sábado, 30 de junho de 2012

LEGENDA OCULTA NA TV ABERTA


Publicada portaria que altera cronograma de legenda oculta na televisão

Portaria publicada nesta sexta-feira adianta em dois anos a meta de implantação das legendas ocultas na TV aberta.
Brasília, 29/06/2012 - Os deficientes auditivos que contam com a legenda oculta (closed caption) na hora de ver TV ganharão mais tempo de programação com esse recurso. Em portaria publicada nesta sexta-feira, o Ministério das Comunicações dá às emissoras a opção de adiantarem o cronograma estabelecido pela norma complementar nº 01/2006, que trata dos recursos de acessibilidade. Agora, as empresas poderão veicular, já a partir deste ano, quase a mesma quantidade de programação com legenda oculta prevista para 2014.
De acordo com a norma da acessibilidade, a obrigação das emissoras para 2012 era a de veicular no mínimo seis horas de programação com legendas ocultas no horário entre 6h e 14h, e outras seis horas distribuídas entre 18h e 2h. Isso significa que a programação do período da tarde não contava com as legendas.
Com a nova alternativa, as emissoras que já estiverem preparadas para adiantar o cronograma poderão veicular no mínimo 112 horas semanais com o recurso, distribuídas durante todo o dia de acordo com o critério da emissora. A única regra é que haja, no máximo, duas horas diárias veiculadas entre 2h e 6h. O objetivo é evitar que as emissoras concentrem na madrugada os programas com acessibilidade e garantir que mais cidadãos possam ser beneficiados.
"Entendemos que, no período da tarde, também há pessoas com deficiência que têm interesse no recurso da legenda oculta. Com a mudança, contemplamos uma parte significativa da população e avançamos no sentido de ter mais horas com legenda oculta em toda a programação", afirma o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação dos Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Octavio Pieranti.
Segundo o diretor, a portaria publicada nesta sexta-feira representa praticamente a antecipação da meta de 2014. Lá, também serão 16 horas por dia de programação com legenda oculta. A diferença é que, em 2014, o período da madrugada será completamente excluído. Pieranti explica que o cronograma começou a traçar obrigações progressivas para as emissoras a partir de 2008, com no mínimo duas horas de programação com os recursos de acessibilidade - que incluem também a audiodescrição, a dublagem e a libras.
No início, a ideia era garantir primordialmente a cobertura dos horários de maior interesse da população, ou seja, o período da amanhã e o chamado horário nobre, à noite. A partir daí, as obrigações foram evoluindo.
A meta do Ministério das Comunicações é chegar, em 2017, a uma programação com acessibilidade 24 horas por dia.
Fonte: Ministério das Comunicações
APESAR DE MANIFESTAÇÕES CONTRÁRIAS AO AUMENTO DE HORAS DE CLOSED CAPTION A SEREM DISTRIBUÍDAS  A CRITÉRIO  DAS EMISSORAS FOI ESSA A VERSÃO APROVADA.
CABE AOS INTERESSADOS ACOMPANHAR COMO AS EMISSORAS  FARÃO ESSA OFERTA DE MAIS HORÁRIOS COM CLOSED CAPTION. 




________________________________________________________________

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Amplificador de indução magnética - hearing loop - Aro Magnético existe sim...embora nunca tenha visto no Brasil

Há anos venho pedindo, exigindo, implorando que espaços educacionais e culturais instalem esse equipamento que pode ajudar muita gente surda que usa próteses a curtir um concerto, teatro, conferências...
Devem achar que sou maluca, que isso não existe, que sonhei, que são delírios imaginários de uma surda rebelde. Na Argentina eu vi, uso para ouvir TV na sala de espera da MAH  
e no Cine Gaumont de Buenos Aires.

Mais notícias da Argentina/Uruguai sobre aro magnético:
http://www.mides.gub.uy/innovaportal/v/18661/3/innova.front/el_aro_magico 


 O símbolo da orelhinha com um T indica a presença do hearing loop...






