No link acima tem o áudio de uma entrevista minha sobre atendimento de bancos e serviços públicos via SMS e-mail e outros meios escritos.
Foto postada pela Mara no twitter que eu "roubei" para mostrar como havia gente...a foto mostra o auditório cheio com pessoas em pé e a mesa dirigida pela Mara, tendo ao lado o Antonio José e demais membros não dá para identificar.
Participei atendendo à convocação da DEPUTADA MARA GABRILLI que será relatora do ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Agradeço à Deputada Mara Gabrilli a organização deste evento importante para ouvir o que as pessoas com surdez necessitam em termos de saúde, educação, acessibilidade em geral. A mesa esteve composta por pessoas interessadas em nos ouvir. A assessoria da Deputada Mara incansável para que tudo corresse bem.
Tive a honra de ser citada pela Mara como "provocadora" de debate e ao dar um abraço no Antonio José ele reconheceu minha voz...claro estive empunhando o microfone um bom tempo! E conheci muita gente legal da que só conhecia pelo facebook!
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Entreguei ao assessor da Deputada Mara, Rafael Públio, uma pasta contendo o Manifesto Sulp com 243 assinaturas.
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3657
Entreguei também um texto com explicação sobre as necessidades de acessibilidade dos surdos usuários da língua portuguesa, dos usuários de próteses auditivas e implantes, surdos oralizados de maneira geral.
Entreguei ao Vereador Andrea Matarazzo, cópia de reportagens falando da equipe argentina do INTI, que veio trazer a tecnologia de montagem de aros magnéticos a baixo preço a professores do Senai e do Centro Paula Souza do Governo do Estado de São Paulo.
Vejam o retorno e a atenção do Vereador Andrea Matarazzo pelo Twitter:
Andrea Matarazzo @AndreaMatarazzo
Citei a necessidade de órgãos públicos, bancos, cartões de crédito e prestadores de serviço em geral colocarem à nossa disposição atendimento por escrito, via SMS, chat on line, e-mail, etc. uma vez que muitos surdos têm dificuldade de falar ao telefone.
Ao ser chamada para apresentar minhas propostas repeti a necessidade de legendas na TV, cinema, Teatro e material audiovisual usado em escolas e cursos de todos os níveis. Isso é importante para alunos que seguem cursos preparatórios em vídeos.
Lembrei a importância tecnologia de FM, do Aro Magnético e principalmente a estenotipia.
Esteve presente a Lak Lobato, surda oralizada, usuária de Implante Coclear Bilateral, que dará suas impressões no blog
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/
É importante relatar um momento que demonstra a visão de assistencialismo: uma senhora pediu apalavra para dizer que precisavam baixar as taxas de condomínio e de assinatura de TV a cabo para os surdos.
Antonio José Ferreira
( Em 2011, assumiu a Chefia de Gabinete da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SNPD, e no dia 27 de maio foi nomeado Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em julho de 2011, foi eleito vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE.)
Antonio José nos comentários gerais afirmou que para as pessoas com deficiência o importante é ter formação e conseguir um bom emprego que lhes permita pagas as contas, demonstrando uma atitude atualizada, longe do assistencialismo do passado.
Sobres ESTENOTIPIA, Maria Teresa Bucci, diretora operacional de
www.stncaption.com.br
falou da dificuldade de formação profissional e de encontrar estenotipistas competentes, com a velocidade necessária.
Lembrei à Deputada Mara que no Estatuto da Pessoa com Deficiência é citada a necessidade do governo incentivar a formação de profissionais de libras e braile, então pedi a ela que considere acrescentar a essas profissões os estenotipistas, que são essenciais para a acessibilidade dos surdos oralizados em escolas e eventos em geral.
Sobre o assunto saúde o Sr.Carlos Perl comentou sobre a não separação das verbas do SUS destinadas a implantes cocleares e outros atendimentos de saúde, colocando os médicos no dilema de ter que optar em que área colocar as verbas.
Falou a otorrinolaringologista Dra Mara Gandara do HC. Comentou sobre a importância de profissionais otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos no acompanhamento do uso dos aparelhos auditivos oferecidos pelo SUS. E lembrou a falta desses profissionais. Dra Mara trabalha no Reouvir do HC, setor encarregado de triagem e seleção dos pacientes que precisam receber aparelhos auditivos.
