segunda-feira, 22 de junho de 2009

SOMOS A FAVOR DOS SULP E NÃO CONTRA OS SINALIZADORES

TÊM CIRCULADO MENSAGENS QUE NOS CLASSIFICAM COMO CONTRÁRIOS A LIBRAS.

O FATO DE SERMOS SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA NÃO NOS COLOCA EM POSIÇÃO DE "INIMIGOS" DE SURDOS QUE USAM LÍNGUAS DE SINAIS OU GESTUAIS COMO SE DIZ EM PORTUGAL OU DE SUA FORMA DE EXPRESSÃO.

ALGUNS SULP TAMBÉM CONHECEM LIBRAS OU OUTRAS LÍNGUAS GESTUAIS MAS NOSSA LUTA E NOSSA NECESSIDADE ESTÁ VOLTADA PARA AS AJUDAS TÉCNICAS QUE NOS PERMITAM EXERCER A CIDADANIA DENTRO DE NOSSA ESPECIFICIDADE QUE É O USO DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA E/OU ESCRITA.

DESCRIÇÃO DE NOSSO GRUPO NO ORKUT:

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=78601181

SULP SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Movimento de pessoas deficientes auditivas/surdas que se utilizam da Língua Portuguesa falada e escrita (e também podem se comunicar em outros idiomas).
Nosso grupo abrange pessoas que nasceram surdas e são oralizadas, quem nasceu ouvinte e ficou surdo e ainda os surdos sinalizadores que usam a língua portuguesa.
Usamos leitura oro-facial, aparelhos auditivos e implantes cocleares.
CONSIDERAMOS A LÍNGUA PORTUGUESA UM INSTRUMENTO PARA O EXERCÍCIO DE NOSSA CIDADANIA.Só aceitamos a participação de pessoas que se identifiquem. Anônimos não serão aceitos.

3 comentários:

imisal disse...

Vou «auto-plagiar-me» e colocar aqui parte de um texto de um blog meu, em que apresentava o testemunho de uma pessoa implantada, surda desde muito nova, porque resume o que eu penso sobre toda essa polémica:

«Só quando um dia atravessamos a frágil ponte que separa os ouvintes dos surdos é que percebemos verdadeiramente o que significa não ouvir bem ou não ouvir mesmo nada e todas as implicações que esta nova condição do nosso eu arrasta consigo.

Por muito que estudemos e que contactemos com pessoas com perda auditiva , independentemente do seu grau e do seu tipo, da idade, do seu modo de comunicação, da sua adesão e sentido de pertença a uma comunidade ou da sua «identidade flutuante» (Skliar), só por dentro do mundo sem sons ou com menos sons, ou com sons diferentes dos que conhecíamos é que percebemos o que é isso de ser surdo, o que perdemos e o que ganhamos por contraponto com o que tínhamos.

Não se trata aqui de pôr em questão as convicções de ninguém nem de entrar em polémicas estéreis sobre o ser surdo/Surdo/ouvinte/deficiente auditivo, que apenas isolam em grupos minoritários um grande número de cidadãos com dificuldades auditivas que poderiam abraçar uma mesma causa com muito mais peso – a união faz a força, diz o ditado…

Trata-se hoje, aqui e sempre que possível, de dar a "voz" e a escrita a quem vive num mundo onde os sons não são tomados por garantidos, onde a surdez existe, em maior ou menor grau, e de «ouver» diferentes experiências de vida.»

Ah...para finalizar...em Portugal há um ditado popular «não há maior surdo que aquele que não quer ouvir», que corresponde mais ou menos à frase de Victor Hugo «A única surdez verdaeiramente incurável é a da mente». Oiçamos mais com o coração...afinal, «se o essencial é invisível para os olhos», como dizia o Principezinho, o essencial também não precisa de ser audível!
Misal (uma SULP portuguesa)

imisal disse...

Com a indignação, até troquei o ditado: «não há pior cego que aquele que não quer ver», assim é que é!!
Misal

soramires disse...

É isso que defendemos: as facilidades que nos ajudem a transitar no mundo de acordo com nossa situação de SULP, facilidades para implantes e aparelhos auditivos, locais com acessibilidade sonora, indicações escritas em lugares públicos, TV cinema e teatro legendados ao lado das facilidades colocadas à disposição de cadeirantes, cegos, surdos sinalizadores, etc. Não queremos tirar nada de ninguém mas acrescentar aquilo que nos puder ajudar enquanto sulp. Abraços Sô

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