terça-feira, 10 de março de 2009

TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA UMA ESCOLA INCLUSIVA


www.galvaofilho. netteofilo@infoesp. netteogf@ufba.br

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÂO DOUTORADO EM EDUCAÇÃO

TEÓFILO ALVES GALVÃO FILHO

TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA UMA ESCOLA INCLUSIVA: APROPRIAÇÃO, DEMANDAS E PERSPECTIVAS

Salvador - Bahia 2009
RESUMO

Num mundo em profundas e aceleradas transformações, a Tecnologia Assistiva emerge como uma área do conhecimento e de pesquisa que tem se revelado como um importante horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão social dos alunos com deficiência.

Na busca de entender e discutir como a ?instituição Escola? tem percebido e vivenciado essas possibilidades em suas práticas e processos, principalmente os relacionados com a Educação Inclusiva, esta pesquisa estudou, através de uma abordagem de Estudo de Caso, o processo de apropriação e uso da Tecnologia Assistiva por escolas públicas de Ensino Básico do município de Salvador, Bahia, tecnologia essa necessária para a inclusão de alunos com deficiência em suas salas de aula.
O estudo foi operacionalizado por meio de entrevistas realizadas em quatro escolas com os profissionais que vivenciam e gerenciam mais diretamente essas realidades, que são os seus gestores, professores, coordenadores pedagógicos e os responsáveis por Salas de Recursos. Nesse sentido, a pesquisa fundamentou- se no pensamento de Bronfenbrenner sobre o modelo ecológico de desenvolvimento, e também na perspectiva sócio-histórica proposta por Vygotsky, mais particularmente nos seus Fundamentos de Defectologia, além do suporte teórico sobre Educação Inclusiva encontrado em autores como Mantoan, Baptista, Miranda, Manzini, Rodrigues e outros, e sobre a relação das Tecnologias de Informação e Comunicação com a educação, encontrada em Lévy, Papert, Silva, Pretto, Bonilla e outros.
Como resultados da pesquisa, destacam-se, além da constatação dos avanços e conquistas verificados no processo de apropriação da Tecnologia Assistiva pelas escolas estudadas, também, e majoritariamente, as dificuldades e obstáculos encontrados nesse processo pelos profissionais entrevistados, juntamente com as demandas desses profissionais por ações mais efetivas das gestões centrais das redes educacionais públicas às quais pertencem, e por políticas públicas consistentes e sistemáticas que favoreçam uma maior agilidade e eficácia no processo de apropriação e uso da Tecnologia Assistiva necessária para a inclusão escolar de alunos com deficiência. Foi possível detectar e analisar, também, as contradições existentes entre o paradigma educacional tradicional hegemônico nas escolas e os princípios da Educação Inclusiva, contradições essas percebidas como desestruturadoras dos processos de apropriação e uso da Tecnologia Assistiva por essas escolas.
A partir dos dados obtidos, analisados e discutidos, são apresentadas possibilidades concretas de novos horizontes, perspectivas e políticas públicas que favoreçam e viabilizem o avanço nesses processos, tal como a implantação de Centros de Referência em Tecnologia Assistiva e Acessibilidade, e a construção de ambientes telemáticos de aprendizagem favorecedores de práticas educacionais escolares mais inclusivas e compatíveis com as necessidades da sociedade contemporânea.

Um comentário:

Renata disse...

Adorei o blog, sou professora de Língua Portuguesa e um dos meus maiores desafios foi uma aluna D.A - ano passado. Este ano tenho um aluno que também é surdo, mas não usa LIBRAS, ele é SULP.
Parabéns pelos textos e iniciativa de dividir seus anseios.

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