Veja que equipamento "complicado"...
 NUM TEATRO É ESSE O ESQUEMA:

A nossa amiga Paula, do blog CRÔNICAS DA SURDEZ viajando pela Europa encontrou vários lugares 
com esse equipamento tão útil e desconhecido no Brasil...veja as fotos que ela postou e morra de inveja.


http://cronicasdasurdez.com/hearing-loop-na-europa/

VEJA NESTE BLOG SULP OUTRAS POSTAGENS SOBRE O AMPLIFICADOR DE 
INDUÇÃO MAGNÉTICA, ARO MAGNÉTICO, BOUCLE MAGNÉTIQUE, HEARING LOOP...

http://sulp-surdosusuariosdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/2011/04/amplificador-de-inducao-magnetica-aro.html

AI QUE INVEJA...NA FRANÇA veja só...


(vou traduzir...dentro de alguns dias)
Vous avez l’obligation d’ici à 2015 de mettre vos lieux ouverts aux publics, en conformité avec la loi N° 2005-102 du 11 février 2005
« Les établissements existants recevant du public doivent être tels que toute personne handicapée puisse y accéder, y circuler et  y recevoir les informations qui y sont diffusées, dans les parties ouvertes au public. L’information destinée au public doit être diffusée par moyens adaptés aux différents handicaps » 
 
L’obligation de respecter les règles d’accessibilité doit être appliquée  au 1er janvier 2015  .
Dans ce cadre les textes stipulent la mise en place d’amplificateur de boucle d’induction magnétique pour malentendant 
aux caisses, guichets, salles de réunion, de conférence, de spectacles...
Ce matériel ne présente aucun risque pour vous où vos clients et améliore de manière significative l’audition et la compréhension des malentendants dans ces situations de communication difficile.  



quarta-feira, 20 de junho de 2012

SURDEZ / OTORRINOLARINGOLOGIA/ SITES IMPORTANTES

A Fundação Otorrinolaringologia foi instituída em agosto de 1995, com a finalidade de prestação de serviços permanentes e sem qualquer discriminação de clientela e de colaborar com as instituições dedicadas ao ensino, pesquisa, assistência médica curativa e preventiva, em especial nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz, boca e garganta; atuar por meio de programas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de deficiências; no desenvolvimento científico-tecnológico; também junto às áreas de Bioengenharia, engenharia Hospitalar, Telecomunicações, Técnicas Administrativas e Operacionais e no progresso do ensino das áreas de Assistência Social, Fonoaudiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Psicologia e Terapia Ocupacional e com as Universidades e instituições públicas e privadas, em seus setores dedicados a essas áreas, nos programas de estudo, prática e aperfeiçoamento de profissionais nelas atuantes.

CONHEÇA O SITE
http://www.forl.org.br/

OUTROS SITES INTERESSANTES:

www.ouvidobionico.org.br

www.surdez.org.br

www.otorrinousp.org.br

www.neurinoma.org.br

www.zumbido.org.br


segunda-feira, 11 de junho de 2012

LEGENDA NACIONAL - A LUTA CONTINUA!

VISTA ESSA IDÉIA - CONHEÇA O SITE!



Este site é parte da campanha pela legenda em filmes nacionais para acesso dos deficientes auditivos a esses produtos culturais. Quem é deficiente auditivo não entende os filmes brasileiros e os desenhos animados, pois não os escuta completamente e eles não têm legenda.

A iniciativa é importante pois essa campanha é rara no Brasil, devido à falta de consciência sobre a questão do direito ao lazer para todos. As pessoas ficaram sabendo e comentaram que nunca tinham parado para pensar nesse problema. É natural, para elas que ouvem, que o filme brasileiro não precise ter legenda em português. Por isso, as pessoas estão cada vez mais interessadas em apoiar esse movimento.
http://www.legendanacional.com.br/


quinta-feira, 7 de junho de 2012

MAIS DE CEM MIL VISITANTES...


NÚMERO DE VISITANTES

 

GENTE QUE ALEGRIA CHEGAR A ESSE NÚMERO MÁGICO! 


QUEREMOS COMPARTILHAR O ORGULHO DE PASSAR DE CEM MIL VISITANTES NUM BLOG CUJOS TEXTOS SÃO DE INTERESSE BEM RESTRITO, OU SEJA SURDEZ E ACESSIBILIDADE. 

UM ABRAÇO AOS LEITORES DOS RESPONSÁVEIS POR ESTE BLOG:
CRISTINA, DRAUZIO E SÔNIA.

RIO+20 - UM MARCO NO FUTURO DA ACESSIBILIDADE NO BRASIL


TEXTO REPRODUZIDO DE LINK ACIMA.

ONU usa projeto de acessibilidade do Brasil como parâmetro para futuros eventos. Medidas de inclusão de pessoas com deficiência incluem audiodescrição e interpretação em Língua de Sinais de debates e palestras, além de transportes adaptados.
Projetar e reorganizar espaços públicos com mais segurança e adequados para a utilização de todo o público - esse é o conceito básico da acessibilidade. Pensando nisso, o Comitê Nacional de Organização da Rio+20 (CNO) não mediu esforços para que a Conferência aconteça de forma mais participativa e inclusiva. A partir do projeto redigido pelo Brasil, a ONU passará a adotar novos parâmetros de acessibilidade em suas futuras conferências.
Segundo o secretário nacional do CNO, Laudemar Aguiar, o Brasil têm, aproximadamente, 45 milhões de pessoas com algum grau de deficiência, o que representa 23,9% da população brasileira.
Entre as medidas adotadas para garantir a participação e inclusão de todos na Conferência estão:
  • Legendas em tempo real em português e inglês durante os debates;
  • Audiodescrição e interpretação em Língua de Sinais (Libras e Sinais Internacionais);
  • Impressoras em Braile, sob demanda;
  • Atendimento especializado para pessoas com deficiência;
  • Voluntários com conhecimento de Libras;
  • Transporte coletivo, como ônibus e metrô adaptados;
  • Plano de sinalização com piso tátil para alertar deficientes visuais e com baixa visão de obstáculos existentes.
Na web também foram adotadas medidas de acessibilidade. O site da Rio+20 foi desenvolvido seguindo as diretrizes mais modernas, com o uso do sistema eMAG-3 que auxilia a navegação de deficientes visuais e auditivos.
O Comitê Nacional de Organização da Rio+20, com apoio dos Governo Federal e Estadual do Rio de Janeiro, acredita que as medidas de acessibilidades contribuirão para a ampla participação da população. A ideia é que, no futuro, a acessibilidade remova obstáculos logísticos e operacionais para que os indivíduos participem plenamente das conferências internacionais.
"Que essa mobilização sirva como uma campanha educativa. A ideia é que daqui a cinco anos não seja necessário explicar o que é acessibilidade, pois ela já fará parte de nós", disse Laudemar Aguiar.
Fonte: Comitê de Organização da Rio+20



RIO+20 - Um Marco no Futuro da Acessibilidade no Brasil
Turismo Cultural Inclusivo no Contexto da Sustentabilidade
13 de junho 2012 - Arena da Barra
11.00hs às 15hs
Audiodescrição, LIBRAS, Legenda em Tempo Real
Tradução Simultânea para Inglês e Espanhol
 
DESCRIÇÃO DA LOGO DA RIO+20
A Marca representa os 3 pilares do Desenvolvimento Sustentável 
AMBIENTAL  - ECONÔMICO - SOCIAL
AS IMAGENS SÃO CONECTADAS NA FORMA DO GLOBO
Versão Acessível da Programação em Texto Abaixo no Final da Mensagem
Regina Cohen
Coordenação de Acessibilidade e Inclusão Social
Comitê de Organização da Conferência Rio+20
Núcleo Pró-Acesso
PROARQ/FAU/UFRJ
 
 
 
RIO+20 - Um Marco no Futuro da Acessibilidade no Brasil
Turismo Cultural Inclusivo no Contexto da Sustentabilidade
13 de junho 2012 - Arena da Barra
11.00hs às 15hs
Audiodescrição, LIBRAS, Legenda em Tempo Real
Tradução Simultânea para Inglês e Espanhol
ABERTURA: Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão Social - CNO 
Regina Cohen – Arquiteta Dra. Núcleo Pró-Acesso UFRJ
Izabel Maior – Médica Fisiatra UFRJ, Ex-secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 
Cristiane Rose de S. Duarte – Arquiteta Dra. Núcleo Pró-Acesso/UFRJ.
PRIMEIRA MESA: Experiências, Práticas e Pesquisas
A Criação de uma Rede de Acessibilidade em Museus – RAM – 15minVirgínia Kastrupp – Psicóloga Dra. NUCC – IP/UFRJ
Isabel Portela – Museóloga Dra. – Museu da República/IBRAM
Acessibilidade no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB-RJ – 15 minFelipe Capello - Educador responsável pelo Grupo de Pesquisa em Acessibilidade do Programa Educativo do CCBB/RJ.
Encontros Mulissensoriais – MAM/RJ – 15 minVirgínia Kastrupp – Psicóloga Dra. NUCC – IP/UFRJ e Núcleo Experimental de Educação e Arte do MAM/RJ
Acessibilidade em Museus e Sítios Tombados pelo Patrimônio – 15 minRegina Cohen – Arquiteta Dra. Núcleo Pró-Acesso – PROARQ/FAU/UFRJ
INTERVALO – 20 min

SEGUNDA MESA: Pesquisas, Experiências, Práticas e Ações
Acessibilidade e Sustentabilidade nos Museus do IBRAM – 15 min
Mario de Souza Chagas – Museólogo Dr. IBRAM e Prof. Adjunto da UNIRIO
Acessibilidade nos Museus da Fundação Roberto Marinho - Cidade do RJ – 15 minCarlos Eduardo Braga Gomes - Produtor Executivo de Patrimônio e Cultura da FRM, responsável pela gestão dos projetos de conteúdo, museografia, acessibilidade e pelas ações de mobilização comunitária do futuro MIS/RJ. 
Turismo Acessível nas Cidades Históricas. Analisando Ouro Preto, MG – 15 min Natália Rodrigues de Melo, Turismóloga – UFOP, Mestranda em Arquitetura - FAU/PROARQ – UFRJ
Cristiane Duarte – Arquiteta Dra., Prof. Titular FAU/UFRJ e Núcleo Pró-Acesso UFRJ.
Investindo na Acessibilidade da Casa da Ciência da UFRJ – 15 minStella Savelli – Formada em Serviço Social, Especialista na Educação de Surdos e Responsável pela Acessibilidade na Casa da Ciência/UFRJ
DEBATES
Regina Cohen
Coordenação de Acessibilidade e Inclusão Social
Comitê de Organização da Conferência Rio+20
Núcleo Pró-Acesso
PROARQ/FAU/UFRJ

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SOMOS SURDOS E NOS COMUNICAMOS USANDO " A ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, INCULTA E BELA"...


Os leitores do blog sabem que não discutimos língua de sinais porque não é a língua que usamos. Não defendemos nem atacamos.Mas quando nos deparamos com esse tipo de título jornalístico não podemos deixar de nos manifestar.


"Surdos querem escolas em que a Libras seja a primeira língua." 

Leia a matéria abaixo.




Deixei este comentário: 

Esse pessoal precisa entender que NÃO REPRESENTAM TODOS OS SURDOS DO BRASIL.
Sou surda, uso a língua portuguesa além de francês e espanhol e desconheço a língua de sinais. Então quando falarem de surdos têm que explicar que surdo é esse. Lutar contra implantes cocleares e aparelhos auditivos que nos permitam participar da sociedade global é um retrocesso. Quem teria coragem dizer que é contra a cura do câncer? Mas muitos acabam sendo contra o tratamento e a recuperação da pessoa surda.

Acabo de ler O Cemitério de Praga de Umberto Eco. E lembrei do enredo do livro em que a construção e divulgação de mentiras ou verdades parciais distorcidas, alardeadas e repetidas ao longo dos anos acabam se impondo como verdades incontestáveis...

No caso da surdez se difunde na sociedade a idéia de que toda pessoa surda se comunica usando língua de sinais, de que toda pessoa que não ouve faz parte de uma "comunidade surda e uma cultura surda".

Os que divulgam essa idéia acabam mesmo que involuntariamente difundindo preconceitos contra as pessoas surdas que procuram superar a surdez por meio de tratamentos, cirurgias, implantes, próteses auditivas , leitura orofacial (labial), tratamentos fono audiológicos e estudo da língua portuguesa.

Na internet circulam vídeos contra o TESTE DA ORELHINHA, implantes cocleares, etc e até charges onde os implantados balbuciam palavras ininteligíveis e os médicos aparecem com os bolsos transbordantes de dinheiro. Afirmam que o implante coclear vai acabar com a língua de sinais e por isso são contra o implante. Quanto ao fim da língua de sinais lembro que o Latim, o Grego clássico sobrevivem porque há pessoas que estudam  e preservam. Não houve necessidade de manter povos falantes dessas línguas ( e como se poderia fazer isso?).

Lembro que nem todo surdo nasceu surdo, de pais surdos, vivendo em comunidades específicas.  Na verdade muitas crianças surdas são filhas de pais ouvintes, outras nasceram ouvintes e perderam a audição por doenças na infância, outros ficaram surdos na adolescência e muitos idosos também perdem a audição. Como dizer que esse tipo de pessoa surda deve deixar de usar a língua dos pais, parentes e amigos e passar a usar uma língua de sinais? E estudarem em escolas separadas das outras crianças?
Existem textos de Projeto de Lei tão equivocados que pretendem  obrigar tudo aluno deficiente auditivo a usar língua de sinais nas escolas. Provavelmente o senador que o redigiu desconhece  a diversidade dentro da surdez e só conhece um MODELO DE SURDO GENÉRICO.

Minha conclusão: peço aos educadores, políticos e pessoas militantes em defesa da língua de sinais que não falem EM NOME DE TODOS OS SURDOS.
É uma falta de respeito porque toda vez que os surdos oralizados e os surdos usuários da lingua portuguesa se manifestam o fazemos explicitando nossa condição e não pretendemos falar em nome de TODOS OS SURDOS, SOMENTE DOS QUE COMPARTILHAM NOSSAS NECESSIDADES DE ACESSIBILIDADE.


LEIAM, REFLITAM E OPINEM.

Surdos querem Escolas em que a Libras seja a primeira língua


Surdos querem escolas em que a Libras seja a primeira língua
Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, realizou audiência pública para discutir sobre a educação de surdos no RS
    Escola Bilíngue para Surdos foi o tema da audiência pública que lotou o Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda, 4, na plateia estavam educadores, professores e estudantes, que defendem um espaço em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) seja a primeira língua e o português escrito a segunda.
    O deputado Carlos Gomes (PRB) foi o proponente da audiência, realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia. Ele foi procurado pelo movimento nacional em defesa da educação e cultura surda, cuja principal entidade integrante é a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). O parlamentar está preocupado com a dificuldade dos surdos de ingressarem e permanecerem na escola regular. “Me senti envergonhado por não entender a linguagem de sinais, mas vou me esforçar para aprender. Hoje, como estou minoria, consegui compreender como se sente um aluno surdo”, disse o parlamentar.
    O diretor regional da Feneis, Francisco Eduardo da Rocha, defendeu mais integração entre as escolas para surdos no Estado. “Queremos saber o que está acontecendo, trocar experiências.” Segundo ele, não há uma política para essas instituições de ensino do RS. Ele comemorou a inclusão da representação dos surdos no Fórum Estadual de Educação, mas reivindica que a Secretaria da Educação crie um grupo de trabalho para levar as discussões adiante.
    O papel da universidade e da pesquisa acadêmica, como fundamental para alimentar o debate político e a mobilização em prol da escola bilíngue, foi o aspecto trazido pela professora Adriana Thoma, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ela relatou que quando o surdo está entre alunos ouvintes e sem muitos recursos a evasão é enorme. Outra situação são os alunos nômades, que vão de cidade em cidade em busca de melhores condições de escolarização. Ela contou ainda a história de uma professora que atendia turmas regulares de Educação para Jovens e Adultos apenas uma vez por semana em três cidades diferentes. “Os alunos recebiam apenas uma fatia do conhecimento”.
    A professora Patricia Rezende concentrou seu depoimento na crítica à política de inclusão que está sendo desenvolvida pelo Ministério da Educação. Ela acredita que é preciso valorizar a língua dos surdos. “Nas comunidades indígenas, o português também é a segunda língua". Ela é contra transformar as escolas bilíngues em centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE) como o MEC estaria propondo. “A comunidade linguística tem direito de escolha de como será sua educação. É preciso contato para desenvolvimento linguístico e a partir da escola cria-se uma comunidade. Não é o governo que vai mandar que eu seja incluído ou não.”
    Encaminhamentos
    O deputado Carlos Gomes sistematizou as principais reivindicações e afirmou que vai levá-las ao governador Tarso Genro e ao seu secretariado. Confira os principais pontos: levantamento no número de surdos, como está o atendimento nas escolas, situação dos professores, níveis de evasão no Ensino Médio e Ensino para jovens e Adultos; grupo de trabalho temático para sistematizar discussões mundiais, no Brasil e no Estado; organização e normatização da educação para surdos; especificidade das crianças surdas; curso de Libras como parte obrigatória da formação de professores; políticas públicas de saúde; promoção de uma sociedade mais igualitária.


