sábado, 31 de janeiro de 2009

Ajudas técnicas: amplificador de indução magnética

Soramires (para SULP)

Para algumas pessoas, até parece que no Brasil só existe surdo que se comunica por Libras e leitura orofacial.

Por favor não esqueçam o grande número de deficientes auditivos póslinguais
, das pessoas da terceira idade, pessoas que usam aparelhos auditivos ou implantes, gente que pode ouvir com ajudas técnicas e que lê e escreve em português.
Não encontrei nenhuma informação brasileira a respeito deste equipamento de amplificação por indução magnética.

O "Aro Magnético" ou "hearing loop" tão difundido na Argentina, Europa, Austrália, EUA parece ser desconhecido no Brasil.

Peço por favor que se algúem sabe se é vendido no Brasil e que nome recebe me avise!!!!!


Quem sabe alguma empresa resolve patrocinar a instalação desses equipamentos? Afinal existem facilidades impositivas que impulsionam acões inclusivas, patrocínios, etc.

Não acho justo que na Argentina eu possa acompanhar concertos, cinema, conferências, aulas, cultos religiosos, etc usando meu aparelho auditivo e aqui no Brasil quando pergunto sobre o equipamento ninguém sabe me responder se existe, que nome tem, etc.

Como deficiente auditiva peço que as políticas públicas e normas de acessibilidade levem em conta este equipamento tão útil para quem usa implante ou aparelho auditivo.
Nem todo surdo conhece LIBRAS.
A informação abaixo vem do site:

http://www.mah.org.ar/

Sem Barreiras

A MAH - Mutualidad Argentina de Hipoacúsicos sempre considerou a audição uma parte fundamental da saúde. Dela depende em grande medida o processo de comunicação que as pessoas estabelecem com o mundo que as rodeia, sua interação e a plena integração social.
Contud0, a cada dia, a comunidade de hipoacúsicos se depara com muitas barreiras para o acesso aos diferentes meios de expressão culturais, principalmente os que se referem às artes audiovisuais como o cinema e o teatro.
Na maioria dos casos as salas onde se apresentam estes espetáculos não estão preparadas para atender a este tipo de deficiência.
Então, a Comissão Diretora da MAH, decidiu desenvolver o programa "Sem Barreiras". Seu objetivo principal foi conseguir uma aproximação real entre a pessoa hipoacúsica e a cultura.
Para concretizá-lo foi necessário recorrer a uma tecnologia específica adquirida pela MAH para iniciar uma série de importantes doações do equipamento chamado "amplificador de aro magnético" ou "aro de indução magnética"

Para matar a sua curiosidade clique abaixo e vai saber quantos teatros e cinemas da Argentina oferecem essa ajuda técnica aos deficientes auditivos:

CONSULTE LAS DIRECCIONES DE LAS SALAS EQUIPADAS CON ARO MAGNÉTICO

A primeira doação de aro magnético ocorreu em agosto de 1998, ao Teatro Maipo da Cidade de Buenos Aires. Nessa ocasião houve um festejo duplo: o espetáculo de Enrique Pinti "Pinti canta las cuarenta y el Maipo cumple 90" chegava às 100 representações e também se inaugurava o novo sistema no teatro.

A partir dessa ocasião a MAH continuou seu compromisso, fazendo sucessivas doações a diferentes espaços relacionados à arte, à cultura e à educação.
Em 2008 se comemora o décimo aniversário desse projeto tão importante, que segue proporcionando tanta satisfação.


O que é um aro magnético?

