Continua a pergunta:POR ONDE ANDAM OS SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA? Parte II

Amigos porque insisto tanto neste assunto?
Simplesmente porque neste mundo burocratizado reivindicações isoladas não recebem atenção, por mais que sejam justas e coerentes.
Cada tipo de deficiência, enfermidade, ou necessidade específica agrega as pessoas interessadas, formam-se associações, ONGs, grupos de estudo, blogs, sites, etc.

Entendo que se nos juntamos a todos os grupos e entidades que se referem à deficiência em geral poderemos fazer uma pressão junto aos órgãos do governo e fazer com que nos ouçam.

Mas ao mesmo tempo vejo que além de uma militância geral existem grupos, ongs e entidades que estudam, acompanham e reivindicam ações para deficiências e necessidades específicas.

Até agora as entidades que tratam da surdez são majoritariamente ligadas a escolas e grupos dos surdos que usam a língua brasileira de sinais, libras.

Os surdos e deficientes auditivos  que não usam libras não são reconhecidos em sua especificidade, quando se fala em acessibilidade para a pessoa que usa aparelhos auditivos, implantes, etc...  em geral imaginam que todo surdo usa libras e com um intérprete já está resolvida a acessibilidade.

Insisto que não sou contra o uso de libras mas sim faço questão de lembrar que esse recurso não promove a inclusão de todos os surdos.

E infelizmente não temos ninguém que explique esse ponto de vista aos legisladores, aos professores de cursos que tratam de acessibilidade, aos arquitetos, aos comunicadores de maneira geral, aos professores...
Somos vozes isoladas em blogs. grupos do Orkut mas isso não parece ser o suficiente.
Como fazer para que nos levem em conta e promovam a acessibilidade que necessitamos?