O portador de deficiência auditiva é capaz de “ler” a posição dos lábios e captar os sons que alguém está fazendo. Essa técnica se chama leitura labial e é útil quando o interlocutor formula as palavras com clareza. Porém, é provável que até o melhor leitor labial adulto só consiga entender 50% das palavras articuladas (talvez menos). O resto é pura adivinhação. Muitos sons são invisíveis nos lábios. Por exemplo, a diferença entre as palavras “gola” e “cola” dependem unicamente dos sons guturais. Outros sons, como “p” e “m”, “d” e “n” e “s” e “z”, podem ser facilmente confundidos. O portador de deficiência, não sabendo bem qual o assunto da conversa, tem mais dificuldade de fazer a leitura labial. Para quem já nasceu surdo, a leitura labial é muito mais difícil do que para alguém que tinha audição, pois o portador de deficiência auditiva tem de imaginar os sons que nunca foram ouvidos. Leitura da fala é a visualização de toda a fisionomia da pessoa que fala, incluindo sua expressão fisionômica e gestos espontâneos. Esse conjunto de dados, associados à leitura labial, auxilia bastante na compreensão de uma conversa pelos surdos.
| |
|
Fonte: http://www.ines.gov.br/ines_livros/18/18_006.HTM
OPINIÃO: