Dia 28 de abril de 2009: chego ao Aeroporto de Ezeiza, Argentina e noto um batalhão de fotógrafos, cinegrafistas e repórteres de todos os meios de comunicação, imagino que não será pela minha presença, afinal não divulguei que iria viajar.
Desconfiei que era a tal de gripe porcina, suina ou como quer que se chame...a maioria das pessoas principalmente quem trabalha no aeroporto usava máscaras protetoras, lá se diz "barbillo".
Até então eu tinha visto nos jornais e TV mas no aeroporto percebi que o problema distante também era meu problema, até esse momento não havia pensado em usar máscara mas acabei evitando até comer por lá e fiquei esperando numa área ao ar livre observando os repórteres.
Resolvi fotografar algumas pessoas, e pedia autorização aos fotografados explicando que era surda, fazia leitura labial para complementar o aparelho auditivo e que o uso de máscaras desse tipo atrapalhava minha comunicação ao pedir informações.
A maioria das pessoas com quem falei eram funcionários de empresas que haviam orientado e fornecido o uso de máscaras. Mas ao saberem que eu era surda muitos se ofereceram para tirar a máscara ao falar comigo.
Por isso sempre digo que é importante numa situação em que precisamos nos comunicar explicar nossa deficiência e que num caso como esse a comunicação escrita pode ajudar e muito se o uso de máscaras for indispensável como num hospital ou consultório dentário por exemplo. Eu quando vou ao dentista peço para ele me explicar tudo antes de colocar a máscara para começar o tratamento porque se ele falar mascarado e com o ruído dos equipamentos não vou entender nada.
Como já disse não tive poblemas no embarque porque pedi para falar mais alto e entendi bem e fui gentilmente atendida e se fosse necessário tirariam a máscara para falar comigo.
Os avisos de partida, portões, horários etc estão em painéis luminosos o que facilita bastante para os surdos, não reparei na acessibilidade para outro tipo de deficiência. Mas no meu avião iriam embarcar três pessoas em cadeiras de rodas e uma senhora com bebê. Pela lógica, boa educação e também pelas regras eu me coloquei na fila depois dessas pessoas e não é que outros apressadinhos tentavam furar fila e passar diante dos cadeirantes e da mamãe com bebê? Por sorte os funcionários fizeram com que esses passageiros cadeirantes passassem antes mas para isso tiveram que afastar o amontoado de mal educados...
Os filminhos oferecidos tipo documentários todos tinham legendas em português além dos fones de ouvido, pude passar meu tempo de viagem numa boa. Mas as mensagens do piloto e tripulação são emitidos por sistema sonoro e eu nunca entendo direito...seria bom que colocassem as mensagens por escrito nas telinhas mas para isso teriam que ter a bordo alguém que as digitasse porque são informações sobre tempo, temperatura, duração da viagem, zona de turbulência...mas as mensagens padrão como proibido usar celular, proibido fumar, apertar o cinto, etc poderiam ser previamente legendadas.
Desconfiei que era a tal de gripe porcina, suina ou como quer que se chame...a maioria das pessoas principalmente quem trabalha no aeroporto usava máscaras protetoras, lá se diz "barbillo".
Até então eu tinha visto nos jornais e TV mas no aeroporto percebi que o problema distante também era meu problema, até esse momento não havia pensado em usar máscara mas acabei evitando até comer por lá e fiquei esperando numa área ao ar livre observando os repórteres.
Resolvi fotografar algumas pessoas, e pedia autorização aos fotografados explicando que era surda, fazia leitura labial para complementar o aparelho auditivo e que o uso de máscaras desse tipo atrapalhava minha comunicação ao pedir informações.
A maioria das pessoas com quem falei eram funcionários de empresas que haviam orientado e fornecido o uso de máscaras. Mas ao saberem que eu era surda muitos se ofereceram para tirar a máscara ao falar comigo.
Por isso sempre digo que é importante numa situação em que precisamos nos comunicar explicar nossa deficiência e que num caso como esse a comunicação escrita pode ajudar e muito se o uso de máscaras for indispensável como num hospital ou consultório dentário por exemplo. Eu quando vou ao dentista peço para ele me explicar tudo antes de colocar a máscara para começar o tratamento porque se ele falar mascarado e com o ruído dos equipamentos não vou entender nada.
Como já disse não tive poblemas no embarque porque pedi para falar mais alto e entendi bem e fui gentilmente atendida e se fosse necessário tirariam a máscara para falar comigo.
Os avisos de partida, portões, horários etc estão em painéis luminosos o que facilita bastante para os surdos, não reparei na acessibilidade para outro tipo de deficiência. Mas no meu avião iriam embarcar três pessoas em cadeiras de rodas e uma senhora com bebê. Pela lógica, boa educação e também pelas regras eu me coloquei na fila depois dessas pessoas e não é que outros apressadinhos tentavam furar fila e passar diante dos cadeirantes e da mamãe com bebê? Por sorte os funcionários fizeram com que esses passageiros cadeirantes passassem antes mas para isso tiveram que afastar o amontoado de mal educados...
Os filminhos oferecidos tipo documentários todos tinham legendas em português além dos fones de ouvido, pude passar meu tempo de viagem numa boa. Mas as mensagens do piloto e tripulação são emitidos por sistema sonoro e eu nunca entendo direito...seria bom que colocassem as mensagens por escrito nas telinhas mas para isso teriam que ter a bordo alguém que as digitasse porque são informações sobre tempo, temperatura, duração da viagem, zona de turbulência...mas as mensagens padrão como proibido usar celular, proibido fumar, apertar o cinto, etc poderiam ser previamente legendadas.
Para os amigos cegos:
Descrição das fotos feitas no Aeroporto de Ezeiza, Argentina:
Mulher limpando o chão com rodo, luvas e máscara.
Dois homens chegando e colocando suas máscaras.
Atendentes do posto de informações usando máscaras.
Atendente do posto de taxis igualmente mascarada.
Os modelos variam mas cobrem nariz e boca.
Alguns funcionários usam máscara e também luvas tipo cirúrgica, de borracha.
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