alunos de forma geral apresentam uma diversidade, que não apenas deriva da surdez, mas de outros fatores (diferenças de origem social, cultural, étnica, dificuldades de conduta, visual etc).
Quando nos fechamos em di-visões, caímos numa cilada que nos aprisiona em um dos lados e dificulta nossa percepção e nossa
ação em direção a uma escola que atenda a todos. Se, por exemplo, nós nos ativermos que a identidade da pessoa surda se compõe a partir da Língua de Sinais, estaríamos excluindo todas as outras pessoas com surdez que não utilizam a Língua de Sinais ou que a utilizam em situações específicas.
Na compreensão de Santana (2007), o que forma a identidade da pessoa surda não é necessariamente a Língua de Sinais e sim a presença de uma língua que possibilite a constituição da pessoa como sujeito “falante”, ou seja à constituição de sua própria subjetividade pela linguagem e às implicações dessa constituição nas suas relações sociais.
Entendemos que a inclusão requer mais que estratégias específicas para a comunicação em determinada língua; requer comunicação
constante com os conhecimentos que trazemos da nossa formação acadêmica e continuada; requer questionarmos sobre as formas
lineares que os conhecimentos nos foram trazidos e requer uma interação constante com os nossos pares, que a nosso ver são os que
fazem parte do contexto que estamos inseridos (sejam alunos surdos ou ouvintes, cegos ou videntes, professores, familiares etc).
Portanto, pensar em um escola inclusiva requer que desatemos os nós que nos prendem a uma única visão de sujeito, para que possamos encarnar os acontecimentos e vê-los a partir de outros pontos de vista que não estejam enraizados nas nossas velhas concepções.
Lilia Barreto
Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva - CNRTA
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
Aproveito para compartilhar um texto que escrevi em 2009, para o capítulo "Acessibilidade na Comunicação" no livro: Atores da Inclusão na Universidade. Ele está focado na escola, porém, denota a forma como nos aprisionamos ou cristalizamos determinadas "identidades".
Comunicação com a pessoa surda: um universo diverso
“Não há uma única identidade na qual repercute a surdez. O respeito às diferentes maneiras de ser surdo que a escola deve potencializar baseia-se no conhecimento das características comuns e das específicas de cada uma delas.” (SILVESTRE, 2007, p.165).
Quando nos reportamos à acessibilidade na comunicação de pessoas surdas é necessário termos em mente que esse coletivo é extremamente diverso, e que, muitas vezes, na nossa formação ou nas informações que temos sobre esse universo, tentamos reduzi-lo.
Devemos levar em consideração que existem várias formas da pessoa surda interagir (há pessoas surdas que utilizam a Língua de Sinais como primeira língua; há os que têm a Língua Portuguesa como primeira língua –são denominados oralizados – e aprenderam a língua de Sinais enquanto adultos;os surdos bilíngües; os que não são oralizados e não conhecem a Língua de Sinais e ainda utilizam gestos criados no seu entorno familiar, etc.)
Portanto, para pensarmos em uma universidade ou qualquer ambiente escolar inclusivo, devemos partir dessa multiplicidade e entender quais são as características das pessoas com surdez às quais tentamos nos comunicar e/ou prover o acesso às informações. Ao enveredarmos por uma educação que contemple a diferença como ponto de partida, vamos imprimindo na escola inclusiva amplas possibilidades de comunicação, seja com surdos que se comunicam através da Língua de Sinais ou não. Pois em consonância com Silvestre (2007), entendemos que o posicionamento dessa vertente não consolida essa divisão entre surdos/ouvintes, pois entende que os alunos de forma geral apresentam uma diversidade, que não apenas deriva da surdez, mas de outros fatores (diferenças de origem social, cultural, étnica, dificuldades de conduta, visual etc).
