http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1506259-10406,00-USP+CRIA+APARELHO+AUDITIVO+MAIS+BARATO.html
Leia mais em nossa postagem:
http://sulp-surdosusuariosdalinguaportuguesa.blogspot.com/2009/02/projeto-de-pesquisa-para-aparelho.html
É um enorme prazer ler sobre a continuidade dessa pesquisa tão útil para melhorar a qualidade de vida dos deficientes auditivos e surdos do Brasil.
Parabéns ao Silvio Penteado e seu orientador dr. Ricardo Ferreira Bento.
Mensagem de Silvio Penteado:
penteadosp@gmail.com
Por conta de assuntos regulatórios, os nossos projetos de pesquisa de próteses auditivas acústicas devem demorar cerca de 1 ano (ou um pouco mais) para chegarem ao mercado.
Terei o prazer em responder a todos os e-mail da SULP
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR:
Serviço de atenção à saúde auditiva SUS S U S Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação, Terapia Fonoaudiológica, Implante coclear Clicando no endereço abaixo você poderá selecionar o Estado, a Cidade em que existe prestação de serviços referentes à saúde auditiva http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Ind_Especialidades.asp?VEstado=00&VMun=00&VTerc=00&VServico=107&VClassificacao=00&VAmbu=&VAmbuSUS=1&VHosp=&VHospSUS=1
Leia mais:
Aparelho auditivo criado por pesquisadores da USP apresenta baixo custo operacional
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Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram um aparelho auditivo digital de baixo custo a partir de componentes padronizados.
Trata-se de um modelo "genérico" de aparelho auditivo retroauricular (usado atrás da orelha), batizado de Manaus, que apresenta, entre os diferenciais, autonomia de 440 horas com uma bateria e quatro programas de adaptação, além de baixo custo operacional (aquisição e manutenção).
Outra vantagem é ser um produto nacional em um mercado dominado por empresas internacionais.
Podem ser criados vários produtos a partir da plataforma eletrônica genérica"O Manaus apresenta um custo de produção artesanal de US$140,13, considerado baixo quando comparado aos disponíveis no mercado", conta o engenheiro eletrônico Sílvio Penteado, do Laboratório de Investigações Acústicas (LIA) da FMUSP e autor de uma tese de doutorado sobre o tema.
"Numa produção seriada esse preço poderia chegar a US$100,00", completa.
De acordo com Penteado, o projeto envolve uma plataforma eletrônica genérica, a qual permite o desenvolvimento de próteses auditivas de vários tipos.
A pesquisa de Penteado foi defendida em agosto de 2009, sob a orientação do professor Ricardo Ferreira Bento, do Departamento de Otorrinolaringologia da FMUSP, coordenador geral do projeto.
A pesquisa teve a co-orientação do professor Nilton Nunes Toledo, da Escola Politécnica da USP.
Penteado conta que a Portaria 587 do Ministério da Saúde classifica os aparelhos auditivos como tecnologia A (básica), tecnologia B (intermediária) e tecnologia C (avançada), de acordo com seus recursos eletroacústicos.
Segundo o engenheiro, os aparelhos auditivos disponíveis no mercado são comercializados no varejo com preços que podem chegar a até R$12.000,00 (tecnologia C).
Já para o Sistema Único de Saúde (SUS), os valores são de R$525,00 (tecnologia A), R$700,00 (tecnologia B) e R$1.100,00 (tecnologia C).
"Esses valores foram definidos pela Nota Técnica Informativa n°004, do Ministério da Saúde, datada de 01 de fevereiro de 2007. Antes disso, os aparelhos eram adquiridos exatamente pelo dobro do preço", informa Penteado."
Os aparelhos de tecnologia A são os modelos analógicos e representam 50% das prescrições do SUS.
O tipo B é o intermédiário e têm 35% das prescrições.
Já o tipo C é o de tecnologia um pouco mais avançada e responde por 15% das prescrições", explica o pesquisador.