    comenteComentários(5)
    • Olha pessoal, acho que quem não tem conhecimento sobre a realidade dos surdos no nosso país e principalmente em nossa cidade, deveria procurar se informar antes de comentar alguma coisa criticando a solicitação dos mesmos que é muito bem fundamentada. Só quem está diariamente em contato com a cultura surda sabe as dificuldades que os surdos encontram para se comunicar, principalmente na escola.. falta de intérpretes, falta de atendimento especializado.. e principalmente, preconceito.
      Ana Luisa Cosme 06-06-2012 - 01h13min
    • Adriana, infelizmente você precisa sair do senso comum, sua fala mostra o quanto você desconhece sobre cultura surda. Formar gueto? Nunca, não é isso que os surdos querem. Antes de falar sobre este assunto sugiro, além de ler o livro de Carlos Skliar que o colega falou, que conheça a comunidade surda, ouça a voz deles, não formule opinião na base empírica. Não fale por eles. Eu também já tive o seu discurso, mas depois que passei a conviver junto à comunidade surda, puder "abrir" meus olhos.
      Lene Reis 06-06-2012 - 00h52min
    • Sugiro que a Sra. Adriana faça uma pesquisa, principalmente na temático dos Estudos Surdos, em Estudos Culturais em Educação.
      Se tivesse participado da Audiência em questão provavelmente teria informações preciosas para abrir-se a conceitos muito bem fundamentados.
      A escola de surdos, que ofereça educação com Libras como L1 não é uma utopia... É um direito que aos surdos é garantido na Lei 10.436, no Decreto 5626 e na Convenção da ONU ratificada pelo Decreto 6.949!
      ANA PAULA JUNG 05-06-2012 - 20h00min
    • Sugiro a Sra. Adriana se informar melhor sobre o assunto, para depois opinar. Sugiro, novamente, ler o livro A Surdez - um olhar sobre as diferenças. Se procurar no Google poderá achar algumas resenhas ou trabalhos acadêmicos sobre o livro.
      Regys 05-06-2012 - 11h20min
    • Minha opinião: Os surdos querem criar um guetho onde os ouvintes são excluídos. Direito deles, quantas sociedades fechadas existem. Agora a questão do ensino é diferente. Em que mundo eles estão? Melhor, em que país estão? Que lingua fala esse pais? PORTUGUÊS!!! O sistema está feito de um modo que se um surdo não tiver um interprete por perto, não consegue se comunicar pois sequer é capaz de escrever um bilhete. Depender de um interprete é escravidão, é isso que eles querem? ...
      Adriana 04-06-2012 - 21h03min

      Para comentar e ver mais comentários - acessar o link da página acima indicada.
      .........................................................................................................................................................................................................