O aro magnético é um amplificador adaptado especialmente para levar seu sinal de saída (amplificada) a um cabo que se instala ao redor do perímetro da sala de um teatro, cinema, sala de aula, auditório, etc
O resultado dessa instalação é que se produz na superfície do espaço um campo magnético que copia exatamente o sinal audível. Esse sinal é captado pela bobina telefônica do aparelho auditivo, quando este é colocado na posição "T".
O uso deste tipo de amplificador permite uma transmissão direta do som ao aparelho auditivo sem os efeitos adversos da distância, do eco ou do ruído ambiente.
Para saber mais:
http://www.hearingloop.org/

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CONCURSO DE FOTOGRAFIA

<http://agenciainclusive.wordpress.com/2009/01/27/concurso-de-fotografia-a-beleza-da-vida-diversidade-e-inclusao/>
Concurso de Fotografia
"A beleza da vida: diversidade e inclusão"
Inscrições: de 01 de dezembro a 03 de abril de 2009Divulgação dos resultados: 28 de abril de 2009Participantes: público em geral, residente no BrasilInformações: Secretaria do Depto. de Biologia Celular e Genética, Centro de Biocências, UFRN

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sobre TV e cinema nacional legendados




Porque preferimos as legendas aos programas dublados?

Soramires (para o Sulp)

Legendar programas de TV, filmes e produções audiovisuais ajudam a promover o acesso à informação, cultura, diversão, ensino, etc. do deficiente auditivo.

A legenda ajuda também as pessoas de terceira idade que perderam parte da audição.

A legenda incentiva o aprendizado do português para crianças e adultos que estão se alfabetizando, igualmente ajuda o estrangeiro a assimilar nosso idioma.

Como devem ser as legendas?

Alguns consideram que a pessoa surda tem dificuldade de compreensão do português escrito e defendem legendas condensadas.

Mesmo levando em conta que existam esses casos de dificuldades, acreditamos que uma legenda de boa qualidade, sem resumir idéias, incentiva a aquisição da língua de uma maneira mais completa, desafiando o deficiente auditivo a se superar e a superar as barreiras de comunicação. E esse tipo de legenda será útil também para as pessoas que por outras razões necessitam ver filmes legendados.

Em obras de ficção

O que deve ser colocado nas legendas além das conversas?

Transcrever todo e qualquer som? Por exemplo colocar notinhas musicais ou escrever música alegre, triste, animada, ritmada, batucada, coral...

Se aparece um leão rugindo, deve-se legendar "rugido de leão" ou isso é redundância?
Se vemos uma ambulância ou carro de bombeiros com sirena tocando, deve-se colocar "sirena de ambulância"? Se aparece um raio e depois o trovão colocamos ou não "ruído de trovão"?

Legendar absolutamente todos os sons não vai criar uma sobrecarga de texto atrapalhando mais do que informando?

Acho que o bom senso e o conhecimento da narrativa cinematográfica devem conduzir o processo de legendagem.

Se o som "off" é importante para a narrativa deve ser indicado:
Num filme de terror, uma família ouve lobos uivando e se assusta. Se os lobos não aparecem e somente o som indica sua presença é óbvio que isso deve ser indicado nas legendas.

Se o personagem ouve uma música que traz lembranças, se o par romântico ouve a "sua música", se o motor do avião "falha"...esse ruídos não são enfeites, fazem parte da história, são necessários à compreensão da trama.

Outro tema que gera polêmica: muitos acham que no caso do filme estrangeiro a tradução legendada deve ser literal, o que não é viável. Existem expressões idiomáticas que devem ser adaptadas, o tradutor deve conhecer muito bem os idiomas com os quais está trabalhando, o estilo do filme, etc.
Há questões técnicas como a quantidade ideal de caracteres que se for ultrapassada torna a leitura impossível.

E ainda questões de estilo: um cineasta valoriza a literatura e faz seus personagem citarem poemas, a tradução deve seguir essa lógica; outro apresenta personagens que falam gírias muito específicas e assim por diante.
Traduzir um filme é um trabalho criativo, de pesquisa que não pode ser feito por qualquer tradutor automático, não por enquanto.

Filmes e vídeos didáticos e científicos

Nesses casos o mais importante é a informação, então parece que o melhor é sintetizar o menos possível, se forem citados termos ou conceitos científicos devem ser escritos corretamente assim como o nome de autores e obras.
Vale até para maior clareza intercalar painéis informativos, mais ou menos como aquelas legendas de filmes mudos...