"O nosso projeto foi idealizado e desenvolvido para atender a Portaria 587 do Ministério da Saúde. O modelo que desenvolvemos atende às especificações das tecnologias A e B. Isso representa 85% da demanda de aparelhos auditivos do SUS", completa.
De acordo com o pesquisador, o Manaus poderá ser usado por pessoas com perdas auditivas classificadas como discretas, moderadas, e moderadas severas.
"O aparelho já está em processo de patente e apresenta um ganho auditivo de 62 decibéis (dB)", conta.No Brasil, de cada 10 aparelhos auditivos vendidos, 6 são adquiridos pelo SUS. Em 2008, o País importou cerca de 242 mil próteses auditivas. Penteado explica que o custo de manutenção das próteses auditivas importadas é muito alto para os pacientes do SUS. "
Se a prótese apresenta algum defeito após o prazo de garantia, que é de cerca de um ano, o usuário acaba desprezando aquele aparelho e solicita um novo para o SUS. Um dos objetivos do projeto é oferecer também uma manutenção de baixo custo", destaca.
Além do Manaus, os pesquisadores também desenvolveram outros aparelho, a partir de componentes padronizados: o Florianópolis (tecnologia C), e o Rio de Janeiro e o Sabará (tecnologia B), sendo que estes dois últimos são intracanais (ficam na parte interna da orelha). "É possível fazer uma família de produtos a partir do mesmo conceito de plataforma eletrônica genérica" garante. Os componentes do aparelho são microfone, processador digital de sinais e receptor, desenvolvidos pelos pesquisadores, e que funcionam com uma programação específica que define o comportamento da prótese.SoftwarePenteado explica que para os fonoaudiólogos - os profissionais responsáveis por adaptar os aparelhos auditivos para as necessidades dos pacientes - foi desenvolvido um software simples, autoexplicativo e que não necessita de recursos avançados de informática.
"Alguns softwares são tão complexos que exigem que o fonoaudiólogo seja treinado para usar o recurso adequadamente, além de exigirem um computador mais avançado", diz. Outra vantagem é que software foi desenvolvido com quatro programas de conforto, e o usuário pode selecioná-los de acordo com o ambiente em que estiver
"Os aparelhos convencionais apresentam apenas dois ou três programas."Os testes com o Manaus foram realizados pela pesquisadora Isabela de Souza Jardim, com 60 pessoas portadoras de deficiência auditiva.
O Manaus foi comparado a outros aparelhos disponíveis no mercado, classificados nas categorias A e B. "Os resultados foram considerados satisfatórios de acordo com protocolos internacionais", destaca Penteado.
Este trabalho faz parte do doutorado de Isabela, defendido no dia 3 de agosto na FMUSP, também sob a orientação do coordenador geral do projeto, o professor Ricardo Ferreira Bento.
Segundo Penteado, o conceito de equipamentos genéricos pode ser usado para outros produtos médicos como marcapasso, desfibrilador, bombas de infusão e equipamentos de diagnóstico, como audiômetros. "É um projeto que está inserido na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde do Ministério da Saúde que recomenda o desenvolvimento de tecnologias de reabilitação de baixo custo", aponta. De acordo com os pesquisadores, no último dia 6 de dezembro houve uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, e a receptividade foi muito boa. "A idéia é propormos um modelo semelhante ao dos remédios genéricos para as próteses", finaliza o professor Ricardo Bento.
Fonte: Agencia USP de Notícias - Por Valéria Dias - valdias@usp.br
Mais informações: (11) 3068-9855, (11) 6523-3007, ou emails penteado@usp.br, com Sílvio Penteado, ou rbento@gmail.com, com o professor Ricardo Ferreira Bento
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-09122009-174207/pt-br.php
Um comentário:
Parabéns pelo empreendimento,Sílvio Penteado. Sou deficiente auditiva e estou muito contente por contar com a sua colaboração. Falo por mim e por todos os portadores dessa deficiência. Não vejo a hora de possuir a prótese criada por vc por preços mais baixos. Todos terão qualidade de vida após adquirirem esses produtos. Deus te abençõe!
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