Depois que a Dra. Mara se retirou houve críticas aos otorrinos que são a favor da oralização sem que a Dra pudesse responder.
Essas críticas surgiram no final quando já não havia tempo para retrucar ou responder as afirmações acaloradas contra a oralização.
Parece que como tática foi escolhido o momento final da reunião para atacar a oralização e defender o uso de língua de sinais para todas as crianças com problemas de audição e se manifestar também contra a medicalização da deficiência auditiva. Como se a surdez muitas vezes não fosse resultado de algumas doenças ou problemas congênitos.
Chamo isso de falar as coisas mais contundentes e que podem gerar respostas para o final de "tática para vencer assembleias"
Explico: em 1968, estudante de Ciência Sociais na Usp via que os assuntos que os "dirigentes" queriam ver aprovados ficavam para o final, quando cansados e tendo que trabalhar no dia seguinte muitos estudantes iam embora, ficando somente aqueles do grupo dirigente e seus seguidores. Vi muito isso também em assembléia de trabalhadores.
Então falar contra os otorrinos, contra medicalização e contra a oralização foi reservado para o final, quando já não havia mais tempo de ninguém falar.
A Lak num lance genial não pediu a palavra nem esperou o microfone, falou e todo mundo ouviu. Defendeu o direito das crianças nascidas ouvintes continuarem oralizadas sem imposição de libras a todas as crianças surdas.
Eu ia responder falando a importância da reabilitação, do teste do pezinho, das ajudas técnicas, dos tratamentos e acompanhamentos fonoaudiológicos mas não me foi dada a palavra porque estavam encerrando o debate. Assim os contrários à oralização pretendiam ter a última palavra...
Na sala lotada de usuários da língua de sinais, os surdos oralizados usuários de aparelhos auditivos, implantes e da língua portuguesa eramos minoria.
Levaram também alunos de uma escola para surdos, uma maneira de encher o espaço com usuários de libras.
Apesar dos contratempos por falta de tempo para discutirmos mais a afirmação dos defensores de libras para todas as crianças surdas conseguimos com nossa presença mostrar que existimos, que temos necessidades específicas, que queremos acesso ao trabalho, à escolarização, à cultura e à vida cidadã dde um modo geral.
Algumas considerações interessantes de
Rodrigo Barreto, presente ao evento:
Ao meu ver, houve dois pontos polêmicos na audiência:
- uma pessoa ouvinte vociferou (vociferou mesmo) que é mito as crianças surdas terem a preguiça de aprender a Língua Portuguesa, se aprenderem antes a Libras;
- uma mãe dizer que seu filho (ou filha?) implantado desde bebê não teve a sua oralização bem sucedida e que precisou ensinar Libras o que ajudou muito seu filho a "se universalizar"... Cada caso é um caso, mas demonizar a oralização, dizendo que não fará sucesso, por mais que os pais de surdos e fonos se empenhem com carinho e amor, beira o ridiculo
após ouvir a reclamação que estão gastando 16 reais por mês com 4 pilhas, o secretário José disse que essa reclamação é inútil, pois gastamos 16 reais no lanche da esquina. Alguém disse que uma pilha vale 4 reais... Pilha a 4 reais só se for no Shopping Iguatemi (shopping luxuoso em Sampa), pois tem pilha a R$ 1,50 nos bairros populares.
Veja no blog da Lak Lobato mais informações sobre o evento:
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/index.php/2013/06/11/audiencia-sobre-deficiencia-auditiva-como-foi/
Reportagem sobre o evento:
http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3657
Entreguei também um texto com explicação sobre as necessidades de acessibilidade dos surdos usuários da língua portuguesa, dos usuários de próteses auditivas e implantes, surdos oralizados de maneira geral.
Entreguei ao Vereador Andrea Matarazzo, cópia de reportagens falando da equipe argentina do INTI, que veio trazer a tecnologia de montagem de aros magnéticos a baixo preço a professores do Senai e do Centro Paula Souza do Governo do Estado de São Paulo.
Vejam o retorno e a atenção do Vereador Andrea Matarazzo pelo Twitter:
Andrea Matarazzo @AndreaMatarazzo
@soramires achei interessantíssimo o aro magnético.
Ao ser chamada para apresentar minhas propostas repeti a necessidade de legendas na TV, cinema, Teatro e material audiovisual usado em escolas e cursos de todos os níveis. Isso é importante para alunos que seguem cursos preparatórios em vídeos.