      MUITO A PROPÓSITO VEJAM O QUE OPINAM NOSSOS PARES PORTUGUESES:



      • CAMPANHA - Surdos Oralistas - "Nós Existimos (Ouvimos), Nós Falamos!":

        A OUVIR pretende abrir a sua primeira Campanha, que tem como objectivo a consciencialização da sociedade em geral. Quer alertar para os problemas inerentes à surdez, em divulgar os meios de apoio e as ajudas técnicas, que favoreçam a ACESSIBILIDADE das pessoas portadoras de próteses e/ou implantes auditivos.
        Na diversidade do universido da surdez, existem duas realidades: o Surdo Gestualista (quem comunica através de LGP - Língua Gestual Portuguesa), e o Deficiente Auditivo Oralista (que usa a linguagem verbal, como principal meio de comunicação). Queremos dar a entender que o Deficiente Auditivo Oralista é uma parte esquecida da sociedade, devido à escassez da informação sobre o processo de reabilitação, a integração social, enquanto cidadãos que gozam do exercício pleno de direitos.

        O recurso à ACESSIBILIDADE é fundamental para o desenvolvimento destas pessoas, e para facilitar o seu quotidiano nos locais públicos, ou onde possa haver mais ruído. Por isso, é necessário aprofundar e exigir democraticamente, o direito à informação. Poder-se-á obter vantagens, com os seguintes recursos:
        - Legendagens de áudio e de sinais luminosos (nos locais públicos),
        - Legendagem de filmes e programas (no cinema e na televisão),
        - Instalação de Sistema por Indução Magnética, ou Indutora (temos, como exemplo: Teatro da Trindade), ou o Sistema FM baseado na tecnologia de emissão-recepção auricular.

        Queremos despertar o interesses das entidades competentes, e outros organismos, que intervenham na reavaliação e melhoramento acústico dos espaços tratados anteriormente, e que devem estar conscientes dos problemas do Deficientes Auditivo.

    terça-feira, 5 de junho de 2012

    Consulta Pública sobre closed caption na TV - Até o dia 7 de junho - não deixe de opinar!!!

    O Ministério das Comunicações abriu consulta pública sobre proposta de alteração do valor mínimo de horas para veiculação obrigatória de legenda oculta em emissoras de televisão.
    A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência incentiva a todas as pessoas que divulgem a consulta pública, estudem a proposta e insiram suas sugestões no sistema do Ministério das Comunicações.
    http://www.mc.gov.br/tema-radio-e-tv/noticias-radio-e-tv/25133-minicom-abre-consulta-publica-sobre-closed-caption
    Se puderem, enviem também suas sugestões a esta Secretaria (liliane.bernardes@sdh.gov.br - 61 2025-7894), para que sirvam de subsídio a nossa manifestação ao Ministério das Comunicações.



