terça-feira, 13 de abril de 2010

Reatech de 15 a 18 de abril em São Paulo IX FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIAS EM REABILITAÇÃO, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE

Atenção surdos usuários da língua portuguesa: fui visitar a feira para ver o que poderia nos interessar e infelizmente descobri que é quase nada.

Nem mesmo nos espaços oficiais dos governos municipal, estadual e federal.
O pouco que existia era voltado para o surdo sinalizado...mas mesmo essa era uma oferta bem limitada.
Trata-se de uma feira comercial, de apresentação de produtos como cadeiras de rodas, automóveis adaptados, programas de computador, etc. Então acho que deveria ficar claro o objetivo e não parece um evento sobre acessibilidade de maneira geral. Não é o caso, então acho que os órgãos oficiais não deveriam colocar dinheiro do governo para financiar a não ser que houvesse realmente um esforço para promover a acessibilidade, o que não ocorre.
Observado no primeiro dia:
1) Na saída do metrô Jabaquara havia uma perua para transportar só os mais problemáticos para se locomover os demais eram mandados para uma rua lateral a umas 4 quadras do metrô, não havia placas nem indicação, fomos perguntando aqui e ali até encontrarmos o transporte.

2)Entrada confusa: Quem já havia se credenciado pela Internet em vez de poder retirar o crachá foi obrigado a fazer nova ficha...depois de uma longa espera descobri sozinha que essa primeira fila foi inútil porque havia outra para quem já estava credenciado. E tudo isso por culpa dos e das recepcionistas que estavam mais perdidos "que cachorro em procissão"...

3) Parece que o Sulp - surdo usuário da língua portuguesa que não usa sinais está fadado a ser ignorado. Eu vestia uma camiseta com os dizeres Sulp SURDOS USUÁRIOS DA LÍNGUA PORTUGUESA e mesmo assim vinham querer falar comigo usando sinais e alguns até se irritavam porque eu não entendia e respondia falando.
Precisei em alguns casos escrever num bloquinho que eu não entendia libras.

4)Para os surdos como a gente só vi dois estandes, um de venda de aparelhos auditivos, iguais a quaisquer outros e igualmente caros.
Um estande da empresa de legendagem por estenotipia que não tinha um folheto sequer para distribuir, mas conversando consegui entender porque é uma opção cara e rara: o curso para formar esses técnicos especializados leva uns 5 anos e exige muito treinamento. Portanto é caro porque faltam bons profissionais.

Então temos que divulgar que a ESTENOTIPIA eletrônica é uma boa profissão para quem ouve e escreve bem. ATENÇÃO JOVENS!!!! Procurem se informar!!!!
Porque tanto para legendar na TV, em escolas e universidades, em conferências ou em eventos ao vivo não vai faltar trabalho bem pago!

Ou seja mesmo sendo entrada gratuita para um surdo que se comunica usando a língua portuguesa não há nenhum interesse em visitar.

Para não dizer que perdi meu tempo consegui conversar com o Marcos no estande do Governo Federal. Marcos é um surdo oralizado que trabalha no Ministério de Transportes e tenta mostrar que nem todo surdo só usa sinais. Marcos fala muito bem português com um inegável sotaque carioca.
Valeu Marcos, batalhador pelos surdos oralizados trabalhando em Brasília.

Aos organizadores fica um pedido: que procurem se informar mais sobre diversidade na deficiência para oferecer um evento realmente acessível e útil a todo tipo de deficiente.




Informação obtida em:
Boletim Sentidos nº 402
http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=13438&canal=ligado


Em sua nona edição, a Reatech - terceiro maior evento do setor no mundo - trará uma série de lançamentos para pessoas com deficiência, além de levantar um forte debate sobre o tema.
No Brasil, aproximadamente 15% da população possui alguma deficiência e cerca de 500 pessoas todos os dias adquirem algum tipo de deficiência.
É dentro deste cenário que o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares.
Empresas dos mais diversos setores se especializam continuamente para trazer acessibilidade para todos.
E é com o objetivo de promover inclusão e apresentar esses lançamentos de equipamentos e serviços, do Brasil e do exterior, que a capital paulista recebe pelo 9º ano consecutivo a Reatech - Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade.
Destinado a apresentar soluções para pessoas com deficiências físicas, mentais, visuais, auditivas e múltiplas, além de seus familiares e profissionais da área, o evento, que tem entrada franca, será realizado entre os dias 15 e 18 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes (São Paulo) e contará com transporte gratuito de ida e volta, saindo da Estação Jabaquara do Metrô (Rua Nelson Fernandes).

A expectativa é que esta próxima edição reúna 35 mil visitantes durante os quatro dias. "Infelizmente o número de pessoas com deficiência nunca se estaciona. Entretanto, notamos que o Brasil continua cada vez mais atento, buscando soluções inovadoras para reabilitação e acessibilidade. O crescimento e reconhecimento do evento evidenciam uma maior conscientização do papel das pessoas com deficiências enquanto cidadãos e consumidores em potencial e da aposta da indústria voltada para esse público", destaca José Roberto Sevieri, diretor da feira.
A Reatech tem influência em aproximadamente 40% dos negócios gerados nesse mercado.Além da exposição de produtos, a Reatech contará com uma extensa programação de artes cênicas e grupos de dança compostos por artistas com deficiências; atividades de Pet e Equoterapia; galeria de arte; parque infantil adaptado; quadras adaptadas para a prática de esportes; test-drive de carros adaptados, de cadeiras de rodas motorizadas e scooters; palestras, congressos médicos, seminários e atividades abertas ao público entre outras atrações. Incorporando os conceitos de acessibilidade corporativa e empregabilidade, diversas empresas também utilizam a feira como mecanismo de captação de currículos de pessoas com deficiências. Só na última edição, foram oferecidas pelos expositores mais de 6.500 vagas diversas de trabalho para pessoas com deficiência. Informações sobre a próxima edição estão disponíveis no site http://www.reatech.tmp.br/
ou pelo fone (11) 5585-4355.
ServiçoReatech - IX Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Local: Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo (SP)Dias 15 a 18 de abril Horário: quinta e sexta das 13h às 21h; sábado e domingo das 10h às 19hMais informações: www.reatech.tmp.br ou pelo telefone (11) 5585-4355
Entrada gratuita
OBS: Também será oferecido diariamente transporte gratuito (ida e volta), saindo da Estação Jabaquara do Metrô (Rua Nelson Fernandes, 400 - ao lado do terminal de ônibus)

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