Lembrei a importância tecnologia de FM, do Aro Magnético e principalmente a estenotipia.
Esteve presente a Lak Lobato, surda oralizada, usuária de Implante Coclear Bilateral, que dará suas impressões no blog
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/
É importante relatar um momento que demonstra a visão de assistencialismo: uma senhora pediu apalavra para dizer que precisavam baixar as taxas de condomínio e de assinatura de TV a cabo para os surdos.
Antonio José Ferreira
( Em 2011, assumiu a Chefia de Gabinete da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SNPD, e no dia 27 de maio foi nomeado Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Em julho de 2011, foi eleito vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE.)
Antonio José nos comentários gerais afirmou que para as pessoas com deficiência o importante é ter formação e conseguir um bom emprego que lhes permita pagas as contas, demonstrando uma atitude atualizada, longe do assistencialismo do passado.
Sobres ESTENOTIPIA, Maria Teresa Bucci, diretora operacional de
www.stncaption.com.br
falou da dificuldade de formação profissional e de encontrar estenotipistas competentes, com a velocidade necessária.
Lembrei à Deputada Mara que no Estatuto da Pessoa com Deficiência é citada a necessidade do governo incentivar a formação de profissionais de libras e braile, então pedi a ela que considere acrescentar a essas profissões os estenotipistas, que são essenciais para a acessibilidade dos surdos oralizados em escolas e eventos em geral.
Sobre o assunto saúde o Sr.Carlos Perl comentou sobre a não separação das verbas do SUS destinadas a implantes cocleares e outros atendimentos de saúde, colocando os médicos no dilema de ter que optar em que área colocar as verbas.
Falou a otorrinolaringologista Dra Mara Gandara do HC. Comentou sobre a importância de profissionais otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos no acompanhamento do uso dos aparelhos auditivos oferecidos pelo SUS. E lembrou a falta desses profissionais. Dra Mara trabalha no Reouvir do HC, setor encarregado de triagem e seleção dos pacientes que precisam receber aparelhos auditivos.
Depois que a Dra. Mara se retirou houve críticas aos otorrinos que são a favor da oralização sem que a Dra pudesse responder.
Essas críticas surgiram no final quando já não havia tempo para retrucar ou responder as afirmações acaloradas contra a oralização.
Parece que como tática foi escolhido o momento final da reunião para atacar a oralização e defender o uso de língua de sinais para todas as crianças com problemas de audição e se manifestar também contra a medicalização da deficiência auditiva. Como se a surdez muitas vezes não fosse resultado de algumas doenças ou problemas congênitos.
Chamo isso de falar as coisas mais contundentes e que podem gerar respostas para o final de "tática para vencer assembleias"
Explico: em 1968, estudante de Ciência Sociais na Usp via que os assuntos que os "dirigentes" queriam ver aprovados ficavam para o final, quando cansados e tendo que trabalhar no dia seguinte muitos estudantes iam embora, ficando somente aqueles do grupo dirigente e seus seguidores. Vi muito isso também em assembléia de trabalhadores.
Então falar contra os otorrinos, contra medicalização e contra a oralização foi reservado para o final, quando já não havia mais tempo de ninguém falar.
A Lak num lance genial não pediu a palavra nem esperou o microfone, falou e todo mundo ouviu. Defendeu o direito das crianças nascidas ouvintes continuarem oralizadas sem imposição de libras a todas as crianças surdas.
Eu ia responder falando a importância da reabilitação, do teste do pezinho, das ajudas técnicas, dos tratamentos e acompanhamentos fonoaudiológicos mas não me foi dada a palavra porque estavam encerrando o debate. Assim os contrários à oralização pretendiam ter a última palavra...
Na sala lotada de usuários da língua de sinais, os surdos oralizados usuários de aparelhos auditivos, implantes e da língua portuguesa eramos minoria.
Levaram também alunos de uma escola para surdos, uma maneira de encher o espaço com usuários de libras.
Apesar dos contratempos por falta de tempo para discutirmos mais a afirmação dos defensores de libras para todas as crianças surdas conseguimos com nossa presença mostrar que existimos, que temos necessidades específicas, que queremos acesso ao trabalho, à escolarização, à cultura e à vida cidadã dde um modo geral.