    Proposta ficará aberta até 7 de junho e prevê que emissoras de TV vão poder escolher tempo mínimo de veiculação de conteúdo com legenda oculta
    Brasília, 31/05/2012 - O Ministério das Comunicações lança nesta quinta-feira uma consulta pública sobre as metas de transmissão de conteúdo com legenda oculta (closed caption) a ser veiculado pelas emissoras de TV no país. Dentro de um mês, entra em vigor a obrigação de as emissoras aumentarem o tempo mínimo de programação com esse recurso. A meta passará de 8 para 12 horas diárias, sendo metade desse tempo no período da manhã e início da tarde e a outra parte na grade noturna, até as 2 horas da manhã.
    A proposta em consulta prevê uma alternativa para o cumprimento da meta e a possibilidade de abrangência do horário vespertino. De acordo com texto, as emissoras vão poder optar por veicular no mínimo 112 horas por semana (média de 16 horas diárias), sendo 14 horas entre 6 horas e 2 horas da manhã e o restante do tempo na madrugada.
    A consulta será aberta às 12 horas desta quinta (31) e vai até 7 de junho. As sugestões podem ser feitas por meio do sistema de consultas públicas do ministério, neste link: http://consultapublica.mc.gov.br/consulta/logon.asp
    Para entrar no sistema e enviar sugestões é preciso se cadastrar na página acima.
    Aparentemente o sistema só aceita cadastramento se você estiver usando o navegador Internet Explorer.
    O diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação, Octávio Pieranti, afirma que a consulta é resultado de um trabalho conjunto que visa a inclusão das pessoas com deficiência. “O ministério tem trabalhado com a Secretaria de Direitos Humanos para avançar nas políticas de acessibilidade. Temos dialogado com as emissoras para que haja uma construção coletiva nos recursos de acessibilidade nos meios de comunicação eletrônica para favorecer as pessoas com deficiência”, disse.
    O recurso de legenda oculta está disponível tanto na tecnologia analógica quanto na digital. Por meio dele, a programação de TV é acompanhada por legendas que descrevem os diálogos, sons ambientes e elementos que não poderiam ser compreendidos por pessoas com deficiência auditiva.
    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Trocando idéias com várias pessoas surdas atuantes pelos direitos de acessibilidade chegamos à conclusão de que somos pela manutenção do texto original, Artigo 1° ítem 7.1 Portaria 310/2006. 
    A manutenção dos horários fixos parece ser melhor do que deixar os horários a critério das emissoras. A maioria dos surdos adultos prefere ou tem tempo de assistir TV à noite, no chamado horário nobre. E a legendagem deve seguir o horário de emissão de programas infantis, geralmente pela manhã.
    A amiga Anahí Guedes de Mello  elaborou um texto que poderá ser copiado ou adaptado. Reproduzimos a seguir com autorização da autora: 
    Por que mudar o que já está dando certo? Não faz sentido darmos liberdade para as emissoras escolherem os horários que elas querem, afetando inclusive as programações, ou seja, escolhendo-se os horários, escolher-se-á também o tipo de programa que terá legenda oculta. Por isso, a opção é pela manutenção dos horários fixos, pois muitos dos adultos e adolescentes com deficiência auditiva nem assistimos à TV à tarde, mas à noite (horário nobre das emissoras), quando voltamos do trabalho ou da escola. E quanto às crianças surdas, o melhor horário para elas é pela manhã, quando passam programas para crianças (como os desenhos animados, por exemplo).







    sábado, 2 de junho de 2012

    Novos artigos de Hear-it


    Nuevos artículos en 

    La terapia de reinicio acústico coordinado ayuda a reducir los síntomas del tinnitus 

    Escuchar sonidos previamente ajustados a través de auriculares puede reducir los síntomas del tinnitus, según demuestra un ensayo clínico. Siete de cada diez personas con tinnitus se beneficiaron de la terapia utilizada en el estudio.

    Un ensayo …

    Sin tratamiento a pesar de tener dificultades auditivas 

    Un estudio estadounidense realizado entre personas de 50 años en adelante indica que el 47% de los encuestados reconocen tener algún tipo de dificultad auditiva sin tratar.

    En un estudio estadounidense, los participantes tenían que describir su estado de salud auditiva.  El …

    Los padres no informan a sus hijos de los riesgos de la pérdida de audición 

    La mayoría de los padres no abordan el tema de la pérdida auditiva con sus hijos, según indica un sondeo estadounidense, a pesar de que uno de cada seis adolescentes tiene pérdida de audición de …


    Menos de un 10% de los profesores suecos se hacen pruebas de audición 

    Todas las personas que trabajan con niños deberían hacerse revisiones auditivas periódicas, de acuerdo con la asociación sueca de discapacitados auditivos, la HRF.

    Menos de uno de cada diez profesores suecos se hacen revisiones auditivas de forma …

    Uno de cada cinco estadounidenses tiene problemas de audición 

    La incidencia de la pérdida de audición se duplica por cada década de vida, según indica un estudio. El tratamiento más adecuado para la pérdida auditiva es el uso de audífonos, de acuerdo con los expertos.

    30 millones de estadounidenses, o …

    Los implantes cocleares cuanto antes mejor 

    Los implantes cocleares proporcionan los mejores resultados cuando se implantan al mismo tiempo y lo antes posible. Estas son las conclusiones de un estudio realizado entre niños con pérdida de audición pre-locutiva.

    Los niños con pérdida de audición neurosensorial de severa a profunda obtienen …