Outra coisa que mais atrapalha do que informa é a sobreposição da fala traduzida à fala original. Nesse caso a legenda é muito útil até para quem ouve bem.

Tenho visto filmes ou vídeos preparados para aprender idiomas estrangeiros onde a legenda reproduz fielmente cada palavra dita, nesse caso não há tradução, há transcrição para a mesma língua.

São todas situações que devem ser estudadas e levadas em conta ao se preparar legendas de um modo geral.

O que foi dito acima vale apenas para a legendagem feita antes da exibição e não para o processo feito no momento da transmissão que geralmente aparece como closed caption ou legenda oculta.
No caso de transmissão ao vivo, telejornais, entrevistas, etc os recursos de estenotipia ou programas de reconhecimento de voz geram legendas que têm características específicas, objeto de outras indagações.

Lamentavelmente algumas pessoas defendem a dublagem em lugar da legendagem usando o argumento do analfabetismo de uma parte da população.
Não seria melhor investir na alfabetização dessas pessoas? Usando para isso exatamente os recursos audiovisuais e a TV?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Querer escutar: Exemplo de Ação Solidária

Grupo solidário argentino coleta aparelhos auditivos e pilhas para doação a crianças e pessoas de terceira idade que não podem adquirí-los.

Quando a escolha está entre comprar comida ou pilhas para os aparelhos...

http://www.desearescuchar.com.ar/

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ouvir com os óculos?

Quando perdi a audição, na década de 70 do século passado, existiam aparelhos auditivos embutidos em hastes de óculos...mas eram meio pesadões, modelos meio masculinos e os retroauriculares, embora grandes, a gente podia esconder sob os cabelos.
Mas na verdade eu nunca quis esconder nada e usava cabelos curtos ou presos e os aparelhos lá pendurados para quem quisesse ver, até me poupava ficar explicando porque eu pedia para repetir alguma coisa ...
Afinal eram tempos em que a atriz Leila Diniz ia à praia com o barrigão de grávida exposto ao sol, a herança libertária de 1968 circulava por toda parte, porque querer esconder aparelhos auditivos?
Agora algo que parecia ultrapassado volta a circular e com edição melhorada. Estou curiosa para ver esses óculos, quem sabe sejam mais bonitinhos?



Clipping Eletrônico - Departamento de Comunicação, PUC-Campinas

Inventos facilitam vida de deficientes

20/04/2006

Quer escutar melhor? Coloque os óculos. Pesquisadores holandeses criaram um novo aparelho auditivo que vem embutido nas hastes desse acessório.
O dispositivo, desenvolvido por cientistas da Universidade Delft em parceria com empresas e já em fase de comercialização, é constituído por quatro pequenos microfones interligados. Por uma questão estética, decidiu-se fabricar óculos em cujas hastes essa aparelhagem poderia ser escondida. Chamado Varibel, o novo produto tem uma sensibilidade direcional de 8.2 decibéis -segundo os pesquisadores, os equipamentos tradicionais apresentam apenas 4.2 decibéis.
O objetivo foi criar um equipamento auditivo mais potente e capaz de filtrar melhor os ruídos de um ambiente com muitas pessoas falando ao mesmo tempo -resolvendo, assim, a dificuldade que muitos portadores de deficiência auditiva têm para reconhecer de onde vem a voz da pessoa que está falando.

Fonte: Universia - Brasil

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


GENTE! Olha quem está vestindo a camiseta da LEGENDA NACIONAL!!!!!!!
http://www.legendanacional.com.br/
fotinho copiada do blog do Jairo
http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

CÃES PARA SURDOS



"Foi nos Estados Unidos que apareceram os primeiros cães para surdos. Efetivamente a formação de cães para surdos começou em 1976, com a American Humane Association, em Denver, Colorado.

Com o objetivo de responder à crescente requisição deste serviço, a associação adquiriu uma fazenda no estado de Massachussets para instalar um centro de formação chamado Hearing Dog.