Algumas considerações interessantes de
Rodrigo Barreto, presente ao evento:
Ao meu ver, houve dois pontos polêmicos na audiência:
- uma pessoa ouvinte vociferou (vociferou mesmo) que é mito as crianças surdas terem a preguiça de aprender a Língua Portuguesa, se aprenderem antes a Libras;
- uma mãe dizer que seu filho (ou filha?) implantado desde bebê não teve a sua oralização bem sucedida e que precisou ensinar Libras o que ajudou muito seu filho a "se universalizar"... Cada caso é um caso, mas demonizar a oralização, dizendo que não fará sucesso, por mais que os pais de surdos e fonos se empenhem com carinho e amor, beira o ridiculo
após ouvir a reclamação que estão gastando 16 reais por mês com 4 pilhas, o secretário José disse que essa reclamação é inútil, pois gastamos 16 reais no lanche da esquina. Alguém disse que uma pilha vale 4 reais... Pilha a 4 reais só se for no Shopping Iguatemi (shopping luxuoso em Sampa), pois tem pilha a R$ 1,50 nos bairros populares.
Veja no blog da Lak Lobato mais informações sobre o evento:
http://desculpenaoouvi.laklobato.com/index.php/2013/06/11/audiencia-sobre-deficiencia-auditiva-como-foi/
Reportagem sobre o evento:
Deputada federal Mara Gabrilli, relatora do Estatuto da Pessoa com Deficiência, ouviu as demandas da comunidade surda e com deficiência auditiva
Dificuldades em acessar os serviços oferecidos pela linha 0800 e também na programação das TVs aberta e por assinatura. Essas foram algumas das observações feitas durante a audiência pública sobre os direitos da pessoa com surdez e deficiência auditiva realizada nesta segunda-feira na Câmara Municipal de São Paulo.
Para a blogueira e ativista da entidade Surdos Usuários da Língua Portuguesa, Sônia Ramires, a solução para o problema não é difícil. “Em serviços bancários, todo serviço que é oferecido pela linha 800 deve ser também oferecido por meio escrito, seja por SMS, seja por chat, por e-mail, porque nós nos comunicamos escrevendo”. “Quanto à televisão, os surdos que se comunicam utilizando Libras necessitam da janela com intérprete de Libras, e os surdos que se comunicam pela língua portuguesa necessitam de legenda em português”, completa.
Já a médica do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, Mara Gandara, alerta sobre a falta de especialistas para atender os deficientes auditivos que usam aparelho: “a orelha de qualquer pessoa pode ter cera, mas o deficiente auditivo que usa aparelho não pode ter o cerume, pois senão o aparelho vai bater no cerume e o som não entra nas orelhas. Então precisamos garantir que essas pessoas também tenham continuidade no atendimento na contra-referência, senão o centro fica lotado”.
Leia mais no link:
MENSAGEM DA MARA GABRILLI AOS PARTICIPANTES PRESENTES E AOS QUE MANDARAM SUGESTÕES
Se algum dos amigos que lá estiveram quiser acrescentar comentários será de grande ajuda.
Obrigada a todos que participaram da nossa audiência pública,
realizada no dia 10/6, na Câmara Municipal de São Paulo.
Agradecemos também a quem não pode estar presente em nosso
encontro, mas contribuiu com sugestões.
Essas propostas serão organizadas em um relatório, que nos
próximos 30 dias será estruturado e em seguida encaminhado a todos os
participantes que forneceram seu e-mail.
A ideia é que este documento, construído com a ajuda de vocês,
seja validado da mesma forma: de maneira democrática. Por isso, sua opinião
final sobre este relatório é muito importante, pois é a partir deste trabalho
que nortearemos a construção de políticas públicas.
Espero, mais uma vez, poder contar com sua participação.
Até breve!
Um abraço,
Mara Gabrilli e equipe
8 comentários:
Sonia, Lak e todos os demais amigos surdos que se comunicam por outras vias que não a Libras: Tenho aprendido muito mais sobre inclusão (ou exclusão) com vocês do que com todos os textos teóricos sobre o assunto. As manifestações de vocês, perseverantes, conscientes, claras, objetivas, inclusivas são de uma luta legítima, simples, uma luta de respeito à diversidade, uma luta por coerência de discurso, de cidadania. Até quando será negado o direito a alguns como resultado de interesses - nem sempre assumidos - de outros? Um abraço a todos os Sulp do Brasil.