Quando nos fechamos em di-visões, caímos numa cilada que nos aprisiona em um dos lados e dificulta nossa percepção e nossa
ação em direção a uma escola que atenda a todos. Se, por exemplo, nós nos ativermos que a identidade da pessoa surda se compõe a partir da Língua de Sinais, estaríamos excluindo todas as outras pessoas com surdez que não utilizam a Língua de Sinais ou que a utilizam em situações específicas.
Na compreensão de Santana (2007), o que forma a identidade da pessoa surda não é necessariamente a Língua de Sinais e sim a presença de uma língua que possibilite a constituição da pessoa como sujeito “falante”, ou seja à constituição de sua própria subjetividade pela linguagem e às implicações dessa constituição nas suas relações sociais.
Entendemos que a inclusão requer mais que estratégias específicas para a comunicação em determinada língua; requer comunicação
constante com os conhecimentos que trazemos da nossa formação acadêmica e continuada; requer questionarmos sobre as formas
lineares que os conhecimentos nos foram trazidos e requer uma interação constante com os nossos pares, que a nosso ver são os que
fazem parte do contexto que estamos inseridos (sejam alunos surdos ou ouvintes, cegos ou videntes, professores, familiares etc).
Portanto, pensar em um escola inclusiva requer que desatemos os nós que nos prendem a uma única visão de sujeito, para que possamos encarnar os acontecimentos e vê-los a partir de outros pontos de vista que não estejam enraizados nas nossas velhas concepções.
Lilia Barreto
Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva - CNRTA
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer
domingo, 12 de maio de 2013
LEGENDAS PARA AUDIOVISUAIS E EVENTOS - QUAL A MELHOR TECNOLOGIA?
PROPONHO A GENTE DISCUTIR A MELHOR FORMA DE LEGENDAGEM PARA CINEMA, TEATRO, ETC
Porque minha preocupação? Geralmente quem sugere aos grupos de trabalho
do governo são os vendedores de equipamentos e o governo acaba
desconhecendo as diferentes opções, e tem também os lobbies infiltrados em
órgãos do governo. Temos que estar antenados porque afinal se trata de
NOSSA ACESSIBILIDADE!
Vídeo em que surdos discutem em língua de sinais (mas tem legendas em inglês) as diferentes opções de legendas. Acho que temos que discutir o assunto também.
http://vimeo.com/61603348
Legendas no teatro, foto de apresentação de ópera. Lembramos que legendas para ópera não são somente para pessoas surdas...como as obras são cantadas em diferentes línguas as legendas facilitam a compreensão.
Legendas no teatro
http://semanal.cermi.es/noticia/cesya-creando-mundo-audiovisual-para-todos.aspx
Equipamentos usados na apresentação de óperas:
Há discussões sobre cada uma dessas formas de exibir legendas, embora o assunto seja ópera e legendas para ouvintes os equipamentos para os surdos serão os mesmos ou semelhantes, por isso é bom a gente conhecê-los.
http://nouveautempolibero.skynetblogs.be/archive/2012/04/20/sur-titres-sous-titres-ou-rien.html
Legendas no teatro, foto de apresentação de ópera. Lembramos que legendas para ópera não são somente para pessoas surdas...como as obras são cantadas em diferentes línguas as legendas facilitam a compreensão.
Legendas no teatro
http://semanal.cermi.es/noticia/cesya-creando-mundo-audiovisual-para-todos.aspx
Equipamentos usados na apresentação de óperas:
Há discussões sobre cada uma dessas formas de exibir legendas, embora o assunto seja ópera e legendas para ouvintes os equipamentos para os surdos serão os mesmos ou semelhantes, por isso é bom a gente conhecê-los.
http://nouveautempolibero.skynetblogs.be/archive/2012/04/20/sur-titres-sous-titres-ou-rien.html
Será que este equipamento abaixo no cinema ou teatro nos obriga a mover a cabeça ou desviar os olhos para a imagem e para a legenda alternativamente? Se for assim eu não acho confortável.