O programa norte-americano dirige-se , prioritariamente, para a educação de cães destinados a pessoas que sofrem de uma surdez grave e buscam uma independência. Cada cão é minuciosamente escolhido em função das necessidades e possibilidades do futuro dono.

Como o cão sai em companhia do surdo, deve usar obrigatoriamente algo que o identifique com um cão especial. Nos Estados Unidos, convencionou-se o uso de uma coleira e de uma guia cor de laranja, o que lhe permite o acesso aos lugares públicos oficialmente proibido aos animais."

http://www.solbrilhando.com.br/Animais/Caes/A_Servico_do_Homem/Caes_a_S_dos_Surdos.htm


Cães guias para surdos e cegos: Na Catalunha ESP legislação sobre o acesso desses animais a lugares acompanhando os deficientes.

http://www.lavanguardia.es/lv24h/20090114/imp_53619152190.html

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Palavras da Patty, nossa fonoaudióloga

'A FONOAUDIOLOGIA E O DEFICIENTE AUDITIVO, PARCERIA NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM"

"Não existiria som, se não houvesse o silêncio, não haveria luz, se não fosse a escuridão..."Lulu Santos

Esta música retrata nossa interação, me faz crer que somos parte de um todo, cada um com sua particularidade ensina e aprende num círculo infinito ... só assim nos completamos...Patty


Uma das grandes formas de aprender e crescer, é desenvolvendo duas capacidades; a de observar e a de interagir. Observando podemos saber o que a pessoa tem latente e o que ela precisa para melhor se adaptar à sua condição; interagindo, mergulhamos ainda mais fundo no conhecimento da pessoa com a qual estamos lidando, aprendemos com ela e construimos "caminhos" para melhor condição de vida e de socialização.

Tratar, habilitar, desenvolver e reabilitar são termos comuns na Fonoaudiologia, para a facilitar tais processos, é preciso respeitar cada um, cada caso clínico e cada história de vida. Olhando sempre para o que a pessoa tem de positivo, sendo na questão psicológica, social, cognitiva, auditiva e de linguagem. Assim, serão fortalecidas as bases, os "pilares", só se constrói seres humanos positivos e seguros, desenvolvendo neles bases positivas e fortes.Cabe a nós, reabilitadores, acreditar na pessoa e na família. Acreditar e estimular, para que se dê o processo da habilitação do indivíduo dentro da sua condição, trabalhando suas facilidades para melhor adaptar suas dificuldades. Acolhendo a família tentando abrandar seus medos e ansiedades.

No Serviço Público temos grande diversidade de histórias de vida e condição de trabalho, tendo em vista que lidamos com um número considerável de pessoas, porém, hoje aprendi que a grande mágica é saber observar, quanto mais interação, mais aprendizado...nada é impossível assim como nada é fácil, as melhorias são conquistadas no dia a dia com paciência e um pouco de teimosia rs! Já se vão 12 anos de Serviço Público muitas mudanças ocorreram e muitas ainda estão por vir.

Até aqui aprendi que a luta é de todos, família, escola, profissional de saúde e pacientes, não fazemos nada sozinhos e que melhorar é sempre possível...vamos seguir fortes reenvindicando mais, reclamando menos e sempre acreditando que dias melhores virão.

O trabalho dentro da Fonoaudiologia é uma caixinha de surpresas, cada uma mais linda e surpreendente que a outra, é um trabalho que nunca cansa pelo fato de nunca ser igual, eis a mágica que é trabalhar com gente e suas peculiaridades! É um caminho que nunca se trilha igual, pois em cada paciente temos uma fonte inesgotável de aprendizado. Nem preciso dizer que a estimular a questão comunicativa me encanta, que ajudar a facilitar o processo "sentimento, pensamento e expressão" é tudo de mais rico ao meu ver!

Deixo meus parabéns pela iniciativa deste espaço dedicado a informação e a troca! Só colocando as nossas dificuldades somos "socorridos" então vamos falar, comunicar e plantar boas sementes.


Beijocas!

Patrícia Escobar