Elton você tem sido um ótimo interlocutor e suas observações sempre nos ajudam a avançar. Obrigada.
Foi muito bom ter conhecido você e, mais recentemente, a Lak Lobato, duas batalhadoras contra esse preconceito que se forma contra surdos oralizados, como se fazer leitura labial e tentar conversar normalmente com ouvintes fosse errado. LIbras também não é errado e por que não ensiná-la também a crianças ouvintes, como, aliás, faz uma escola pública de Osasco por conta de meritório trabalho da ONG Mais Diferenças? O que "libristas" radicais parecem querer é tirar o direito de escolha de cidadãos, bem inalienável em uma sociedade minimamente democrática, sendo essa atitude reflexo de uma intolerância inaceitável nos dias atuais. Quem não pôde estar presente a essa audiência, e que também teria muito a contribuir, é a também amiga Anahi, mas com ausência plenamente justificada por estar comigo em um Seminário promovido pelo MCTI em parceria com o Instituto de Tecnologia Social - ITS, um dos melhores e mais objetivos dos quais já participei, onde todas as propostas que comungamos conjuntamente puderam ser defendidas e também poderão se tornar realidade, para que todos, surdos ou não, possam viver em uma sociedade mais inclusiva e justa.
Flávio Scavasin
FLÁVIO QUE BOM LER SEUS COMENTÁRIOS, tanto você como a Anahi estiveram presentes comigo e com a Lak, por suas sugestos e conhecimentos acumulados. Infelizmente não pudemos expressar toas as ideias enviadas por você e a Anahi mas a Lak entregou um texto onde estavam todas as sugestões, inclusive o banco de vozes! Agora eu é que vou aguar dar o relato de vocês sobre o seminário. Abraços.
Prazer, essa mãe que vc citou sou eu. Me chamo Sabine Schaade e sou mãe do Guilherme que hoje está com 3 anos e é implantado desde 1 ano.
Infelizmente eu não tive tempo de contar a minha história inteira, mas antes de você tirar suas próprias conclusões convido vc a conhecer primeiro.
http://filhosespeciaispaisabencoados.blogspot.com.br/2012/10/libras-ic-historia-do-guilherme.html
A Libras não ajudou meu filho a "se universalizar" porque nunca procurei isso para ele.
Eu queria poder me comunicar com o meu filho e infelizmente o Implante Coclear não deu o resultado esperado e a indicação da Libras veio da própria equipe do HC porque meu filho tem uma mal formação muito significativa nas duas cócleas (Mondini).
Fazer o que? Esperar anos e mais anos para poder se comunicar com ele?
NÃO MEU CARO, EU NÃO ESPEREI!
Abracei a Libras sim e foi atraves dela que consegui me comunicar 100% com ele.
Meu filho frequenta Fono desde os 3 meses de idade. Hoje em dia ele vai 2 vezes por semana, então nunca, jamais "demonizei a oralização".
O que eu não faço e nunca farei é me calar! Conto a minha experiência sim porque tenho certeza que será válida para muitas familias porque infelizmente o IC não é para todos e dói meu coração saber que tem famílias que esperam sim muito tempo antes procurar uma outra alternativa!!!
Eu conto a minha experiência de vida, comigo deu certo e isso eu repeti duas vezes lá no encontro, que essa era minha experiência e na minha família deu certo.
A Libras ajudou e ajuda muito meu filho no trabalho terapêutico e qual é mal disso?
Nada está escrito em pedras meu caro e não tem como negar que existe Sim preconceito com a Libras e muitos profissionais acreditam que a Libras atrapalha a oralização.
Como também tem preconceito de surdos com IC.
Respeito todas as pessoas e a necessidade de todos os surdos. Sou contra o radicalismo de ambos os grupos. Cada um é livre para escolher qual caminho vai seguir e isso tem que ser respeitado.
Não faço parte de grupo nenhum, simplesmente sou uma mãe que aceita seu filho exatamente como ele é e procura fazer absolutamente TUDO pelo seu bem estar.
E isso me desculpa, mas não é beirar ao ridículo, isso chama- se amor!
Coloquei no blog a fala do Barreto porque achei pertinente...depoimentos de mães ou pessoas que não tiveram sucesso com o implante coclear servem para que muitos ataquem a oralização e o implante coclear.
Sabine, respondi na sua página do facebook e reproduzo aqui:
Queridos amigos, não sou implantada, mas uso aparelhos auditivos há mais de 40 anos e nunca convivi com surdos, portanto não sei libras e não me fez falta. Tenho muitos amigos implantados e não radicais contra libras.Alguns são implantados e sabem libras. Cada recurso deve ser aplicado aos que dele necessitam...nem todo mundo pode ouvir com aparelhos auditivos como eu, nem todo mundo tem no implante a solução de sua surdez...então para esses a língua de sinais é a solução como diz a Sabine. O que eu lamento é que na campanha contra a oralização usam como exemplo crianças que não tiveram sucesso com o implante e querem generalizar e demonizar o implante e a oralização, Já vi muito isso. Uma mãe dedicada deve sim procurar o melhor para seu filho. Não podemos generalizar.
há 31 minutos · Curtir
Sô M Ramires Almeida Continuando o raciocínio, há uma disputa por poder e verbas da qual somos todos vítimas...temos que encarar isso, até agora os surdos oralizados não tinham recursos para estudar, trabalhar e acessibilidade cultura. Muitos acreditam até hoje que todo surdo usa libras e os outros recursos que são os que eu descrevi na audiência não são levados em conta. Então temos que ter a mente aberta e entender que nem todo surdo usa libras assim como nem todo cego usa braille, nem todo deficienbte físico usa cadeira de rodas...tem muleta, prótese de pernas, braços, etc...é muito mesquinhoi pregar um só tipo de recurso e afirmar como já vi numa campanha DA EDITORA ARARA AZUL: "ACESSIBILIDADE PARA SURDOS É LIBRAS".
Sabine, se permite-me esclarecer
Acho que as minhas opiniões contribuíram para que algumas pessoas tivessem a interpretação dúbia, ja que as pessoas interpretam aquilo como lhes convém.
De onde você tirou a idéia de que eu demonizo a Libras? A verdade crua e nua é que a Libras está sendo ensinada unicamente como Libras, em detrimento do desenvolvimento cognitivo das crianças.
O desenvolvimento cognitivo requer a aprendizagem acerca da realidade, a abstração das coisas e o ensino de várias disciplinas (História, Geografia, Matemática, etc). Requer, em alguns casos, o acompanhamento psicoterapêutico.
Há alguns ensinos de disciplinas nas escolas de surdos, mas extremamente realizados de forma precária. Por que é Libras ali, lá, embaixo e em cima. Somente Libras!
Enfatize-se que foi um professor surdo, da renomada escola inclusiva (Colégio Rio Branco) em São Paulo, que me disse isso. O próprio professor me disse que há vários professores surdos que acham que a Libras é fundamental e está acima de tudo, desprezando outras disciplinas.
Rechaço veemente as tentativas de alguns profissionais de saúde e professores de dizerem que a oralização é o meio onde as crianças tendem a cair no fracasso. Por que eles não dizem que a aprendizagem precária de Libras também ajuda algumas crianças a terem o seu fracasso? Como disse acima, a educação das crianças é voltada somente para Libras, sem aprofundar em outras disciplinas e no acompanhamento psicoterapêutico.
Várias mães de crianças surdas preferem se sentar na poltrona, fazendo o tricô, pois sabem que a tarefa de educar as crianças surdas é extremamente árdua. De duas uma: ou estas mães tem preguiça ou não receberam o devido esclarecimento junto com os médicos, os fonos e, por fim, a escola.
Resumindo em miúdos, tem que haver grande revolução na escola inclusiva, mas desde que a Língua Portuguesa seja ensinada de forma coerente e as crianças precisam ser dotadas de aprender as duas línguas (Libras e Português). É difícil achar crianças dotadas com o pleno desenvolvimento cognitvo.
Não discuto o mérito de opiniões de outros, pois estes têm a liberdade de expressão e de pensar no que quiser. Parabenizo muito pelo seu apoio ao seu filho que está tendo o pleno desenvolvimento cognitivo. Fico muito feliz por que vc está sabendo educar o seu filho.
Finalizando, eu amo Libras, mas não de modo como está sendo ensinada em algumas escolas. Respeito a escolha de outros, mas a colheita e o fruto são deles.
RESPONDENDO AO ANÔNIMO peço que ao fazer acusações expliquem do que se trata...insinuações sem prova E anônimas podem ser criminosas E NÃO SERÃO TOLERADAS.
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